quarta-feira, 29 de maio de 2013

Setorial do Meio Ambiente convida para almoço nesta quarta


O PT de Porto Alegre está mobilizando todos e todas para almoço no próximo dia 05 de junho - em comemoração ao dia do Meio Ambiente. A atividade ocorre na sede municipal, João Pessoa, 785, a partir do meio dia.

A criação da data foi em 1972, em virtude de um encontro promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), a fim de tratar de assuntos ambientais, que englobam o planeta, mais conhecido como conferência das Nações Unidas.

A conferência reuniu 113 países, além de 250 organizações não governamentais, em que a pauta principal abordava a degradação que o homem tem causado ao meio ambiente e os riscos para sua sobrevivência, de tal modo que a diversidade biológica deveria ser preservada acima de qualquer possibilidade.

Todo mundo lá. Quarta-feira, no PT municipal. Confirme sua presença pelo fone 3211 4888.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Governador Tarso lança hoje 1º Festival de Gastronomia RS

O governador Tarso Genro fará, nesta terça-feira (28), às 18h, o lançamento oficial do 1º Festival de Gastronomia RS, no Salão Negrinho do Pastoreio do Palácio Piratini. O evento ocorre entre os dias 25 e 30 de junho no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e pretende apresentar a diversidade dos produtos do Rio Grande do Sul, resgatar hábitos alimentares, receitas e modos de preparo de pratos característicos. 

O 1º Festival de Gastronomia RS pretende mostrar e valorizar a diversidade da culinária gaúcha por meio dos produtos do Estado. Durante a programação, serão repensadas as práticas culinárias com base na história e cultura que constituem a gastronomia regional. Com a temática voltada à alimentação, serão promovidos encontros, descobertas e trocas de conhecimentos. 

O Festival aproximará chefes de cozinha, cozinheiros, empresários, estudantes e profissionais do setor de alimentação e bebidas dos produtores locais, evidenciando o processo de transformação dos insumos até a elaboração dos pratos que chegam à mesa dos consumidores. 

O 1º Festival de Gastronomia é realizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio e a Casa Civil, por meio do Grupo de Trabalho em Gastronomia Regional - e promoção da Associação Gaúcha de Tradição e Folclore (AATF). O grupo foi criado pelo Governo do Estado em 2011 com a finalidade de pesquisar e divulgar a gastronomia regional do Rio Grande do Sul. 

Texto: Assessoria 1º Festival de Gastronomia RS 
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305 

Aos 60, quero festejar um tanto do que fiz e do que sou

O tempo tem a força de moldar, ajeitar, corrigir e mudar.

Eu fui moldando meu caráter no espelho dos meus pais e de alguns mestres.

Fui ajeitando minhas ideias pelos inúmeros livros que fui lendo.

Corrigi rotas pela prática cotidiana da ação social.

Mudei no que era preciso para tentar ser melhor.

Penso ser isto um pouco de mim.

Queria ter feito mais. Ter ajudado mais. Ter ousado mais. Mas temos limites e sei dos meus. Mas jamais fraquejei diante do medo, da preguiça, da inveja.

Agora, aos 60, quero festejar com vocês um tanto do que sou e fiz. E firmar os pés para que eu possa caminhar por muitas e muitas trilhas no futuro.

Não tenho 60. Vivi 60!

O ideal seria viver outro tanto. Quem sabe. Afinal, o mundo mudou muito e nós também. Mas o quanto me restar de energia quero compartilhar com vocês, meus amigos e companheiros, e com o mundo.

Um abraço e espero todos na festa.

Saúde é pauta do Porto Alegre em Revista desta semana

Adeli Sell e Renato Sagrera recebem no estúdio o presidente do HPB, Dr. Luiz Augusto Pereira
O novo Centro Especializado de Reabilitação Física e Mental do Hospital Parque Belém será um dos temas da edição desta quinta-feira, dia 30. O presidente da instituição, Dr. Luiz Augusto Pereira, irá explicar detalhes deste projeto que tem como um dos objetivos o combate ao uso do crack. 

O jornalista Cleber Moreira apresentará reportagem sobre a cerimônia de passagem dos 73 anos do HPB, entrevistando o secretário da saúde, Ciro Simoni, o vice-prefeito Sebastião Melo, e o presidente da Câmara Municipal, Dr. Thiago Duarte. Confira tudo isto no Porto Alegre em Revista desta semana.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Fórum internacional de TI Banrisul‏ ocorre em junho

Muito se fala hoje no uso de computação em nuvem (cloud computing) para as mais diversas aplicações, com o consequente fim dos grandes data centers de uso privado ou individual. Os visionários e usuários otimistas apontam para as vantagens, que são inquestionáveis, e dizem que nos próximos anos essa será a tônica do mercado, outros questionam aspectos de segurança e disponibilidade.

A sexta edição do Fórum Internacional de TI Banrisul, seguindo a sua tradição de discutir as tendências de mercado, explorará esse tema nos seus diversos aspectos e visões.

Contaremos com especialistas nacionais e internacionais nas áreas de direito, segurança, tecnologia e negócios, reunidos em Porto Alegre para discutir os caminhos presentes e futuros que conduzirão a mais essa quebra de paradigmas nas empresas do mundo todo.

Dentro dessa visão geral, abordaremos a situação atual e perspectivas nesse segmento para governos, bancos, grandes empresas do segmento comercial e industrial, entre outros, considerando que é uma tendência irreversível e que virá a contribuir para a dinâmica e a produtividade em diversos segmentos de negócios.

6° Fórum INTERNACIONAL de TI Banrisul
05 e 06 de junho 2013
http://www.forumtibanrisul.com.br/2013/

Participe!

Facção criminosa usa postos para lavar dinheiro

Valor Econômico

Autoridades de Minas Gerais começaram a investigar indícios de que criminosos ligados ao PCC, facção criminosa de São Paulo, estariam estendendo seus negócios pelo território mineiro. As suspeitas são que pessoas do grupo estejam adquirindo postos de combustíveis no sul de Minas para lavar dinheiro.

No Estado de São Paulo, a prática já é conhecida das autoridades. Postos, juntamente com falsas cooperativas de transporte público em micro-ônibus e com imóveis, têm sido um meio a que o PCC vem recorrendo para legalizar recursos ilícitos.

"Nossa preocupação agora é o PCC entrar no Estado", disse ao Valor o promotor de Justiça Renato Froes A. Ferreira, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária. Segundo ele, o Ministério Público recebeu recentemente donos de postos da região reclamando de concorrentes vendendo combustível abaixo do preço e cujas suspeitas estão sendo investigadas.

Na Secretária de Estado da Fazenda, a informação é que na última operação contra esquemas de sonegação na venda de etanol, em julho na região no município de Campo Belo, no sul de Minas, surgiram suspeitas de que alguns postos já poderiam estar nas mãos do PCC.

Especializada no combate ao crime organizado, a promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Beatriz Lopes de Oliveira, diz que a facção guardou em seus primeiros anos de atuação dinheiro obtido com o crime, em especial com o narcotráfico, em cofres escondidos em imóveis alugados, em veículos abandonados ou enterrados. Eram o que os próprios criminosos chamavam de "minerais".

Mas com a polícia fechando o cerco a esses esconderijos, o modo de operação foi se refinando e a lavagem de dinheiro passou a ser mais frequente. "Nas cooperativas de perueiros tem gente do PCC", diz, citando um ramo usado para esquentar o dinheiro. A compra e venda de imóveis é outro caminho utilizado.

"Começamos a verificar que uma das atividades que o PCC usa para lavar é a dos postos. Por quê? Porque é muito fácil fazer a troca de titularidade e porque a fiscalização é difícil", afirma a promotora. "Eles sempre usam o nome de um laranja, gente que não tem ficha, mas que também não tem mínimas condições econômicas para ser dona de uma posto".

