quinta-feira, 31 de maio de 2012

TURISMO - ENCONTRO ABRASEL GRAMADO

Caso não visualize este e-mail adequadamente, acesse este link.

Encontro Gramado Rural

Para nossa reflexão: São Paulo vai morrer

Por João Whitaker
*arquiteto-urbanista e economista, é professor da Faculdade de Urbanismo da Universidade de São Paulo e da Universidade Mackenzie.

As cidades também morrem. Há meio século, o lema de São Paulo era “a cidade não pode parar”. Hoje, nosso slogan deveria ser “São Paulo não pode morrer”. Porém, parece que fazemos todo o possível para apressar uma morte anunciada. Pior, o que acontece em São Paulo tornou-se infelizmente um modelo de urbanismo que se reproduz país afora. A seguir esse padrão de urbanização, em médio prazo estaremos frente a um verdadeiro genocídio das cidades brasileiras.

Enquanto muitas cidades no mundo apostam no fim do automóvel, por seu impacto ambiental baseado no individualismo, e reinvestem no transporte público, mais racional e menos impactante, São Paulo continua a promover o privilégio exclusivo dos carros. Ao fazer novas faixas para engarrafar mais gente na Marginal Tietê, com um dinheiro que daria para dez quilômetros de metrô, beneficia os 30% que viajam de automóvel todo dia, enquanto os outros 70% se apertam em ônibus, trens e metrôs superlotados. Quando não optam por andar a pé ou de bicicleta, e freqüentemente demais morrem atropelados. Uma cidade não pode permitir isso, e nem que cerca de três motociclistas morram por dia porque ela não consegue gerenciar um sistema que recebe diariamente 800 novos carros.

Não tem como sobreviver uma cidade que gasta milhões em túneis e pontes, em muitos dos quais, pasmem, os ônibus são proibidos. E que faz desaparecer seus rios e suas árvores, devorados pelas avenidas expressas. Nenhuma economia no mundo pode pretender sobreviver deixando que a maioria de seus trabalhadores perca uma meia jornada por dia – além do duro dia de trabalho – amontoada nos precários meios de transporte. Mas em São Paulo tudo se pode, inclusive levar cerca de quatro horas na ida e volta ao trabalho, partindo-se da periferia, em horas de pico.

Uma cidade que permite o avanço sem freios do mercado imobiliário (agora, sabe-se, com a participação ativa de funcionários da própria prefeitura), que desfigura bairros inteiros para fazer no lugar de casas pacatas prédios que fazem subir os preços a patamares estratosféricos e assim se oferecem apenas aos endinheirados; prédios que impermeabilizam o solo com suas garagens e aumentam o colapso do sistema hídrico urbano, que chegam a oferecer dez ou mais vagas por apartamento e alimentam o consumo exacerbado do automóvel; que propõem suítes em número desnecessário, o que só aumenta o consumo da água; uma cidade assim está permanentemente se envenenando. Condomínios que se tornaram fortalezas, que se isolam com guaritas e muros eletrificados e matam assim a rua, o sol, o vento, o ambiente, a vizinhança e o convívio social, para alimentar uma falsa sensação de segurança.

Enquanto as grandes cidades do mundo mantêm os shoppings à distância, São Paulo permite que se levante um a cada esquina. Até sua companhia de metrô achou por bem fazer shoppings, em vez de fazer o que deveria. O Shopping Center, em que pese a sempre usada justificativa da criação de empregos, colapsa ainda mais o trânsito, mata o comércio de bairro e aniquila a vitalidade das ruas.

Uma cidade que subordina seu planejamento urbano a decisões movidas pelo dinheiro, em nome do discutível lucro de grandes eventos, como corridas de carro ou a Copa do Mundo, delega as decisões de investimentos urbanos não a quem elegemos, mas a presidentes de clubes, de entidades esportivas internacionais ou ao mercado imobiliário.

Esta é uma cidade onde há tempos não se discute mais democraticamente seu planejamento, impondo-se a toque de caixa políticas caça-níqueis ou populistas, com
forte caráter segregador. Uma cidade em que endinheirados ainda podem exigir que não se faça metrô nos seus bairros, em que tecnocratas podem decidir, sem que se saiba o porquê, que o mesmo metrô não deve parar na Cidade Universitária, mesmo que seja uma das maiores do continente.

Mas, acima de tudo, uma cidade que acha normal expulsar seus pobres para sempre mais longe, relegar quase metade de sua população, ou cerca de 4 milhões de pessoas, a uma vida precária e insalubre em favelas, loteamentos clandestinos e cortiços, quando não na rua; uma cidade que dá à problemática da habitação pouca ou nenhuma importância, que não prevê enfrentar tal questão com a prioridade e a escala que ela merece, esta cidade caminha para sua implosão, se é que ela já não começou.

Nenhuma comunidade, nenhuma empresa, nenhum bairro, nenhum comércio, nenhuma escola, nenhuma universidade, nem uma família, ninguém pode sobreviver com dignidade quando todos os parâmetros de uma urbanização minimamente justa, democrática, eficiente e sustentável foram deixados para trás. E que se entenda por “sustentável” menos os prédios “ecológicos” e mais nossa capacidade de garantir para nossos filhos e netos cidades em que todos – ricos e pobres – possam nela viver. Se nossos governantes, de qualquer partido que seja, não atentarem para isso, o que significa enfrentar interesses poderosos, a cidade de São Paulo talvez já possa agendar o dia se deu funeral. Para o azar dos que dela não puderem fugir.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Uso de bicicleta cresce 300% e vira alternativa no Rio



Ela é utilizada por 200 mil pessoas na cidade, mas está longe de competir com meios mais poluentes

O bancário Ângelo Rossi, de 44 anos, enfrentava duas horas e meia no trânsito para chegar ao trabalho, de ônibus. De carro, também demorava muito - uma hora e meia. Depois de muito estudo e troca de informações em fóruns virtuais, investiu R$ 1,3 mil em uma bicicleta dobrável e passou a ter outra rotina. Para chegar à agência, pedala um trajeto de 6 km em 15 minutos e passa outros 20 na barca que faz a travessia Rio-Niterói.

Como ele, outras 600 mil pessoas utilizam a bicicleta na Região Metropolitana do Rio de Janeiro como meio de transporte. Na capital, são cerca de 200 mil, de acordo com a organização não governamental Transporte Ativo, que monitora o uso da bicicleta. Só o serviço de aluguel de bicicletas lançado em outubro pela prefeitura - as laranjinhas -, bateu a marca de 500 mil viagens no fim de abril.

"Nos últimos dez anos, aumentou em 300% o uso da bicicleta como meio de transporte. Isso tem a ver com o conhecimento cada vez maior do benefício para a saúde, com o fato de o trânsito estar caótico e com as facilidades para quem anda de bicicleta", afirma José Lobo, presidente da ONG.

