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| Na foto: Adeli Sell (C), Vanderlei Cappelari e Fernanda Etchepare |
Na companhia da direção da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Rio Grande do Sul (Abrasel-RS), o vereador solicitou a ampliação das linhas de ônibus à noite, principalmente no bairro Moinhos de Vento e nas redondezas da Avenida Carlos Gomes. Segundo a presidente da Entidade no Rio Grande do Sul e proprietária da Bazkaria, Fernanda Etchepare, a dificuldade de preencher as vagas noturnas de emprego se dá justamente pela ausência de transporte na região. “Temos cinco vagas no empreendimento próximo ao Parcão e não conseguimos preencher devido à ausência de transporte”, explicou.
A carência do transporte público não é sentida apenas pela classe trabalhadora, que depende dos ônibus para voltar para casa. Os próprios turistas e porto-alegrenses que necessitam de transporte seguro e de fácil acesso para poderem desfrutar da noite sem se preocupar com a bebida reclamam das deficiências. “Após a criação da Lei 11.705, conhecida como Lei Seca, a cidade precisa garantir opções de transporte público àqueles que gostam de curtir a boemia sem se incomodar”, argumentou Adeli Sell.
Para exemplificar, Fernanda relatou um incidente que aconteceu com ela dias atrás, quando a Entidade gaúcha recebeu representantes da Abrasel de outros 3 Estados. “Levamos eles para comer um tradicional churrasco e beber vinho gaúcho. Na hora de ir embora, por volta das 3 da madrugada, solicitamos quatro táxis: dois chegaram em 30 minutos, outro em 45 minutos e o último demorou 1 hora e 30 minutos para chegar até o local”, contou ela, que rechaça toda e qualquer lei intolerante. “Nós da Abrasel somos contra leis intolerantes. Não há lei que vá resolver o problema. Precisamos de fiscalização constante”.
Cappelari ouviu atentamente todas as demandas e disse que irá trabalhar para melhorar a disponibilidade das linhas à noite. A Abrasel ficou de apresentar, a pedido da EPTC, um levantamento sobre o transporte noturno na Capital. A partir de questionários distribuídos em bares, restaurantes e danceterias, eles esperam obter respostas sobre prioridades e dificuldades de deslocamento noturno.
TÁXI
A EPTC também informou que realiza vistorias e abordagens diárias em táxis da Capital, tentando assim qualificar o serviço. De acordo com Cappelari, só em 2011 já foram cassados 9 permissões. Para suprir a ausência desses carros nas ruas, será realizado, inclusive, licitação de novas permissões, explicou. Atualmente, há em média 1 táxi para cada 460 habitantes em Porto Alegre. A frota total é de 4.925 carros. “Acho que deveríamos ter mais”, admitiu o diretor-presidente do órgão, acrescentando que o ideal seria ter em torno de 5 mil veículos.
Linha 178
Adeli também informou sobre as frequentes reclamações que o gabinete recebe sobre o descumprimento da tabela de horário da linha 178/Praia de Belas. Cappelari disse conhecer os transtornos e informou que em julho último o órgão realizou vistoria durante 3 dias em todas as linhas de Porto Alegre e emitiu 2 178 multas. A linha 178/Praia de Belas estava entre as linhas multadas e deverá ser fiscalizada com maior afinco.
Cartão TRI
Quanto às denuncias de má utilização do TRI por parte dos cobradores de ônibus, a EPTC informa que, “infelizmente, em todos os segmentos da sociedade sempre tem gente que tenta burlar as leis, com prejuízo a grande maioria da população. No caso dos rodoviários, não é diferente. A maioria trabalha com dedicação, é gente honesta, mas têm aqueles que buscam o proveito próprio”. E acrescenta que todas as reclamações serão encaminhadas para a fiscalização do transporte da EPTC.
Por Tatiana Feldens, reg. Prof. 13.654
Gab. Ver. Adeli Sell
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