Segundo ela, esse tipo de transação tem sido identificado não só na capital, mas também em cidades importantes do interior paulista como Campinas, Araçatuba e Presidente Prudente. "Tem postos que são adquiridos pela facção que são de grandes bandeiras e aí é que está a sofisticação", diz Beatriz. "Um posto de uma marca conhecida serve até de escudo mais eficiente para os criminosos do PCC."

Juntamente com a lavagem de dinheiro, continua Beatriz, o Ministério Público identifica muitas vezes nesses postos a prática da sonegação fiscal e da adulteração das bombas para ludibriar os clientes. Paulo Miranda, presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), diz que o último mapeamento feito pelo sindicato das distribuidoras apontou que mais de 70 postos em São Paulo já são de propriedade do PCC.

Ele confirma que o alvo não são só os postos chamados "bandeira branca". "Às vezes, eles adquirirem um posto que tem um contrato de exclusividade de compra de 300 mil litros por mês de uma grande distribuidora. Colocam o preço na bomba lá embaixo e compram mais 300 mil de fora. Com isso, lavam dinheiro de assaltos a banco, do tráfico e ganham com a venda de combustível que vêm em caminhões roubados".

Segundo ele, as informações são partilhadas com MP e Secretaria de Estado da Fazenda. São Paulo tem o maior número de postos do país, cerca de 8,5 mil. Minas tem a segunda maior rede, com 4 mil.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sonegação no etanol ainda supera R$ 1 bilhão

Fonte: Valor Econômico

Eles são velhos conhecidos da polícia, das secretarias de Fazenda e dos promotores de Justiça. E continuam na praça apesar das medidas adotadas nos últimos anos para barrar o crime no qual se especializaram: sonegação de impostos nas vendas de etanol.

É um negócio que gera prejuízo bilionário aos cofres públicos, cujas quadrilhas têm braços que cruzam Estados e que vêm sofisticando seus modos de operação. Os esquemas prosperaram na última década e, conforme autoridades, envolvem donos de postos, corretores de combustível, distribuidoras de fachada e donos de usinas. Ou seja: todos os atores da cadeia do etanol. Nesse contexto, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) prepara mudanças no segmento para tentar diminuir a margem de ação dos criminosos.

Minas, São Paulo, Goiás e Paraná são alguns dos Estados onde essas quadrilhas têm mais força, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), que reúne as multinacionais e grandes companhias nacionais. A entidades calcula que de 20% a 25% do etanol vendido nos postos do país passa por algum esquema de sonegação. A perda para o Fisco é de R$ 1 bilhão a R$ 1,1 bilhão por ano, estima o sindicato. Os cálculos da Fecombustíveis, que representa os postos do país, são ainda mais alarmantes: 30% do etanol vendido no país seria sonegado causando um prejuízo de R$ 1,8 bilhão.

Em Minas Gerais, um dos Estados onde o Ministério Público e o governo têm feito seguidas operações contra essas gangues, as investigações contam com escutas telefônicas e monitoramento de movimentações financeiras e demoram, muitas vezes, meses na coleta de provas.

"Essas redes têm pessoas em São Paulo, Minas, nos Estados do Nordeste", diz o subsecretário da Receita da Secretária de Estado da Fazenda de Minas, Gilberto Silva Ramos. "Estamos lidando com redes que movimentam milhões de reais, cujos mentores conhecem bem o setor e sabem que para irem para a cadeia, o governo precisa achar provas. E sabem que o risco para eles é baixo".

Foi preciso quase um ano de escutas, monitoramento financeiro e investigações para que o MP e o governo mineiro chegassem a uma dessas quadrilhas. Foi na última operação no Estado contra esse tipo de crime, ocorrida em julho. Quando deram o bote, encontraram um esquema que, até aquele momento, havia sonegado cerca de R$ 6 milhões. Isso somente em vendas para postos na região de Campo Belo, Lavras, Cana Verde e Candeias, no sul de Minas.

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais e a Secretaria de Estado da Fazenda, os postos chamados de "bandeira branca" tendem a aparecer mais em casos relacionados a esses esquemas. Mas postos de grandes marcas também estão no radar das autoridades mineiras.

Depois de anos à caça dessas gangues, promotores públicos, secretárias de Fazenda, polícia e as empresas que operam legalmente e sentem o peso da concorrência desleal, conhecem de cor e salteado o modo de operação dos criminosos.

O que motiva o esquema é a possibilidade de maiores lucros para os donos de postos. Quem opera corretamente no negócio compra etanol de uma distribuidora. São só as distribuidoras que podem comprar o biocombustível das usinas para revender. Elas se ocupam de transporte e estocagem do produto. Tudo isso têm custos, claro. As distribuidoras são obrigadas a recolher o ICMS delas e dos postos para os quais fornece. As usinas recolhem só o seu ICMS. Até o início de maio, também incidia sobre o etanol o PIS/Cofins, zerado desde então. E, no modelo em vigor, o produto é isento de Cide.

Pelo esquema paralelo, corretores de etanol associados às quadrilhas oferecem aos donos de postos combustível mais barato. Não tem mágica. Os postos acabam comprando direto das usinas. A vantagem? O combustível chega à bomba sem o ICMS da distribuidora e do próprio posto - e, portanto, mais barato.

O Sindicom tem alguns exemplos. Em São Paulo, o total o ICMS cobrado no etanol é de 12%, o que representa R$ 0,23 do preço do litro. Em Minas, 19% (R$ 0,41); no Rio de Janeiro, 24% (R$ 0,56); em Goiás, 22% (R$ 0,44); em Pernambuco, 25% (R$ 0,57); e no Paraná, 18% (R$ 0,38).

Um posto nas capitais compra, em média, 250 mil litros de combustíveis por mês. Em alguns Estados, metade - ou quase isso - de etanol e metade de gasolina. Como a margem de ganho na venda do etanol para os postos é de R$ 0,20 a R$ 030, comprar o combustível mais barato por meio de sonegação é um negócio sempre atraente.

Mas, para dar um aspecto legal a esses esquemas, as chamadas distribuidoras "barriga de aluguel" entram no circuito. São empresas constituídas como manda o figurino. Têm sócios, capital social, sede e emitem nota fiscal. Mas é tudo enganação. Os donos são laranjas e a empresa discrimina, mas não recolhe o ICMS nas notas - nem o dela nem o dos postos. E até ela ser autuada, já se passaram um ou dois anos de funcionamento, diz o promotor de Justiça do Ministério Público Estadual de Minas, Renato Froes. "Quando são descobertas, não temos ninguém para responsabilizar".

A "barriga de aluguel" é a peça-chave das quadrilhas. Dão a fachada legal que os donos de postos precisam. Em alguns casos, duas distribuidoras desse tipo participam da operação, para dificultar o rastreamento. Mas é o dono do posto quem manda buscar o etanol, em caminhões-tanque próprios ou alugados. Quando a usina está próxima ao posto, uma mesma nota é usada para dois ou três carregamentos no dia. Parte das fraudes com etanol ocorre com os donos de postos negociando diretamente com os usineiros.

As fraudes fiscais no negócio do etanol têm também uma faceta tecnológica. De alguns anos para cá, entrou em cena um componente que permite aos donos de postos alterar o marcador digital das bombas. Uma novidade vital para quem compra parte de seu combustível sem nota e precisa deixar registrado nas bombas a apenas a quantidade coberta pelas notas.