De ônibus. A cidade do Rio tem hoje 270 quilômetros de ciclovia, é a segunda maior malha da América Latina (perde para Bogotá, na Colômbia, que tem 350 km). A prefeitura vai ampliar para 300 km até o fim do ano. No ranking elaborado pela consultoria europeia Copenhagenize Consulting, é a 18.ª cidade mais amigável do mundo para ciclistas - deixa Viena e Nova York para trás.

Ainda assim, a bicicleta está longe de competir com outros transportes mais poluentes. Diariamente, 2,5 milhões de pessoas se locomovem em ônibus no Rio de Janeiro, 640 mil usam o metrô e 516 mil viajam de trem.

Em parte, porque não é fácil seguir o exemplo de Rossi. Ele não tem vestiário nem bicicletário na empresa. "Dobro a bicicleta e guardo em baixo da minha mesa. E o dinheiro que eu economizo no ônibus, pago uma academia. É lá que eu tomo banho antes de trabalhar."

Por Clarissa Thomé - O Estado de S. Paulo

Adeli Sell representa Câmara no 19º Encontro da ABEL

Adeli Sell, presidente da Escola do Legislativo da CMPA

Começou ontem (29/05), em Natal, o 19º Encontro da Associação Brasileira das Escolas do Legislativo (ABEL) e a XVI Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (CNLE). O vereador Adeli Sell, presidente da Escola do Legislativo de Porto Alegre Julieta Battistioli, está na cidade e participará das palestras, reuniões e debates que integram a programação do evento.

Conforme Adeli, trata-se do maior encontro parlamentar da América Latina. Além de discutir os acertos, dificuldades e expectativas do Parlamento, visando sempre o aprimoramento das atividades realizadas pelas Escolas, o presidente da Escola do Legislativo de Porto Alegre quer refletir sobre a função educacional que a Instituição desempenha.

“Buscamos sempre a promoção institucional dos saberes e conhecimentos legislativos, das atribuições e funções do parlamento municipal, mas queremos também transformar a Escola em uma Escola de Cidadania, com o objetivo de formar cidadãos ativos que possam ter interlocução com o parlamento, e não apenas agentes passivos”, argumentou Adeli.

O encontro reúne até sexta-feira (1º), no Centro de Convenções de Natal, parlamentares e servidores de Casas Legislativas de todo o país. “Matriz energética e alternativas para o futuro” é o tema da atividade, que deve reunir mais de 1.200 participantes e apresenta como novidade a realização de reunião da Confederação Parlamentar das Américas (COPA), que envolve parlamentares de todo o continente no debate de direitos humanos, meio ambiente e desenvolvimento sustentável e a situação das mulheres.

Por Tatiana Feldens (reg. Prof. 13.654)
Gab. Ver. Adeli Sell

Por Marcos Coimbra - A força da imagem do PT

Ao contrário do que se costuma pensar, o sistema partidário brasileiro tem um enraizamento social expressivo. Ao considerar nossas instituições políticas, pode-se até dizer que ele é muito significativo. Em um país com democracia intermitente, baixo acesso à educação e onde a participação eleitoral é obrigatória, a proporção de cidadãos que se identificam com algum partido chega a ser surpreendente.

Se há, portanto, uma coisa que chama a atenção no Brasil não é a ausência, mas a presença de vínculos partidários no eleitorado. Conforme mostram as pesquisas, metade dos eleitores tem algum vínculo.

Seria possível imaginar que essa taxa é consequência de termos um amplo e variado multipartidarismo, com 29 legendas registradas. Com um cardápio tão vasto, qualquer um poderia encontrar ao menos um partido com o qual concordar. Mas não é o que acontece. Pois, se o sistema partidário é disperso, as identificações são concentradas. Na verdade, fortemente concentradas.

O Vox Populi fez recentemente uma pesquisa de âmbito nacional sobre o tema. Deu o esperado: 48% dos entrevistados disseram simpatizar com algum partido. Mas 80% desses se restringiram a apenas três: PT (com 28% das respostas), PMDB (com 6%) e PSDB (com 5%). Olhado desse modo, o sistema é, portanto, bem menos heterogêneo, pois os restantes 26 partidos dividem os 20% que sobram. Temos a rigor apenas três partidos de expressão.

Entre os três, um padrão semelhante. Sozinho, o PT representa quase 60% das identidades partidárias, o que faz que todos os demais, incluindo os grandes, se apequenem perante ele. Em resumo, 50% dos eleitores brasileiros não têm partido, 30% são petistas e 20% simpatizam com algum outro – e a metade desses é peemedebista ou tucana. Do primeiro para o segundo, a relação é de quase cinco vezes.

A proeminência do PT é ainda mais acentuada quando se pede ao entrevistado que diga se “simpatiza”, “antipatiza” ou se não tem um ou outro sentimento em relação ao partido. Entre “muita” e “alguma simpatia”, temos 51%. Outros 37% se dizem indiferentes. Ficam 11%, que antipatizam “alguma” coisa ou “muito” com ele.

Essa simpatia está presente mesmo entre os que se identificam com os demais partidos. É simpática ao PT a metade dos que se sentem próximos do PMDB, um terço dos que gostam do PSDB e metade dos que simpatizam com os outros.

Se o partido é visto com bons olhos por proporções tão amplas, não espanta que seja avaliado positivamente pela maioria em diversos quesitos: 74% do total de entrevistados o consideram um partido “moderno” (ante 14% que o acham “ultrapassado”); 70% entendem que “tem compromisso com os pobres” (ante 14% que dizem que não); 66% afirmam que “busca atender ao interesse da maioria da população” (ante 15% que não acreditam nisso).

Até em uma dimensão particularmente complicada seu desempenho é positivo: 56% dos entrevistados acham que “cumpre o que promete” (enquanto 23% dizem que não). Níveis de confiança como esses não são comuns em nosso sistema político.

Ao comparar os resultados dessa pesquisa com outras, percebe-se que a imagem do PT apresenta uma leve tendência de melhora nos últimos anos. No mínimo, de estabilidade. Entre 2008 e 2012, por exemplo, a proporção dos que dizem que o partido tem atuação “positiva na política brasileira” foi de 57% a 66%.

A avaliação de sua contribuição para o crescimento do País também se mantém elevada: em 2008, 63% dos entrevistados estavam de acordo com a frase “O PT ajuda o Brasil a crescer”, proporção que foi a 72% neste ano.

O sucesso de Lula e o bom começo de Dilma Rousseff são uma parte importante da explicação para esses números. Mas não seria correto interpretá-los como fruto exclusivo da atuação de ambos.

Nas suas três décadas de existência, o PT desenvolveu algo que inexistia em nossa cultura política e se diferenciou dos demais partidos da atualidade: formou laços sólidos com uma ampla parcela do eleitorado. O petismo tornou-se um fenômeno de massa.