Os criminosos são criativos. Na operação que o Ministério Público e o governo fizeram no sul de Minas - a oitava no Estado desde 2009 -, as autoridades encontraram um amostra de variações possíveis do golpe: um caminhão carregado com 30 mil litros de etanol estacionado próximo a um dos postos suspeitos.

Sim, havia nota fiscal e a aparência era de total legalidade, não fosse pelo fato de que no documento constava que o combustível era destinado a uma indústria do Maranhão. Mentira, era álcool para abastecer os postos dali mesmo, segundo Anderson Aparecido Félix, o superintendente de fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda de Minas.

Como se tratava de uma venda para o Nordeste e como era para uma indústria, o ICMS apontado na nota era de 7% e o preço do litro, cerca de R$ 0,50. Mas como a carga iria, na verdade, abastecer aos postos de Minas, o ICMS à época seria de 22% e o valor usado para base de cálculo de cerca de R$ 2. "O ICMS recolhido na nota era equivalente a R$ 1.000, mas deveria ser de R$ 13.200", diz Félix.

A ANP elaborou uma resolução que atualiza os critérios de autorização de atividade das distribuidoras. Entre as mudanças, passará a exigir que o capital social mínimo para a criação de uma empresa desse tipo seja de R$ 2,8 milhões. Pela regra em vigor desde 1999, o valor necessário é R$ 1 milhão. Outra mudança: os donos da distribuidora terão de comprovar a propriedade de pelo menos uma instalação de armazenamento onde operam. A regra atual permite que eles arrendem uma base, o que dá margem, segundo a própria nova resolução da agência, para irregularidades. A resolução está em processo de consulta pública até sexta-feira. Representantes do setor e autoridades fazendárias aprovam as mudanças.

Em abril de 2012, os secretários de Fazenda de Minas, Paraná, Rio, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo assinaram um protocolo para unificar as exigências para operação das distribuidoras.

Em São Paulo, que já vinha adotando outras iniciativas contra os esquemas ilegais, a situação melhorou, mas o mercado não está totalmente regularizado, conforme a Administração Tributária da Secretaria da Fazenda. No ano passado, dos 21 pedidos de abertura de distribuidoras, apenas três foram aceitos.

O governo de Minas também tem atuado contra as quadrilhas. De 2009 para cá, o MP, com o apoio do governo, deflagraram oito operações no Estado contra gangues que já haviam sonegado R$ 77 milhões. Minas está começando a por em prática um sistema piloto que exigirá do setor a confirmação eletrônica de recebimento de pagamento.

Se donos de postos, corretores e distribuidoras tomam, segundo autoridades, parte desses esquemas, o que dizer das usinas? Os empresários têm um bom argumento: não há como saber se a distribuidora "X" - que é devidamente registrada e sobre a qual não consta nenhum protesto - é uma "barriga de aluguel". Mas tanto no governo de São Paulo quanto no de Minas, a leitura é a mesma: quem está no setor sabe muito bem com quem está lidando.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Sociedade contemporânea complexa pode transformar as formas de representação política


Mesa redonda contou com a participação dos cientistas políticos Benedito Tadeu César e Ilton Freitas
A crise de representação e o futuro dos partidos políticos. Este foi o tema da mesa redonda realizada na noite desta terça-feira (21.05), na Afocefe Sindicato. Proposto por Adeli Sell, presidente do PT em Porto Alegre e assessor especial do Gabinete dos Prefeitos, o debate contou com as presenças dos cientistas políticos Ilton Freitas e Benedito Tadeu César.

“Esse debate sobre o que representa na atualidade os partidos políticos é fundamental”, observou Adeli. Na avaliação do dirigente, criou-se uma onda no país que os movimentos sociais e contestatórios se dão pelas redes sociais. “Reconhecemos a importância das redes, mas sabemos que as mobilizações se dão na sociedade civil organizada, dos tradicionais sindicatos, passando pelas organizações não governamentais e partidos políticos”, sustentou.

Para entender esta provável crise de representação, Ilton Freitas citou Otto Kirchheimer, estudioso que em 1966 publicou um trabalho afirmando que os partidos de massa eram uma etapa em direção aos partidos eleitorais modernos. Isso, segundo ele, não pressupunha o desligamento dos partidos com a antiga base social, mas que eles se abriam para um público mais amplo, buscando outros grupos sociais.

“Aspectos importantes dessa transformação asseguram uma acentuada desideologização, o que diminui o peso político da militância, garante uma maior abertura junto a grupos de interesse com ligações mais fracas com a organização partidária; fortalece o poder organizativo dos dirigentes; enfraquece a relação partido/eleitorado, fazendo com que os partidos deixem de ser parte da sociedade para tornarem-se parte do Estado”, elencou Freitas.

Conforme os números apresentados pelo cientista político, apenas 22% dos latino-americanos confiam na política e 32% acreditam nos parlamentos/congressos. Freitas também fez uma comparação entre Partido Burocrático de Massa x Partido Profissional Eleitoral. O primeiro sustenta-se por uma centralização burocrática por competência político-administrativa, já o segundo por uma centralização dos profissionais por competências especializadas. No Partido Burocrático de Massa temos uma predominância dos dirigentes internos, direções colegiadas, enquanto que no Partido Profissional Eleitoral notamos uma predominância de parlamentares e figuras públicas, com suas direções personalizadas. O financiamento também se difere. No primeiro se dá por meio de filiações e atividades colaterais. Já no segundo por meio de grupos de interesses e fundos públicos.

Crise de representação
As causas da afirmação dos partidos eleitorais profissionais são diversas. Freitas citou duas: as transformações no mundo do trabalho e suas repercussões nos sistemas de estratificação social e a transformação estrutural da esfera pública, com a televisão redesenhando a organização partidária e acentuando o peso dos parlamentares em detrimento dos dirigentes e militantes, apontou ele ao assegurar que a crise dos partidos não consiste na crise das suas funções.

“A crise consiste num projeto de marginação, pois o partido profissional-eleitoral deve lidar com identidades coletivas instáveis. Este vazio de identidade coletiva produz dois efeitos: apatia política e a in capacidade autônoma de seleção das elites”.

Freitas também acredita que a sociedade não está passando por uma crise de representação propriamente dita. O que está havendo é a soma de elementos novos ao atual modelo. Segundo ele, o formato de governo representativo que hoje está nascendo se caracteriza pela presença de um novo protagonista, o eleitor flutuante, e pela existência de um novo fórum, os meios de comunicação de massa.

“Quando se reconhece a existência de uma diferença fundamental entre governo representativo e autogoverno do povo, o fenômeno atual deixa de ser visto como sinalizador de uma crise de representação e passa a ser interpretado como um deslocamento e um rearranjo da mesma combinação de elementos que sempre esteve presente desde o final do século XVIII”.

Crise dos Partidos
Para o também cientista político Benedito Tadeu Cesar, os partidos nunca foram de massa. Pelo contrário, foram eleitorais. “Prova disto é que o Brasil é o primeiro país no mundo a institucionalizar o partido político, pois o coloca na constituição”.

Tadeu Cesar lembrou que partido é uma sociedade de direito privado, assim como sindicatos e outras entidades, que existe para disputar o poder do Estado. E essa mudança de caráter das legendas que presenciamos hoje acompanha a transformação da sociedade, que com o crescimento da classe média não está mais preocupada com a revolução das siglas, mas sim com o consumo e o bem-estar social.

“Essa nova realidade irá forçar a mudança dos partidos políticos”, opinou Tadeu Cesar, ao ressaltar que “não estamos passando por uma crise de representação política, mas sim uma crise na forma de fazer política”, disse ele.