Há, é certo, quem não goste dele – os 11% que antipatizam, entre os quais os 5% que desgostam muito. Mas não mudam o quadro.

Ao se considerar tudo que aconteceu ao partido e ao se levar em conta o tratamento sistematicamente negativo que recebe da chamada “grande imprensa” – demonstrado em pesquisas acadêmicas realizadas por instituições respeitadas – é um saldo muito bom.

É com essa imagem e a forte aprovação de suas principais lideranças que o PT se prepara para enfrentar os difíceis dias em que o coro da indústria de comunicação usará o julgamento do mensalão para desgastá-lo.

Conseguirá?

Por Marcos Coimbra, Carta Capital

Comunidade quer providências sobre lixo e trânsito

Agentes da EPTC e DMLU com vereadores Goulart, Rubem Berta e Adeli
Acúmulo de lixo, atrasos em horários de ônibus urbano e insegurança de pedestres em relação ao volume de trânsito da Avenida Guaíba, via que separa a Vila dos Pescadores do bairro Assunção, foram os principais problemas citados por moradores desta localidade à Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal de Porto Alegre. Realizada na noite desta quinta-feira (24/5), no Salão Cultural da Capela Nossa Senhora dos Navegantes, a reunião teve a presença de mais de quatro dezenas de moradores da vila.

Presidente da Cuthab, o vereador Paulinho Rubem Berta (PPS) disse que todas as questões serão encaminhadas aos órgãos públicos diretamente ligados. “Mas, após esse encaminhamento, a comunidade precisa nos ajudar a fiscalizar as ações solicitadas.” O vereador Adeli Sell (PT) sugeriu ser oficiada também a Vigilância Sanitária sobre os problemas de limpeza que causam o aparecimento de ratos e vetores, e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente para as podas solicitadas. Já o vereador Dr. Goulart (PTB) disse ser necessário aumentar a fiscalização da prefeitura para o lixo e o trânsito.

Reivindicações
Moradora do bairro, Nilciomara Silveira, ao listar as reivindicações da comunidade, lembrou que a Avenida Guaíba recebe a linha do ônibus turismo. “Não queremos deixar má impressão para quem visita a cidade”, salientou ao se referir sobre o acúmulo de lixo. Ela lembrou ainda que houve um envelhecimento na população, motivo pelo qual o trânsito intenso na avenida causa preocupação. “Os moradores também querem deixar seus carros em casa, mas os horários de ônibus são muito irregulares”, reclamou ao dizer que, em finais de semana, algumas das linhas tem uma espera de 40 minutos a uma hora.

José Carlos Rodrigues, outro dos moradores a se manifestar, além de pedir a poda das árvores, que, pelo acúmulo de folhas, causam o entupimento de bueiros, reforçou solicitação de Nilciomara sobre providencias para a praça Tabira, localizada no final das Avenidas Guaíba e Pereira Passos. Esse local é utilizado por crianças nos finais de semana para jogos e brincadeiras, contudo, fica em terreno com acentuado declive. “Seguido a bola rola para as ruas e as crianças correm atrás”, lembrou Nilciomara. Os moradores querem, para os finais de semana, o fechamento destas ruas como locais de lazer.

Explicações
Fábio Castilho, arquiteto da EPTC, lembrou aos moradores da Vila dos Pescadores que, para a instalação de faixa de segurança, conforme solicitado, devem ser obedecidas especificações técnicas. “Levarei as reivindicações para a EPTC”, prometeu. Castilho disse ainda que as três linhas de ônibus que atendem o bairro, Assunção, Pereira Passos e Circular, conforme relatório, não apresentam lotação. “Os atrasos são causados pelo volume de tráfego em determinados horários. E o grande número de carros novos nas ruas só piora a situação. Nas horas de pico a cidade para e os ônibus não conseguem chegar nos horários”, explicou.

Do DMLU, a coordenadora de Assessoria Comunitária Cíntia Elizabete Ferreira lembrou que, em abril, esteve na vila, em reunião com os moradores, quando foram orientados a reclamarem ao departamento por telefone sobre os problemas de lixo. “Também distribuímos material sobre dias de coleta domiciliar e seletiva”. Cíntia anunciou na reunião que a Pescadores está sendo contemplada com o projeto Destino Certo, local para descarte de madeiras, caliças e outras sobras. “Fica a 500 metros deste salão”, destacou. A coordenadora disse ainda que os moradores devem ligar para a capatazia do DMLU para o recolhimento daquilo que a coleta domiciliar não leva.

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154), CMPA

terça-feira, 29 de maio de 2012

Menino Deus, face do terceiro mundo

Historicamente, o Menino Deus é conhecido por ser um bairro de classe média-alta, bem localizado e privilegiado por ruas limpas e construções conservadas. De uns tempos pra cá, as políticas públicas da cidade parecem esquecer da importância da conservação e da estética urbana, bem como ignora as necessidades básicas para uma vida digna.

Atualmente, o descaso com a população e a falta de políticas públicas que priorizem o bem-estar, a saúde e o trabalho à população está aumentando o número de moradores de rua no bairro, bem como em diversos pontos de Porto Alegre. É um agravante também à saúde pública e à limpeza das zonas, pois, sem terem para onde ir e o que comer, os moradores de rua não veem outra saída a não revirar os lixos à procura de alimento e, um problema mais atual ainda, utilizam os contêineres como abrigo.

Farto da situação caótica e da sucateação do bairro Menino Deus e preocupado com o desrespeito e a descaso com os moradores de rua, o leitor do nosso Boletim Diário Eduardo Cotliarenco contribui com sua indignação perante o atual cenário e desrespeito com todos por parte do Poder Público. Reproduzimos a seguir sua mensagem na íntegra:

Não obstante o drama da indigência em si, venho a este Boletim relatar a situação do bairro Menino Deus e adjacências. Impressiona como nós habitantes de Porto Alegre (?) aceitamos passivamente as mazelas sociais em nossa volta. A quantidade de indigentes que moram nas ruas do bairro é visível e crescente, bem como suas ações em busca da sobrevivência. 


Lixo dos sacos abertos espalhados naturalmente nas ruas, mau cheiro de fezes e urina humanas pelas esquinas, lixeiras completamente sucateadas e vandalizadas. As calçadas são tão sujas e engorduradas que me envergonham de aqui habitar. 


Não há política para estas pessoas vulneráveis socialmente, não há fiscalização para nada, enfim, terceiro mundo crescente. 


E o mais revoltante é que os carnês de IPTU e outros sempre chegam na data certa. O problema nunca foi a carga tributária, mas a destinação dos recursos que se esvai na incompetência, corrupção epidêmica ou malversação. 


Mais boquiaberto fico quando verificamos os bilhões de dinheiro público em espécie e renúncias fiscais para os poucos de sempre que lucrarão com o evento Copa do Mundo. As obras ficarão, por certo, mas sem a ação do poder público e da cidadania (?) para manutenção em breve estarão sucateadas. E quem lucrou, lucrou...