Mas, e para onde iremos? Tadeu Cesar foi taxativo. Os partidos atuais viraram partidos de governo e não conseguem mais mobilizar a militância além dos profissionais da política, ou seja, aquelas pessoas que vivem da política para o seu sustento. “Além do mais, esses profissionais da política se perpetuam nos governos. Há exemplos de sujeitos que integram três, quatro administrações distintas”, criticou.

Fato é que o partido profissional-eleitoral criou um vazio de identidades coletivas. O eleitor é mais independe por um lado, por outro, se torna mais solitário e desorientado. Esse mal-estar social gerado pelos partidos é resultado da perda de credibilidade e de atração das antigas estruturas de solidariedade.

Por Tatiana Feldens

Gestão em foco, administração sem marca


Quase seis meses se passaram, e os novos prefeitos não acharam o foco. Nota-se uma movimentação sem precedentes para mostrar serviço. Mas estarão tomando o rumo certo?

Há um corre-corre a Porto Alegre e Brasília, atrás de projetos e verbas, sem terem definido clara e objetivamente o que é prioritário, o que importa para melhorar a vida das pessoas.

A razão primeira de qualquer administração é melhorar a vida de seu povo. E para tal é preciso ter foco, para poder deixar sua marca.

É claro que ninguém governa em linha reta o tempo todo, pois há paradas, desvios, recuos. Mas andando em zigue-zague ninguém sai do lugar. Simplesmente amassa barro.

É chegada a hora, a hora de dar uma parada para uma calibrada, olhar para todos os cenários e ver o rumo a tomar.

É hora de reunir o secretariado, principais gestores e apoiadores para um exame calmo, minucioso e sem passionalismos. Ouvir, ouvir, ouvir. Aceitar críticas. Bom auxiliar, senhor prefeito, é aquele que fala a verdade. Nenhum gestor precisa de bajuladores, porque eles se somam ao natural.

Mas não fique nas constatações. É imperioso tomar decisões, buscar novos caminhos, abrir novas trilhas, seguras, sem dar margem a  se atolar por  passos mal dados.

Cada governo tem que ter a sua marca. E para deixar uma marca é preciso ter ousadia, foco, planejamento estratégico, acompanhamento das metas propostas, correção de rumo, mudanças nas equipes (se for o caso) e coragem sobremaneira.

Vir para Porto Alegre e ir a Brasília atrás de projetos e recursos é louvável e correto, desde que se tenha um norte a seguir. Recursos existem para bons projetos, para aqueles que sabem onde querem chegar.

Se não tiver pessoas com capacitação no local, buscar uma assessoria ou consultoria é correta, mas fique atento, pois os milagreiros estão  aí para vender "facilidades" que não só não levam a nada, mas podem colocar um prefeito numa fria, respondendo processos no futuro.

Mente aberta, coração generoso, com foco na vida de seu povo. E deixe sua marca!

Dr. Goulart, secretário da Smic, no programa desta quinta

O programa vai ao ar nesta quinta-feira (23), às 22 horas, no canal 20 da Net
O combate à pirataria é o tema da edição desta quinta-feira, 23, no Canal 20 da NET. O titular da SMIC, Dr. Humberto Goulart e o comentarista Adeli Sell analisam os prejuízos causados pela venda de produtos falsificados, que no Brasil chegam a 30 bilhões anualmente. Aparelhos eletrônicos, dvd's, cigarros e até remédios "piratas" são vendidos de maneira irregular em Porto Alegre.

Confira nesta quinta, às 22h, no canal 20 da Net, com reprises em horários alternativos.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Doces bárbaros: a fiel tradição da Maomé


Não fosse as ousadias, o que seria do mundo? O turco-otomano não teria chegado a Santa Cruz, no Sul do Brasil, avô do Antonio, Maria Teresinha, Vera, Ana, Leila, filhos de Maomé (Mohamad Harb). Nem teria este se encontrado com Dona Therezinha, de Cachoeira do Sul, com sangue italiano nas veias e doçura nas mãos de confeiteira.

Desde o encontro deles nas águas termais de Iraí suas famílias ficaram unidas pelos doces, até sua morte em 2000. E Dona Therezinha, para a nossa sorte, continua firme com seus doces bárbaros.

Alguns mais idosos se lembram dos Harb, em Cruz Alta, da da Bombonière Worthman, que o Maomé comprou, e esquentou tantas vezes o forno, embora tenha ousado e  se mandou para Porto Alegre.

Fiel por adesão ao catolicismo para estudar em Cruz Alta, pois o avô era muçulmano, resolveu alugar um local disponível no Salão Paroquial da Igreja Santa Teresinha. E de 77 até hoje está ali a Confeitaria Maomé, num prédio tombado pelo patrimônio histórico-cultural. Mas começou bem diferente, pasmem, porque começou com granito, mármore e, num cantinho, os doces. É que seu Maomé sempre gostou de mexer com construção também.

E foi a ambrosia caseira de Dona Therezinha, vendida na rua aos fiéis, que fez nascer a tradição dos doces bárbaros, nome que veio na onda da tropicália, pela ousadia de um publicitário, amigo da família.
Fidelização pela tradição, pela ética de fazer produto de qualidade e de bem atender que o negócio que era só da família, hoje emprega 30 pessoas, sendo que um antigo colaborador, Paulo, virou sócio. As gurias, menos a Maria, já falecida, estão nas suas profissões como arquiteta, nutricionista e odonto-pediatra.

Antonio, único filho homem, toca o projeto com a mãe, com o Paulo e seus colaboradores. Houve até tentativas de a Maomé tomar outros rumos, mas o retorno, a concentração, as melhorias e as mudanças só ajudaram a manter a tradição e o público fiel.

Poucas padarias e confeitarias abrem cedo para o café da manhã. A Maomé abre 360 dias por ano, das 8 às 8, com café matinal, almoço e chá da tarde a quilo. Além dos doces caseiros, as tortas de todos os tipos, têm os sanduíches e quiches, mais o bom e generoso café "gourmet". Tem vinhos de qualidade, cerveja da boa, e qualidade no atendimento.

Vi ali desde as vovós até as crianças, gerações que ajudam a manter a tradição e o jeito fiel de ser cliente Maomé.

A “importação” de médicos cubanos


Artigo originalmente publicado no Jornal do Comércio

Faço questão do título, pois é o que a mídia plantou, o conservadorismo alardeou e o senso comum comprou. Em recente debate na tevê local, contestei o uso dessa linguagem rebaixada. Importamos mercadorias! Convidamos pessoas a trabalhar em nosso País. O triste é ouvir que temos médicos demais quando, na média, estamos abaixo dos índices de Argentina e México, para citar dois exemplos. Temos 1,8 médicos para cada 1.000 brasileiros, índice abaixo de países desenvolvidos como Reino Unido (2,7), Portugal (4) e Espanha (4) e de outros latino-americanos, como Argentina (3,2) e México (2).

Como disse o ministro da Saúde Alexandre Padilha, atrair médicos estrangeiros para o Brasil não pode ser um tabu. Abordagens desse tema, por vezes preconceituosas, não podem mascarar estas constatações: o Brasil precisa de mais médicos com qualidade mais próximos da população e não se faz saúde sem médicos.

Se do ponto de vista das capitais, a escassez desses profissionais já é latente, os desníveis intermunicipais tornam o quadro ainda mais dramático. Vi, vivi, testemunhei. Quem mora na Restinga ou no Rubem Berta, sofre bocados com a ausência deles. Seja porque o médico não veio ou porque a doutora chegou atrasada e não pode atender a todos.

Há um enorme déficit de médicos, o que leva a um desinteresse dos profissionais em trabalhar nos postos e cidades menos “atrativas”. Em um município a 80 km de Porto Alegre, o prefeito ofertou um contrato de R$ 12 mil, e espera por um médico. Noutra, a 60 km, a prefeitura paga R$ 10.500 líquidos. Conseguiu quatro deles.