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Adeli Sell apresenta soluções para a mobilidade

Confira a seguir artigo elaborado pelo vereador Adeli Sell (PT) sobre os problemas de mobilidade urbana e os caminhos que a cidade deve seguir para resolver esse conflito:

"Moro numa cidade que busca soluções para enfrentar problemas como o crescimento acelerado da frota de veículos, especialmente os particulares, e o estabelecimento de uma harmonia entre os diversos modos de transporte (seja a pé, de bicicleta, ônibus, metrô, motos ou carros particulares). Falo da minha querida Porto Alegre, cidade que escolhi para morar 40 anos atrás.

Por quatro vezes fui eleito vereador desta cidade. Por isso, sinto-me na obrigação de sugerir melhorias para o nosso trânsito, cada dia mais caótico e desumano.

É imperioso que se inicie uma ampla campanha de educação para o trânsito, tanto para pedestres quanto para motoristas. E mais, a educação deve começar cedo. Aos nossos olhos, vemos indivíduo começando a se preocupar com as informações sobre trânsito quando está na época de “tirar a carteira de motorista”. Aí, é aquele corre-corre e aprende-se tudo de uma vez, tudo decorado, sem o fundamental recorte humanista no ensino da mobilidade.

Também precisamos de agentes de trânsito qualificados, com postura de liderança e autoridade, abordando os infratores, seja ele motorista ou pedestre. Por exemplo, se o indivíduo parar em cima da faixa de pedestres quando o sinal estiver fechado é obrigação do agente repreender o motorista infrator. Talvez assim ele se sinta envergonhado e procure não repetir mais a irregularidade. Penso que o Agente deve efetivar intervenções para garantir o melhor desempenho do trânsito, orientando motoristas e pedestres e contribuindo de forma decisiva para disciplinar a utilização do sistema viário urbano.

Como a mobilidade também se dá a pé, precisamos arrumar as calçadas de todas as ruas de Porto Alegre e ficar atentos para onde ainda não há, garantindo a correta pavimentação. Quem não arrumar ou consertar, será multado, como rege a legislação. A acessibilidade também precisa ser garantida, assim como a correta sinalização das placas e faixas de segurança.

Proponho, ainda, mais ônibus biarticulados, novos horários, mais respeito de motoristas e cobradores, mais política de RH nas empresas. Novas Linhas Transversais. O T11 poderia se estender até o Belém Novo e poderíamos criar um T12 que fosse do Belém Novo, passando pela Restinga, descendo a Lomba do Pinheiro, subindo a Antonio de Carvalho, Manuel Elias, Baltazar de Oliveira Garcia até o Triângulo. Um T13 que saia do Rubem Berta e vá até o BarraSulShopping. Entre tantos outros.

Ampliar as linhas Lotações, criando os Lotações Transversais, conforme meu Projeto de Lei que se discute na Câmara. Mais 500 placas de táxi, todos eles monitorados, para ter a certeza de sua circulação, que não possam sumir nos dias de chuva e nos finais de semana e feriados.

Acelerar as ciclovias e ciclofaixas para que possamos chegar aos planejados 490 km do nosso Plano Cicloviário. Tem que ter espaço para transeuntes. Tem que ter estacionamentos subterrâneos. Vamos ter que ter obras viárias. Chega de achar que podemos continuar comprando carros como acontece atualmente sem fazer as docas, conforme preconiza meu Projeto de Lei, em debate na Câmara, para a Carga/Descarga.

Temos que ter trincheiras em várias ruas para facilitar os cruzamentos, como o caso da Ramiro Barcelos passar por debaixo do entroncamento da Osvaldo Aranha com a Protásio Alves. Uma passagem para que a Garibaldi passe por debaixo da Independência, só para dar dois exemplos elucidativos.

E, por fim, chega de hipocrisia e demagogia, vamos tirar as carroças e os carrinheiros das ruas, usando a Lei do Fundo de reciclagem de mão de obra, lei de minha autoria, para que estas pessoas possam buscar outro ofício e viver com mais dignidade".

Por Adeli Sell
Vereador de Porto Alegre

domingo, 27 de maio de 2012

Inscrições de atividades para II Fórum Mundial de Mídias Livres estão abertas!


Durante a Cúpula dos Povos, nos dias 16 e 17 de junho, diversos ativistas, pesquisadores e comunicadores da mídia alternativa se reunirão no campus da Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ) para o II Fórum Mundial de Mídia Livre. Gratuito, o encontro terá sua programação constituída pelos próprios coletivos e organizações interessadas.

Para fazer parte desta construção, basta inscrever sua atividade através do formulário. Os formatos são abertos, sendo possível propôr painéis, desconferências (debates livres), oficinas, entre outras ações. O cadastro de propostas de atividades está aberto até 5 de junho.

Após três edições nacionais (Rio de Janeiro, em 2008; Vitória, em 2009; e Porto Alegre, em 2012), dois encontros preparatórios no Norte da África (Marrakesh, em 2011; e Tunis, em 2012), uma edição mundial (Belém, em 2009) e uma Assembléia de Convergência no Fórum Social Mundial (Dacar, em 2011), o Fórum de Mídia Livre volta ao Rio de Janeiro para contribuir com o fortalecimento da agenda em defensa dos bens comuns, agregando comunicação e cultura às pautas em prol da
justiça ambiental e social.

As atividades do Fórum ocorrem em torno de quatro eixos principais: direito á comunicação; políticas públicas; apropriação tecnológica e movimentos sociais. As atividades autogestionadas serão realizadas nas tardes dos dias 16 e 17 de junho.

Outras informações: http://cupuladospovos.org.br/fmml/

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Transporte Público e Arroio angustiam moradores do Passo das Pedras, na zona Norte de Porto Alegre

Adeli visitou a região na manhã desta quinta-feira
Dando prosseguimento às visitas realizadas semanalmente pelo gabinete, o vereador Adeli Sell - que tem dedicado um olhar especial às regiões periféricas da cidade - visitou na manhã desta quinta-feira (24.05) o bairro Passo das Pedras, na zona Norte da capital. Dentre os motivos de inquietação, está o Arroio Passo das Pedras, convertido em vala devido ao acúmulo de lixo na água e nas margens. A área, assim como várias outras no entorno, é considerada de risco e precisa urgente de atenção.

O parlamentar frisou a situação lamentável e de calamidade em que a comunidade se encontra e prometeu seguir fiscalizando o local. “Precisamos de ações integradas do governo, com intervenção urgente do DEP e do DMLU”, observou.

Outro ponto levantado pelos moradores diz respeito à falta de transporte coletivo. “Temos hoje apenas três horários de ônibus pela manhã e outros três à tarde”, explicou Vagner Gamarra, morador da Vila dos Coqueiros. Segundo ele, os moradores chegam a ficar entre 45 a 50 minutos esperando pelas linhas 656 Passo das Pedras e 665 Planalto / Sabará. “Além de demorar, elas não passam pelas vilas. Precisamos caminhar até 10 minutos para chegar até a parada”, queixou-se.

Na avaliação do vereador, o caminho seria disponibilizar Lotações Transversais, que coletariam os moradores nos pontos onde os ônibus não conseguem chegar. “O problema se agrava à noite, quando o medo e a insegurança inibem a saída dos moradores”, justificou Adeli.

Lixo nas vias
 Ivo da Silva Marta queixou-se da má conservação da praça
O acúmulo de lixo também representa um problema para a comunidade, já que alguns acessos foram tomados por sacolas e rejeitos. Este é o cenário da praça entre as ruas 10 de Maio e Sebastião Barreto. “Esse espaço era um banhado. Nós que aterramos e transformamos em praça para os nossos filhos brincarem”, afirmou o vendedor ambulante Ivo da Silva Marta.

Mas os moradores querem mais, segundo Cleber Barbosa Penha que, junto com Marta, sonha com um espaço de qualidade, que contemple grama e bancos para as pessoas usufruírem. “É triste ver a nossa região abandonada desta forma. Queremos mais e seguimos esperando por melhorias”, disse ele.

Na avaliação do vereador, algumas das vilas do Passo das Pedras parecem mais organizadas do que outras, mas o complexo de pobreza está bem unificado na região. “Precisamos, junto com o Executivo Municipal, buscar alternativas para os moradores. Fico entristecido por que há questões que havíamos encaminhado e conquistado resultado, que hoje estão abandonadas novamente”, desabafou Adeli Sell, para quem o bairro vive um dilema, pois é uma região em crescimento, com boas moradias ao lado de habitações precárias. “A falta de cuidados da prefeitura com o transporte e a infraestrutura atrapalham enormemente a vida dos moradores”.

Por Tatiana Feldens (reg. Prof. 13.654)
Gab. Ver. Adeli Sell


Saúde respiratória infantil é tema de evento na CMPA

Associação de Peito Aberto (APA) convida para o evento Aspectos Práticos de Prevenção da Asma na Infância, que acontece aqui na Câmara (Av. Loureiro da Silva, 255) no dia 28 de maio, às 19 horas, nas salas 301 e 302. 

Painelista: Dr. Gilberto Fischer, pneumologista pediátrico, Presidente da APA. No local estão expostas obras doadas pelos artistas Cecília Bueno, Chico Paz e Marcelo Hubner. Entrada franca.



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Projeto do vereador Adeli Sell obriga estabelecimentos a permitir fiscalização por consumidores

A Câmara Municipal de Porto Alegre, em primeira sessão, discutiu hoje (23/5) projeto, de autoria do vereador Adeli Sell (PT), que obriga os estabelecimentos que comercializam remédios, alimentos ou bebidas, in natura ou industrializados, a permitir aos consumidores a visitação a seus depósitos.

A proposta determina, ainda que os estabelecimentos terão que, afixar em local apropriado e com tamanho visível para o consumidor, no mínimo uma placa com os seguintes dizeres: Visite nosso depósito. O projeto prevê, também, que em caso de pedido de visitação negado ou de condições impróprias de armazenamento e de higiene no depósito, o consumidor poderá comunicar o fato ao órgão competente do Executivo Municipal. Estabelece multas de 476,7 (quatrocentas e setenta e seis vírgula sete) Unidades Financeiras Municipais (UFMs), na primeira infração  e 953,4 (novecentas e cinqüenta e três vírgula quatro) UFMs, em caso de reincidência.

O autor justifica que dando esse direito ao consumidor, será possível melhorar o serviço de controle sanitário. Observa que a maioria dos comerciantes cumpre  suas obrigações com relação à saúde pública e que nada têm a esconder em seus estabelecimentos.

Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495), Asscom CMPA

Laís Chaffe assume a diretoria do Instituto do Livro

A partir dessa segunda-feira (21) o Instituto Estadual do Livro (IEL) conta com nova diretoria. Laís Chaffe assume o cargo em substituição a Ricardo Silvestrin, que solicitou afastamento para dedicar-se à carreira publicitária.

Jornalista e escritora, a profissional já era colaboradora do IEL desde janeiro de 2011. Ela idealizou projeto Cidade Poema, que leva poesia às ruas e a espaços públicos de Porto Alegre desde 2009. Também idealizou e está à frente do selo editorial Casa Verde, lançado em março de 2005.

Sobre
Escreveu "Medusa" (poemas infantis, Casa Verde, 2011), "Instante Estante - Laís Chaffe" (poemas, Castelinho Edições, 2011, Minicontos e muito menos (Casa Verde, Série Lilliput, 2009) e Não é difícil compreender os ETs (AGE, 2002, 112p). Também é diretora, roteirista e produtora executiva do documentário Canto de Cicatriz (38min, 2005); roteirista e diretora (com Gustavo Brandau) do curta-metragem Identidade (15min, 2002); e roteirista e produtora executiva do curta Colapso (15min, 2004).

Foi premiada no 15º Concurso de Contos Paulo Leminski (PR), no 1º Concurso de Poesia da Biblioteca Leverdógil de Freitas (RS), no II Concurso Nacional de Literatura Revelação do III Milênio (GO), entre outros. Trabalhou em diversos veículos de comunicação de Porto Alegre.

Texto: Maria Emilia Portella 
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305

Artigo Jornal Peleia - Para muito além da Copa

Leia artigo meu publicado na primeira edição do Jornal Peleia, veículo novo em Porto Alegre que aborda a Dupla Gre-Nal e assuntos complementares ao futebol, como a Copa do Mundo e seus aspectos políticos e urbanos. Além disso, é o primeiro jornal com distribuição semanal e gratuita desse segmento.

Clique na imagem abaixo para visualizá-lo na íntegra.


Na Mídia - Coluna do Fernando Albrecht (JC) de hoje

Adeli e a Usina

Os candidatos estão se preparando para as eleições usando ou fotos feitas por profissionais, ou com assessoria usando celulares cujo resultado na maioria das vezes é tosco, a começar pelo enquadramento. O vereador Adeli Sell é um que sabe o valor de uma boa foto, como este trabalho da Kad Comunicação.


Apicultores recebem homenagem do vereador Adeli Sell pelos 50 anos de atividade no Estado

Adeli Sell entregou a placa ao presidente da AGA, Adenor Furtado
A data não poderia ser mais especial. Ontem, 22 de maio, dia em que se comemorou o dia do Apicultor, o vereador Adeli Sell, em nome dos 36 parlamentares de Porto Alegre, entregou placa em homenagem aos 50 anos da Associação Gaúcha de Apicultores (AGA) dedicados ao fomento da apicultura, meliponicultura e desenvolvimento agropecuário no Estado e na Capital. A homenagem ocorreu durante a abertura do 19° Congresso Brasileiro de Apicultura e 5º Congresso Brasileiro de Apicultura, realizado em Gramado.