Esse imbróglio ocorrido aqui no Estado e refletido Brasil afora levou prefeitos de todo o País a pressionarem o governo federal por medidas. Para enfrentar essa realidade, nosso governo tem analisado modelos exitosos adotados em outros países com dificuldades semelhantes. Estamos com a expectativa de contratar seis mil médicos que preencham vagas no Programa Saúde da Família. Esses profissionais, oriundos de países ibero-americanos com proporção de médicos superior à brasileira, como Argentina, Uruguai, Cuba, Espanha e Portugal, atuariam na atenção básica, voltada à prevenção e à baixa complexidade.

Ouso dizer que, se o ministro tivesse dito que convidara médicos finlandeses ou suecos, não haveria essa gritaria. Virou guerra fria. Precisamos nos desarmar e pensar naqueles que precisam de médicos e não têm. Que venham todos(as), sejam cubanos, espanhóis ou suecos. Abaixo o preconceito. Abaixo o corporativismo que faz mal à saúde.

Escritor e consultor

segunda-feira, 20 de maio de 2013

PT de Porto Alegre debate melhorias no transporte público


Reunião do Diretório Municipal do PT na manhã deste sábado (18.05) reuniu vereadores, direção municipal, membros da executiva, presidentes de zonais e militantes do setor da mobilidade urbana. Na pauta, o transporte público de Porto Alegre.

Conforme documento distribuído pelos vereadores Engenheiro Comassetto, Sofia Cavedon, Marcelo Sgarbossa e Alberto Koppitke, presentes no encontro, a necessidade de planejamento e adequação do transporte em Porto Alegre deverá envolver a região metropolitana. Os parlamentares justificam a iniciativa perante a convivência diária dos portoalegrenses com milhares de moradores que residem nos municípios vizinhos e se deslocam para a capital.

Como encaminhamento, ficou decidido que o PT municipal irá levar o debate para a esfera estadual e formará um Grupo de Trabalho constituído pelos cinco vereadores da bancada (além dos quatro já citados, inclui-se Mauro Pinheiro), cinco membros da executiva (Adeli Sell, Ubiratan de Souza, Reginete Bispo, José Reis e Rodrigo Oliveira), um representante dos rodoviários, um membro da juventude e outro da Trensurb.

O GT terá como objetivo colher subsídios para trabalhar num projeto de lei que norteará as diretrizes no partido. Ficou acertada uma nova reunião do diretório até o dia 13 de junho. Na oportunidade será apresentada a proposta do PL para os demais integrantes do DM.

Asscom PT-POA

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Porto Alegre em Revista aborda a valorização do centro



A valorização dos imóveis no centro da cidade é um dos temas que serão tratados pelo presidente do CRECI-RS, Flávio Koch, nesta edição do Porto Alegre em Revista. Reportagem feita por Tatiana Feldens demonstra os recentes avanços na região central da capital gaúcha. Flávio Koch também vai falar sobre os benefícios proporcionados pela Copa do Mundo aos imóveis, principalmente em relação às obras viárias. Apresentação de Renato Sagrera e comentários de Adeli Sell. A direção executiva é de Cleber Moreira.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Ilicitudes nos combustíveis pautam reunião na Sulpetro



Preocupado com a onda de ilegalidades que assola o Rio Grande do Sul, o assessor especial do Gabinete dos Prefeitos Adeli Sell esteve reunido na manhã de ontem (15.05) com a direção do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro) e do Comitê Sul Brasileiro de Qualidade dos Combustíveis para tratar de medidas que combatam este crime.

“Nosso Estado está nas manchetes quase que semanalmente, sempre de forma muito negativa”, destacou Adeli, referindo-se às recentes fraudes envolvendo o leite e a questão ambiental. “Hoje o Estado está muito contaminado”, completou.

O encontro serviu para debater formas de combater a fraude e evitar que a falsificação de combustíveis e óleos lubrificantes venha trazer prejuízos ao município de Porto Alegre e ao Estado do Rio Grande do Sul. “O desafio de vencer a indústria da ilegalidade é bastante robusto e é preciso um conjunto de ações que passem pelo âmbito legislativo, policial, sanitário e de vigilância constante”, sustentou Adeli.

Álvaro Balbinot, presidente do Comitê, atualizou os demais sobre a dimensão do mercado de ilegalidades no País e as estratégias de enfrentamento e controle, além de reafirmar algumas medidas já existentes no combate aos ilícitos nos combustíveis. “Nosso papel é auxiliar o órgão público no combate a estes ilícitos. Avaliamos desde a qualidade do produto, até o prejuízo ambiental que ele pode estar ocasionando”, afirmou.

Mas a preocupação do Comitê não está apenas na defesa do consumidor, segundo informou Andréa Boamar, coordenadora da entidade no Estado. “A sonegação ainda é o nosso grande problema”, disse ela. “Precedido pelas vasão nas bombas”, completou.

Mercado ilegal
A pirataria, de acordo com dados da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), movimenta, em nível mundial, recursos da ordem de um trilhão de dólares, e as projeções futuras são bastante alarmantes. Estima-se que até 2015 o mercado das ilicitudes movimentará cerca de 1,7 trilhões de dólares impedindo a geração de aproximadamente 20 milhões de empregos formais nos 20 países mais ricos do mundo.

O Rio Grande do Sul perde em torno de R$ 44 milhões anualmente só de ICMS, e sofre com o mercado ilegal, especialmente com o contrabando, evasão fiscal e falsificação. Para discutir este tema, Adeli Sell está articulando um grande evento para os próximos meses. “Nossa ideia é reunir empresas e entidades que lutem pela construção de um consumidor legal. Queremos discutir atitudes e ações. Ações claras, contundentes e sem tergiversações. Só assim acabaremos com a bandidagem e o comércio ilegal no Estado e em Porto Alegre", ressaltou Adeli.

Adeli Sell verifica obras de duplicação da avenida Tronco

Após 15 anos, navio paraguaio é retirado do Cais do Porto


Embarcação foi retirada do Cais do Porto com o auxílio de dois rebocadores Crédito: André Ávila

Após 15 anos atracado no Cais de Porto Alegre, o navio paraguaio Bernardino Caballero deixou a área na manhã desta quarta-feira. Para a operação de retirada da embarcação foram necessários dois rebocadores. O navio será levado para Triunfo, onde terá suas partes desmanchadas e transformadas em chapa. Apesar da ferrugem, o casco está em boas condições.

A empresa Riosul Comércio de Metais Ltda anunciou a retirada da embarcação após receber notificação da delegacia da Capitania dos Portos. O navio já deveria ter saído do Cais do Porto, mas atrasou em função de um termo de ajuste com prazo de 120 dias para extensão do tempo de permanência na área, que venceria no final deste mês.

O superintendente de Portos e Hidrovias, Pedro Obelar, disse que a medida foi estabelecida de acordo com o tamanho das embarcações e da complexidade de operação que cada uma delas exige para ser rebocada. O primeiro navio a ser retirado do Cais do Porto foi o José Felix Estigarríbia, também paraguaio, em janeiro.

As embarcações atracadas há mais de 15 anos no Cais do Porto foram leiloadas em março de 2012 e arrematadas pela empresa Riosul. Ambas foram arrematadas pelo lance mínimo de R$ 367,5 mil e R$ 645 mil pela Riosul, respectivamente.