A relação do vereador com os apicultores vem de longa data. Trata-se de um setor de inclusão produtiva, que gera renda e saúde para os brasileiros. "É com muita honra e satisfação que faço esta singela homenagem aos apicultores do nosso Estado. Vocês são amantes da natureza e nos ajudam diariamente a cuidar do nosso ambiente e merecem toda a nossa admiração", disse Adeli ao entregar a placa ao presidente da AGA, Adenor Furtado.

A abertura da solenidade contou também com a presença do Secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi. Ele ponderou sobre o baixo consumo de mel no Estado e no Brasil. Isso não se deve à renda da população. "Trata-se de um problema cultural. Por isso, estou aqui para me somar a vocês na luta pela defesa da qualidade de vida. Estamos falando de um produto que tem sabor e gera muitos benefícios à saúde".

Mainardi também informou que o governo está desenvolvendo um programa estadual da apicultura, com o objetivo de desenvolver políticas de sanidade e georeferenciamento. "Manejo e sanidade são as palavras-chaves", frisou o secretário, ao afirmar que o Estado tem o desafio de "mostrar que o mel não é apenas uma paixão. É uma atividade agrícola do meio rural. É parte de uma visão de diversificação de cultura, que possibilita, inclusive, aumento de renda e de consumo no Brasil".

Einstein e as abelhas
Em tempos, Einstein teria dito que "Se as abelhas desaparecerem, ao homem restarão apenas quatro anos de vida". Esta previsão catastrófica voltou à lembrança de todos ontem à noite, durante a fala do presidente da Confederação Brasileira de Apicultura, José Gomercindo Correa da Cunha. Segundo ele, um estudo recente, feito por um conjunto de investigadores nos Estados Unidos, aponta para o desaparecimento súbito de muitas comunidades de abelhas no mundo.

Os cientistas resolveram investigar o fato e acreditam que a origem do problema pode estar nas radiações e uso desenfreado de agrotóxicos. A má notícia é que o desaparecimento das abelhas, que começou nos Estados Unidos e se estendeu para a Europa, já está se alastrando para o Brasil. A verdade é que as abelhas são, cada vez mais, uma espécie quase em vias de extinção.

Por Tatiana Feldens (reg. Prof. 13.654)
Gab. Ver. Adeli Sell

terça-feira, 22 de maio de 2012

Adeli Sell prestigia dia da Solidariedade, organizado pela Escola Estadual Almirante Álvaro Alberto Motta e Silva

A Escola Estadual Almirante Álvaro Alberto Motta e Silva, situada na Grande Cruzeiro, realizou no último sábado (18.05) o dia da Solidariedade. Com o apoio do Vereador Adeli Sell, a instituição contou com a parceria da Fiergs e Senac, que disponibilizaram serviços de corte de cabelos, oficinas de orçamento familiar e culinária brasileira.

Também por intermédio do vereador, a comunidade foi atendida por profissionais da área de optometria, através da realização de aproximadamente 100 atendimentos. Para animar a programação, o público assistiu a apresentação de danças e peça de teatro do “Projeto Mais Educação”, desenvolvido na escola.

“Sempre nos somamos a atividades como estas, que priorizam e estimulam o crescimento e o conhecimento dos alunos. A escola está de parabéns por mais esta iniciativa”, afirmou Adeli Sell

Assessoria do Vereador

ELEIÇÕES 2012: PTC confirma apoio a Villaverde

Representantes dos dois partidos firmaram aliança local

O Partido Trabalhista Cristão (PTC) confirmou na manhã desta terça-feira (22.05) seu apoio ao PT nas eleições municipais deste ano. Até o momento, a pré-candidatura de Adão Villaverde ao Executivo Municipal já soma o apoio de três legendas: PTC, PV e PPL.

De acordo com o vice-presidente nacional da legenda, Ciro Moura, nesses 27 anos de trajetória o partido não perdeu a fé e a vontade de mudar o País. “Queremos acabar com a vergonha que é as pessoas morando na rua e contribuir pela melhoria da saúde no Brasil”, frisou o dirigente nacional, para quem a aliança reforça a união dos dois partidos em nível nacional. Ciro foi precedido pelo dirigente estadual da sigla, que assegurou a maturidade atingida pelo PTC. “Viemos para somar, crescer e fortalecer a coligação, com muita honra, satisfação e humildade”.

As lideranças do PTC foram recebidas pelo presidente municipal do PT, vereador Adeli Sell, que estava acompanhado do pré-candidato Adão Villaverde, do coordenador da campanha, Gerson Almeida, além de outros dirigentes petistas.

“É com muito prazer que selamos mais esta aliança. O PTC está desde já convidado a participar da coordenação da campanha e da construção do nosso programa de governo”, disse Adeli. Na sua avaliação, o apoio confirma a amplitude e garante mais solidez à campanha. "O PV trouxe a questão da sustentabilidade; o PPL, a soberania nacional, e o PTC, o trabalhismo cristão".

Para Gerson Almeida, o ingresso do PTC na aliança ajudará o PT a mobilizar a população de Porto Alegre, que já conhece o partido e não perderá a oportunidade de sintonizar a cidade com as mudanças positivas que já estão ocorrendo no Estado e no Brasil. “Estamos à frente da única candidatura que pode, calcada no passado e no presente, recolocar Porto Alegre no rumo certo”.

Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Moradores do bairro Assunção questionam legalidade das atividades prestadas por Entidade na orla do Guaíba

Segundo os moradores, o estabelecimento tem permissão de uso, mas comete uma série de irregularidades
O vereador Adeli Sell participou no último sábado à tarde de reunião promovida pela Associação de Moradores da Vila Assunção que tratou da ocupação de um espaço público pela Associação Pró Esporte Cultura e Lazer – PROA na orla do Guaíba.

De acordo com os moradores, o estabelecimento tem permissão de uso, mas comete uma série de irregularidades. Isso porque o termo foi concedido para a instalação de uma Escola de Vela o que, efetivamente, não ocorreu, afinal, no local, foi aberto um bar e a sede dele era locada para festas particulares, com cobrança de estacionamento.

“Se funciona como bar, obviamente, há lucro. Quem controla a prestação de contas da entidade? Há emissão de nota fiscal sobre a venda e comercialização de mercadorias? Quem está lucrando com o termo de uso do local? Existe inscrição estadual da PROA e recolhimento de ICMS?”, questionou o vereador, que irá pedir uma reunião com a Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos (SARH) do Estado para mostrar ao governo que este equipamento acabou destruindo a natureza local, que as atividades não são de fato de uma escola de vela, mas um bar e local de entretenimento, que não tem nada a ver com o propósito de sua solicitação.