Fonte: Correio do Povo

Hospital Parque Belém comemora 73 anos de fundação

Na manhã desta quarta-feira (15/5), o Hospital Parque Belém reuniu autoridades e colaboradores para festejar seu aniversário de 73 anos. A cerimônia começou com a inauguração das fotos de Luiz Augusto Pereira, atual presidente do Sanatório Belém (entidade mantenedora do hospital); e de Homero Voges Cunha, presidente do Conselho Deliberativo, que teve a foto descerrada pelo antecessor, Mauro Costa Rodrigues. A instituição está localizada no bairro Belém Velho, zona sul de Porto Alegre.

Pereira resgatou um pouco da história do hospital. “Pacientes com tuberculose do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina começaram a ser atendidos aqui em 1975. Hoje, trabalhamos com a alta complexidade nas áreas de traumatologia, ortopedia, neurologia e neurocirurgia. Além disso, contamos com um Centro de Dependência Química que oferece 90 vagas a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde)”, disse o presidente da mantenedora.

Entre as metas da instituição, ele ressaltou o projeto de criação do Centro Especializado em Reabilitação Física e Mental. “Temos uma emenda da bancada federal que destina R$ 10 milhões para a construção. Nossa intenção é darmos início as obras ainda neste ano.”

Na oportunidade, Adeli visitou o novo serviço de nefrologia acompanhado do médico responsável pelo setor, o nefrologista João Carlos Biernat. O HPB realiza atendimento de emergência, internação e marcação de consultas para particulares, convênios e pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dispõe de atendimento nas áreas de alta complexidade, traumatologia, neurologia, nefrologia e psiquiatria.

O evento também contou com a participação do vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB), do secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni (PDT), do secretário municipal da Indústria e Comércio (Smic), Humberto Goulart, do presidente da Câmara Municipal, vereador Dr. Thiago Duarte (PDT), e dos vereadores Bernardino Vendruscolo (PSD), Alceu Brasinha (PTB), Clàudio Janta (PDT) e Professor Garcia (PMDB).

Com informações da Câmara Municipal de Porto Alegre

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Seminário nacional traz Lula e Dilma a Porto Alegre


 Porto Alegre foi um dos palcos das comemorações dos dez anos do governo democrático e popular. Lideranças de todo o estado ocuparam o espaço do Teatro do Bourbon Country para celebrar com o ex-presidente Lula, a presidenta Dilma e o governador Tarso Genro os avanços e as conquistas do povo brasileiro no período. O evento, que será realizado em todas as regiões brasileiras, aborda os principais aspectos da gestão petista na Presidência da República. Em Fortaleza, tratou das políticas de combate à pobreza. Em Belo Horizonte, dos avanços na área da educação. E na capital gaúcha, o encontro foi aberto por um a seminário que enfocou a “Nova Geopolítica Internacional e o Reposicionamento Brasileiro.

Os banners que decoram o teatro não deixam de ser uma síntese do período. De um lado, uma foto de Lula ilustra sua frase-projeto:

- “Se, no final do meu mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café da manhã, almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida”.

Na parede oposta, a presidenta Dilma:
- O Brasil não abandonou os mais pobres. Por isso, a miséria nos abandonou”.

Complexo superado
Com um bom humor extraordinário, provocando risos na plateia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a integração econômica da América Latina e África e o fortalecimento da relação com os Briks. O ex-presidente fala sobre o caminho que o governo adotou de diversificar as relações comerciais para além do bloco europeu e Estados Unidos.

Segundo Lula, o Brasil conseguiu superar o complexo de vira lata e agora se comporta como a 6ª economia do mundo, vai ocupar o seu lugar no século XXI, com projeção internacional, sem subordinação, assumindo o papel de liderança na América Latina, com o fortalecimento do Mercosul.

Lula critica a grande mídia que, segundo ele, parece estar exilada dentro do país, sem entender o que está acontecendo e as transformações sociais que mudaram o Brasil nos últimos dez anos com os governos do PT.

Ele mira os setores da grande imprensa que trucidaram Dilma Rousseff na campanha eleitoral e que, após a vitória, apostaram em improváveis divergências entre ambos. “Tanto eu quanto Dilma temos o mesmo lado, o compromisso com os mais pobres e pela inclusão social e econômica daqueles que mais precisam”.

Ao final, desafia: “Fechem os olhos e imaginem o Brasil sem os dez anos do PT”.

Ampliação das relações internacionais
Vestindo calça preta e um tailler vermelho vivo, a presidente Dilma ocupa o centro da mesa, ladeada pelo ex-presidente Lula e pelo governador Tarso Genro. Ouve, atenta, a apresentação artística da abertura do evento, sorrindo. Certamente conhece a letra da música. Está à vontade e feliz entre companheiros e aliados. Conversa, sorri.

Durante o discurso de Lula, faz sinal de concordância com a tese de apoio econômico e político à Argentina e disputa dos mercados com os demais países emergentes. E riu muito quando o ex-presidente, comentando tentativas de setores da imprensa de sugerir divergências entre eles, disse: “Nós não divergirmos. Mas se eu discordar alguma vez dela, acabou aí a divergência, porque eu estou errado e ela certa”.

Quando chega sua vez de falar, está animada pelo calor da plateia, ativada pela fala de Lula.

- Vou começar por onde o Lula terminou: “Imaginem o que seria o Brasil sem esses dez anos dos governos do PT!”

Dilma diz que “superamos a subordinação do Brasil aos países desenvolvidos. Antes do presidente Lula, os debates e as decisões se davam entre sete ou oito economias”.

A presidenta explica que a estratégia dos governos petistas se baseou no aumento das relações políticas e comerciais com os demais países da América Latina, da África, da Ásia. “Definimos quais são os países com os quais temos obrigação e compromisso de nos relacionar”. Isso significa a necessidade de benefícios mútuos. E cita, como princípio Lula, que os países que têm maior peso nas relações políticas e econômicas têm o dever de ser mais generosos.

A estratégia dos governos petistas passa pelo fortalecimento dos parceiros, tanto econômica quanto política, formas de financiamento, de cooperação e de trocas. E, sobretudo, fortalecimento e apoio à democracia destes países.

As novas relações com os países africanos significam o resgate dos compromissos com nossas origens. Dilma diz estar oferecendo à África a “tecnologia social” do Brasil: “As políticas de Estado que tiraram da miséria milhões de pessoa. A presidenta encerra a noite com um quase apelo: “Somos uma das vozes que se erguem para oferecer ao mundo um caminho que não seja a desesperança”.

Fonte: PTRS
Com site PTSul
Paulo de Tarso Ricorddi e Kiko Machado

Combate à pirataria volta a pautar reunião entre Adeli e Smic


Uma nova rodada de discussão foi iniciada ontem (14.05) entre o ex-secretário municipal da Smic Adeli Sell e o atual gestor da pasta, vereador Dr. Humberto Goulart, e sua equipe de fiscalização. Na pauta, o combate à pirataria em Porto Alegre, mais especificamente ao comércio ilegal de cigarros na cidade.

Na oportunidade, o Gerente de Relações Governamentais na Souza Cruz Rafael Arantes apresentou alguns números sobre o aumento do mercado informal no Brasil e alertou para a penetração da informalidade dentro dos pontos de vendas na capital dos gaúchos.

“Hoje, não é mais só a classe C e D que compra cigarro contrabandeado. A qualidade física e estética da mercadoria vinda do Paraguai é melhor que a do Derby, produto mais barato da Souza Cruz”, citou ele, como exemplo. A ideia da empresa é alertar a administração municipal sobre os fatos para juntos buscarem soluções que inibam o comércio de produtos ilegais na cidade. “Propomos como estratégia mudar o foco, intensificando as apreensões e constrangendo a compra e venda desses produtos”.

Adeli voltou a reforçar a necessidade de aumentar a fiscalização na cidade e intensificar a parceria com a Brigada Militar. Ele também propôs ampliar a legislação municipal. “Hoje é possível caçar o alvará de quem vende produtos ilícitos. Sugiro fazer o mesmo com aqueles que forem flagrados vendendo cigarro e bebidas para menores de idade”, destacou.

O secretário Dr. Goulart disse que a Smic tem ar de fiscalista e por isto irá buscar colocar nos eixos a economia da cidade. Segundo ele, a secretaria dispõe hoje de 81 fiscais e possui oito veículos em condições de uso. Ficou acertado um evento que busque incentivar o mercado legal de produtos na cidade.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Valorização dos imóveis no centro é a pauta da semana

Adeli Sell e Renato Sagrera receberam no estúdio o presidente do Creci-RS Flávio Koch
A valorização dos imóveis no centro da cidade é um dos temas que serão tratados pelo presidente do CRECI-RS, Flavio Koch, na edição do Porto Alegre em Revista desta quinta-feira, dia 16. Reportagem feita por Tatiana Feldens demonstra os recentes avanços na região central da capital gaúcha.

Flavio Koch também vai falar sobre os benefícios proporcionados pela Copa do Mundo aos imóveis, principalmente em relação às obras viárias. Apresentação de Renato Sagrera e comentários de Adeli Sell. A direção executiva é de Cleber Moreira.

O programa vai ao todas às quintas-feiras, às 22 horas, no canal 20 da Net.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Atividade pauta crise de representação e futuro dos partidos


O debate contará com as presenças dos cientistas políticos Benedito Tadeu César e Ilton Freitas

A crise de representação e o futuro dos partidos. Este será o tema da mesa redonda que irá acontecer na próxima terça-feira (21.05), às 19 horas, na Afocefe Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar). Proposto por Adeli Sell, presidente do PT em Porto Alegre, o debate contará com as presenças dos cientistas políticos Benedito Tadeu César e Ilton Freitas.

Embora os palestrantes acima citados possam dar respostas mais consistentes a essas interrogações, é possível adiantar que o fortalecimento da democracia passa pelo fortalecimento dos partidos políticos. Ou seja, sem partidos políticos sólidos e atuantes, a soberania popular se extingue.

Ainda que se reconheça a grande importância e apogeu histórico dos partidos políticos no século XX, não se pode esquecer que, tanto no Brasil como em outras democracias, o prestígio da instituição partidária assimilou a decadência nas décadas finais desse mesmo século. A corrupção partidária, ao mostrar suas diversas nuanças, acabou por criar uma generalizada desilusão nos eleitores, que passaram a procurar outras associações ou corporações para servir de ponte para as suas reivindicações sociais.

“Esse debate sobre o que representa na atualidade os partidos políticos é fundamental”, observa Adeli. Na avaliação do dirigente partidário, criou-se uma onda no país que os movimentos sociais e contestatórios se dão pelas redes sociais. “Reconhecemos a importância das redes, mas sabemos que as mobilizações se dão na sociedade civil organizada, dos tradicionais sindicatos, passando pelas organizações não governamentais e partidos políticos”, sustenta.

A atividade é uma promoção do InPro - Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais; Inarf – Instituto Nacional de Repressão à Fraude e ISS – Instituto de Integração Social. A entrada é gratuita.

Serviço
O quê: Mesa Redonda - A crise de representação e o futuro dos partidos
Quando: terça-feira (21/05) 
Hora: 19 horas
Onde: Afocefe Sindicato – Rua dos Andradas, 1234, 21º andar

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Em restaurante não tem "recall"


É tudo parecido. Em fábrica de automóvel, assim como em restaurante tem "linha de montagem". As coisas tem que ser feitas concatenadamente. Um carro pronto deve andar e dar conforto ao usuário. Um prato de comida precisa agradar e saciar a fome do cliente. É, talvez, aí que começam as diferenças.

Havia um tempo em que o sonho de um trabalhador fabril era ser funcionário de uma montadora. Já a gurizada do interior, ao chegar em Porto Alegre, festejava numa carta aos pais que trabalhava numa lanchonete ou numa churrascaria.

Se a cultura brasileira fosse uma cultura de trabalho, qualquer afazer alcançado deveria ser gratificante. Seja limpando o chão de um hotel ou montando um computador na atualidade. Mas como temos uma herança ibérica, ainda acreditamos que meter a mão na massa é algo avesso. É a modernidade líquida de que Zygmunt Bauman nos fala, onde a tradição ibérica agrega valor ao trabalho intelectual e a "feiura" ao braçal.

É claro que as coisas vão mudando. Os jornais anunciam que temos pleno emprego em Porto Alegre, dando condições de as pessoas escolherem seu trabalho. É fato. Mas também é verdade que "as pessoas andam pulando de galho em galho". Sem reflexões, trocam um emprego por outro por quaisquer reais a mais.

Nosso empresário necessita trabalhar melhor o seu funcionário. Já pensou em proporcionar uma oficina sobre o mundo do trabalho com sua trupe? Pois seu atendente, sua cozinheira, seus parceiros de jornada, tem que saber que não tem recall em restaurante. O sujeito até poderá devolver um prato, mas a regra é o sujeito comer, fazer cara feia, pagar com má vontade e sair falando mal. Ademais, com as redes sociais, ele posta o que bem quiser. E você vai correr atrás do prejuízo.

Comecei a observar uma enxurrada de pessoas nos finais de semana, especialmente nos locais com maior afluxo de pessoas. Tem muita gente trocando a galinha assada da esquina por uma ida ao restaurante. E é neste momento que precisamos qualificar o atendimento e fazer com que os profissionais do segmento de bares e restaurantes tenham a oportunidade de mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes de forma a gerar resultados que se traduzam na consolidação de uma relação de fidelidade.

Quando vamos a uma concessionária comprar um carro temos a impressão que o vendedor é um piloto de fórmula 1. Ele consegue falar com a maior empolgação sobre como são especiais as velas e sistema de embreagem daquele carro. Ele tem obrigação de saber. Uma equipe de garçons deve ser assim. Deve saber exatamente como são preparados os pratos.

Seja um restaurante à la carte, uma lanchonete fast food ou uma loja de roupas, a qualidade do atendimento ao cliente deve ser prioridade para o empresário. Afinal, o sucesso do empreendimento depende totalmente da clientela, que é exigente e gosta de ser bem tratada.

Invista no setor de Recursos Humanos. Faça "formação técnico-profissional", mas gaste um pouco em Humanidades, num curso de língua, numa reciclagem. Pois como dizia o mestre Paulo Freire: "Ninguém ignora tudo, ninguém sabe tudo. Por isso aprendemos sempre."

Sou defensor de criar no setor de gastronomia de Porto Alegre um espaço de grandes debates e trocas de opiniões, seja de forma presencial ou à distância. Aposto que as entidades representativas do setor acharão a melhor forma de fazê-lo.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Adeli Sell trata de pirataria com equipe da Smic


Adeli foi recebido pelo secretário da Smic, Dr. Goulart e sua equipe

Recebido nesta quarta-feira (08/05) pelo Secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio, Dr. Humberto Goulart, Adeli Sell, secretário da Smic entre 2003/4, expôs suas preocupações com o novo avanço da pirataria na cidade. “Apoio as ações. Acho que estão sendo realizadas na linha correta, mas precisamos atacar alguns focos para que estes sejam debelados”, opinou Adeli.

Na avaliação do ex-secretário, a Prefeitura deve contratar mais fiscais, pois houve uma diminuição de agentes de fiscalização. Adeli também acredita que deve ser mantido e até ampliado o convênio com a Brigada Militar, porque existem algumas atividades e atitudes de rua que vão além da pirataria e ilícito de comércio, mas são casos típicos para uma ação policial, como a venda e compra de ouro velho, na verdade receptação de joias roubadas, venda de medicamentos, além de arruaças em certos locais de entretenimento no Centro.