O vereador também está encaminhando pedido de Habite-se do equipamento construído na Avenida Guaíba, 4471, pois tudo indica ser ilegal e incompatível com a Orla. Também solicitou para a Smic alvará do bar e do estacionamento. "Não quero fazer qualquer julgamento precipitado, mas tenho convicção de que há vários problemas. Por isso, vou atrás de tudo", diz Adeli Sell.

Por Tatiana Feldens (reg. Prof. 13.654)
Gab. Ver. Adeli Sell

Associação Gaúcha de Apicultores recebe homenagem pelos 50 anos de história

Por proposição do vereador Adeli Sell (PT) a Associação Gaúcha de Apicultores recebe nesta terça-feira (22.05) placa em homenagem aos 50 anos dedicados ao fomento da apicultura, meliponicultura e desenvolvimento agropecuário no Estado e na Capital. A entrega da placa será feita durante a realização do 19° Congresso Brasileiro de Apicultura, realizado em Gramado.

Assessoria do vereador

sexta-feira, 18 de maio de 2012

"Não podemos nos furtar de apresentar o PT como a melhor alternativa política para a cidade"

Na foto: Adeli Sell, Marco Aurélio Garcia, Rui Falcão, Adão Villaverde, Tarso Genro e Olívio Dutra
Em resposta à matéria “Villaverde pressionado a desistir”, publicado na edição desta sexta-feira pelo jornal Zero Hora, o PT de Porto Alegre reafirma que “não existe nenhuma possibilidade de o partido recuar da sua decisão, tomada em dezembro de 2011, de apresentar candidatura própria nas eleições de 2012”.

Nosso partido nasceu para disputar e conquistar o poder. Seu programa, desde a fundação, apresentou esta perspectiva, traduzida em propostas políticas em cada embate. Tanto nas disputas do movimento social como nos processos eleitorais institucionais em todos os níveis.

Com o cenário praticamente consolidado, com duas pré-candidaturas não-petistas apresentadas por partidos da base de sustentação estadual, reafirmamos a necessidade do PT ser protagonista na eleição de 2012 em Porto Alegre, o que significa ter candidatura própria e, a partir dela, buscar partidos aliados. O que já temos feito, pois já se somaram a nós duas outras legendas: PV e PPL. Esta opinião está em consonância com os debates já realizados pelos filiados no diretório municipal e diretórios zonais do partido.

Ontem à noite, durante jantar de encerramento do Seminário Nacional do PT, reafirmamos, na presença de quatro lideranças que já estiveram ou ainda estão na presidência do Partido em nível nacional – Marco Aurélio Garcia, Olívio Dutra, Tarso Genro e Rui Falcão – nossa pré-candidatura em Porto Alegre. Compartilhamos a mesma opinião de que não podemos nos furtar de apresentar o PT como a melhor alternativa política para a cidade. Não exercer o nosso protagonismo é negligenciar com a expectativa em nós depositada por expressiva parte da cidade. É abandonar nossa militância, filiada ou não ao partido.

Entendemos que a história e o capital político do maior partido presente em Porto Alegre construído ao longo dos anos por sua aguerrida militância não pode ser desprezado. Estamos no 3º mandato da Presidência da República, 2ª gestão do governo do Estado, 16 anos à frente da prefeitura desta cidade e com pelo menos 22% de aprovação partidária. O PT tem projeto e tem um nome com plenas condições de representar a nossa visão de cidade, de disputar e vencer a eleição de 2012.

O momento é de afirmação e construção e não da criação de falsas verdades que travem a discussão. Acreditamos na imantação da militância, na história do nosso pré-candidato e na aprovação do nosso partido. Porto Alegre também tem o direito de voltar a ser do Rio Grande do Sul, do Brasil, do Mundo. E o PT deve ser o protagonista desse processo, com candidatura própria, junto com aliados de peso e um programa de governo que represente a nossa história, nossa visão de cidade e tenha a capacidade de se renovar.

Adeli Sell
Presidente do PT em Porto Alegre

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Por iniciativa do vereador Adeli Sell, médicos da Câmara Municipal são cadastrados no IPE

Na foto: o vereador Adeli Sell, o presidente do IPE, Valter Morigi, e os funcionários da Casa
O diretor-presidente do Instituto de Previdência do Estado do RS, Valter Morigi, oficializou na tarde desta quinta-feira (17/5), na presença dos vereadores Adeli Sell, proponente da iniciativa, e Mauro Zacher, presidente da Câmara Municipal, o cadastramentos dos médicos da CMPA no IPE. Essa era uma antiga demanda dos médicos que fazem atendimento diário no ambulatório da Câmara Municipal de Porto Alegre(CMPA) e dos servidores conveniados ao IPE.

O gabinete do vereador Adeli Sell estava tratando do tema desde janeiro, quando foi procurado pela chefe do ambulatório, dra. Rosa Cristina Machline Harzheim. "Estamos muito felizes de poder proporcionar isso aos nossos servidores. Agora, os funcionários da Câmara que forem atendidos no ambulatório e que tiverem IPÊ já podem sair de suas consultas com o encaminhamento para os exames necessários, possibilitando assim o diagnóstico e tratamento aqui mesmo pela Casa", frisou Adeli.

Conforme dra. Rosa, com o cadastro, os médicos da Casa poderão agilizar procedimentos e dar continuidade ao atendimento e tratamento dos funcionários. "Essa ação vai beneficiar os colaboradores e os profissionais, através de um serviço mais completo e, consequentemente, com mais qualidade".

O dirigente do IPERS, Valter Morigi, observou que o cadastramento estava na agenda de  ações do IPE, desde o ano 2011. Ele justificou que o atendimento só aconteceu agora "em função de período de transição de diretores e readequação de áreas" da instituição estadual.

Assessoria Gab. Ver. Adeli Sell

Presidente Municipal do PT, vereador Adeli Sell participa do Seminário Nacional do PT

Adeli saudou os participantes na abertura do evento
Oficinas temáticas abriram ontem (16.05) o Curso de Programa de Governo do PT, que está sendo realizado em Porto Alegre. Diversos painéis trataram de temas como Igualdade Racial, Economia Solidária, Esporte, Meio Ambiente, Juventude e Mulheres. O vereador integrou o grupo da Promoção de Igualdade Racial, que debateu questões sobre como fortalecer e unificar o discurso do combate à discriminação social em um país tão grande e com tantas diferenças culturais como o Brasil. Desigualdades regionais e problemas enfrentados pelos representantes de cada cidade foram expostos e discutidos em busca de soluções.

Adeli acompanhou a discussão ao lado da
Secretária Nacional de Combate ao Racismo, Cida Abreu
Segundo a Secretária Nacional de Combate ao Racismo, Cida Abreu, esses encontros são importantes para a aproximação das lideranças do partido. Durante a reunião ainda foram discutidas questões ligadas à igualdade racial, como as políticas de saúde pública,  em especial voltadas para a mulher. Representantes de diversos municípios discutiram propostas e ações para diminuir a discriminação às cidades menores, onde o problema é mais latente.