Ficou acertado que haverá reuniões periódicas para troca de ideias e informações, bem como a viabilidade de um canal de comunicação direto entre Adeli e a Secretaria. Na oportunidade, Adeli também foi convidado para participar da reunião do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, que será realizada em Brasília, na próxima terça-feira (14.05).

Acompanharam o encontro o Secretário Adjunto José Olmiro Oliveira Peres, o coordenador da fiscalização Rogério Teixeira Stockey, além de um grupo de agentes de fiscalização.

Histórico

Em 2004, Adeli lançou o livro PIRATARIA, AQUI NÃO, baseado na sua experiência como titular da Smic. Durante 15 meses desenvolveu uma metodologia de trabalho no combate à pirataria, ao contrabando e à falsificação.

"O Centro estava tomado de ilícitos. Vendia-se de tudo, de CD pirata a armas de fogo na Praça XV. Com muito esforço, deixamos claro que a nossa política, desde as primeiras manifestações, seria de tolerância zero com as ilegalidades. Hoje, estou convicto de que na ausência deste combate sem fronteiras que incrementei naquela época não teria havido "camelódromo", nem nosso Pop Center de hoje", sustentou Adeli.

Ele receia pelo retorno destes tempos. Por sinal, segundo ele, são visíveis os "novos" pontos de venda de pirataria e outros ilícitos no Centro e informa: pirataria, contrabando, descaminho e receptação de cargas roubadas, conforme o código penal (Lei nº 9.605), são ilegalidades passíveis de penalidade criminal. Crimes que precisam ser combatidos. E a Prefeitura tem poder de "polícia administrativa", ou seja, tem autonomia para agir localmente, podendo e devendo apreender os produtos.

"A questão, então, é agir. Precisamos educar, pressionar, repreender e criminalizar. Precisamos construir um consumidor legal, moldar novas posturas, discutir atitudes. E atitudes significam ações. Ações claras, contundentes e sem tergiversações. Só assim acabaremos com a bandidagem e o comércio ilegal em Porto Alegre", ressaltou Adeli.


Siticepot busca parceiros para construção de Escola Técnica



O assessor especial do Gabinete dos Prefeitos Adeli Sell intermediou ontem uma reunião entre o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada no Rio Grande do Sul, Isabelino Garcia dos Santos, e a deputada estadual Miriam Marroni. Durante o encontro, ocorrido na sede do Sindicado, em Porto Alegre, o presidente apresentou o projeto da primeira Escola Técnica de Formação para Funcionários da Construção Pesada do Estado. “Formar mão-de-obra é fundamental. Queremos colocar nossos companheiros de volta ao mercado de Trabalho”, destacou Isabelino.


Conforme o presidente do Siticepot, grande parte dos trabalhadores que atuam em obras de grande porte, como estádios, portos, aeroportos e rodovias, são semianalfabetos. Isto impõe dificuldades, principalmente, no uso de maquinários pesados. "Hoje, para utilizar uma motoniveladora, o trabalhador precisa ter uma carteira de habilitação categoria C. Mas como é semianalfabeto, não tem como obtê-la, e acaba ficando de fora do mercado de trabalho, que hoje está muito aquecido", exemplifica o dirigente.


Adeli destacou a importância de qualificar e valorizar a mão de obra da construção pesada, evitando assim a procura de funcionários de outros estados brasileiros, bem como a grande rotatividade que existe neste setor.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Diretor do DMLU no Porto Alegre em Revista desta semana


André Carús fala sobre o comando do departamento e responde a perguntas dos telespectadores

Limpeza Urbana é o tema da próxima edição do Porto Alegre em Revista, que irá ao ar nesta quinta, pelo canal 20 da NET. Durante o programa, Renato Sagrera e o comentarista Adeli Sell irão conversar com o diretor-geral do DMLU, André Carús, acerca de temas importantes como o uso dos contêineres, coleta de lixo e capina.

A repórter Tatiana Feldens circulou por trechos da cidade, acompanhando a situação da limpeza em Porto Alegre.

Não percam!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Dilma e Lula participam de seminário nacional em Porto Alegre no dia 14

Dilma e Lula virão a Porto Alegre no próximo dia 14, para participar do seminário nacional do PT “10 anos de governo popular e democrático”. Organizado pelo Instituto Lula e pela Fundação Perseu Abramo, o evento tem sido realizado em todas as regiões do país, tratando de diferentes aspectos da gestão petista na Presidência da República. Nesse roteiro, o partido debate os avanços desta década e aponta os próximos desafios da reforma estrutural do país.

Em Porto Alegre, o tema do seminário será a política externa e as relações comerciais internacionais, apresentadas por Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência para assuntos internacionais, e por Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Após o seminário, será realizado o ato político, quando falarão Dilma, Lula e Rui Falcão, presidente nacional do PT.

Participarão militantes e dirigentes partidários, vereadores, prefeitos, deputados e senador, setoriais do PT, centrais sindicais, partidos aliados e representantes de governos e partidos do continente.

O evento será realizado no teatro do Bourbon Country, av. Túlio de Rose, 80, a partir das 18h da terça-feira 14.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Cachaçaria – Agora, é beber sem temer

Por Adeli Sell
Consultor e Escritor

O preconceito ao consumo da cachaça já foi muito grande entre nós. Considerada de segunda linha por tempos, tornou-se uma bebida autenticamente brasileira, feita da transformação da cana de açúcar.
Hoje, cachaça só a do Brasil. As outras são "as outras", como aquelas que são feitas de batata doce ou beterraba na Europa. Ou seja, "schnaps" definitivamente não é cachaça.

Da terra do vinho, Bento Gonçalves, os Gabardo (Orestes e Lurdino) tocam um dos pontos mais procurados do Mercado Público de Porto Alegre, a Cachaçaria do Mercado. O pai deles chegou ali em 1950, com sua lojinha de "secos e molhados". Em 62, os Gabardo já estavam com a Banca 38, em franca expansão para se tornar uma referência de bons produtos.

Naquela época já vendiam algumas cachaças especiais e estas sempre apreciadas e adquiridas por um público que sempre busca um diferencial e autenticidade. Em 2008 venderam esta loja a outro empreendedor ousado do Mercado, pessoal da Banca do Holandês. No mesmo ano migraram para a 1ª Cachaçaria do Mercado, em lugar ainda exíguo, no segundo piso. Agora, robusta e vigorosa, reina no 1° andar, entre o Café do Mercado e o conhecido bar Naval.

São mais de 500 rótulos de cachaça oriundos de vários
lugares do Brasil
Antes do almoço é possível degustar as melhores cachaças daqui ou de Minas Gerais. Depois de apreciar a comida do Mercado, a Cachaçaria lhe oferece um bom licor de cana. Pois contam os Gabardo, cansados de tocar a grande loja que tinham, optaram por este espaço por ser um bom negócio, aprazível, e que lhes garantia mais tempo para a família e o lazer, melhorando sua qualidade de vida.

É sempre bom lembrar que não raras vezes são atropelados pelo grande número de compradores nas sextas, sábados e vésperas de feriados, tanto por turistas como localistas. Com mais de 500 rótulos, a maior parte do RS e de MG, a cachaça pode ser comprada por alguns reais ou por algumas boas dezenas ou centenas deles... E tem em todos os tamanhos. Algumas mini-garrafas, ideais para presentear, levar para o exterior ou mandar para alguém.

A cachaça, outrora temida por seus efeitos nefastos, pode ser consumida como o vinho com moderação, pois não é mais preciso temer para beber. E virou charmoso degustar uma cachacinha!