À noite, durante a abertura oficial do evento, Adeli acompanhou a palestra proferida pelo marqueteiro João Santana, coordenador de marketing das campanhas do ex-presidente Lula, e da presidente Dilma Rousseff. Santana é conhecido por ser um dos grandes nomes do marketing político do Brasil, requisitado em diversos países para elaborar programas de marketing para políticos em campanha.

Em sua palestra, Santana falou aos coordenadores de campanha petistas de vários estados sobre a importância do trabalho de marketing político eleitoral bem-feito. "A política depende profundamente da comunicação e, no Brasil, antes se disse que todo mundo era um pouco técnico de futebol. Hoje se diz que é um pouco de marqueteiro político", brincou. O seminário tem continuidade no dia de hoje, com destaque para a participação do presidente nacional do PT, Rui Falcão, e do governador Tarso Genro.

Adeli com a  Secretária Nacional de Mulheres do PT Laisy Morieri
Adeli e Jefferson Lima, Secretário Nacional da Juventude do PT

Adeli Sell e Margarete Moraes com o ator Sergio Mamberti, militante petista da área da cultura
Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Reunião da Comissão de Habitação é esclarecedora e agrada aos moradores da Vila Silva Paes

A Comissão de Habitação/SECOPA, comandada pelo assessor do vereador Adeli Sell, Michael Santos, reuniu dezenas de famílias ontem à noite para informar sobre os andamentos das obras e a abertura do procedimento para a disponibilização do Bônus-MoradiaParticiparam da reunião os Srs. Cleber, Estevão e Rodrigo, que representaram o Governo Municipal.
Na ocasião, foram apresentados os locais onde serão construídos os novos 1.500 apartamentos provenientes ao Bônus-Moradia. Os imóveis estarão localizados nos seguintes logradouros: Rua Comandai (272 unidades), Rua Upamoroti, Rua Jaguari (120 unidades), Rua Pedro Boticário (150 unidades), Rua São Miguel (100 unidades), Rua Intendente Azevedo, Rua Gal. Jonathas Borges (100 unidades), Av. Carlos Barbosa (83 unidades), Rua Banco de Província (56 unidades), Rua Mutualidade (224 unidades), Rua Cleveland, Rua Santa Cruz (160 unidades), Rua Silveiro (150 unidades) e Rua Cai (120 unidades).


Para Sandra Argenti, moradora e integrante da Comissão de Habitação da Grande Cruzeiro, o encontro foi muito proveitoso e esclarecedor. A reunião encerrou-se com intensa salva de palmas dos moradores, como aprovação e reconhecimento ao êxito do evento.

Alysson Mainieri
Estagiário de Jornalismo
Gab. Ver. Adeli Sell


terça-feira, 15 de maio de 2012

Diálogos com Porto Alegre ouve reivindicações da direção do Hospital Parque Belém

O presidente do HPB, Luiz Augusto Pereira recebeu Villaverde e Adeli Sell para um café da manhã
Dando prosseguimento aos Diálogos com Porto Alegre, o deputado e pré-candidato do PT Adão Villaverde visitou na última sexta-feira (11.05), junto com os vereadores Adeli Sell e Engenheiro Comassetto, a direção do Hospital Parque Belém, na Zona Sul de Porto Alegre. Na oportunidade, os parlamentares foram recebidos pelo presidente do HPB, Luiz Augusto Pereira e pelo diretor Afrane Serdeira juntamente com o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Artur Benedito Pereira Filho, que apresentaram ao pré-candidato petista as dificuldades enfrentadas pela Instituição.

Conforme Pereira, a visita de lideranças políticas realça o que representa a instituição de saúde para a comunidade e gestores públicos. “O objetivo deste encontro foi mostrar que estamos tentando, com muito esforço e, poucos recursos, revitalizar o HPB e principalmente, solicitar, em nome de toda a diretoria, que políticos façam a interfase junto aos governos municipal, estadual e federal para ‘desatarmos os nós’ em relação à liberação de recursos que estão ‘amarrados’ em Brasília e em outras esferas de Governo e que são necessários para que o hospital volte a ser referência no atendimento de excelência às comunidades, especialmente para os mais carentes de serviços médicos hospitalares Sempre atenderemos beneficiários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, ressaltou Luiz Augusto Pereira.


Os vereadores Adeli Sell e Engenheiro Comassetto com
a direção do Hospital
Tornar o HPB em Pronto Socorro da Zona Sul é um pleito antigo, mas, no momento parece inviável pelo alto custo e a falta de verbas para contratação de médicos de áreas especializadas para o atendimento. “O que pode ser feito imediatamente, é conseguirmos reativar o Pronto-Atendimento, denominado pelo Ministério da Saúde de ‘Porta de Entrada das Emergências’, serviço reivindicado pela comunidade. É a vocação da instituição, que integra clínicos e especialistas”, explicou Pereira.

O deputado Adão Villaverde visitou as dependências do hospital e destacou o amplo espaço físico e parabenizou a atual diretoria pelas melhorias que estão sendo feitas. Comprometeu-se em ajudar através de reuniões com as bancadas de deputados federal, estadual e secretários estadual e municipal da Saúde, com o intuito de agilizar a liberação de verbas necessárias para manter a estrutura funcionando, corpo médico e a aquisição de novos equipamentos.

Segundo o vereador Adeli Sell, o HPB é um exemplo de dedicação à saúde pública, há muito tempo e, as dificuldades enfrentadas para manter toda a infraestrutura e os mais de quatrocentos funcionários, é uma missão difícil para os gestores. “Vamos dialogar com a secretaria municipal da Saúde e salientar ao secretário Marcelo Bósio sobre a importância da reabertura do Pronto-Atendimento para a zona Sul da cidade, pois é uma reivindicação da comunidade”, afirmou o Adeli.

Já o vereador Comassetto disse que o encontro só fortalece o diálogo entre membros do HPB, políticos e os integrantes da Câmara Técnica, formada pela comunidade local e que tem como objetivo fiscalizar todos os serviços do HPB.

Capacidade
O Hospital abriga atualmente 199 Leitos. Atende, em média, 452 internações mensais pelo SUS ; 100 internações convênio/Particular ; realiza em torno de 200 cirurgias  e 17.000 exames laboratoriais. Como atualmente o percentual de Atendimentos pelo SUS não passa de 80%, o objetivo da Instituição é disponibilizar o atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde.

CEF
Há dias atrás o vereador Adeli Sell havia visitado as dependências do hospital, a pedido do médico nefrologista João Biernat. Adeli conseguiu encaminhar junto à superintendência da Caixa Econômica Federal (CEF) a renegociação dos juros de um empréstimo contraído pelo Hospital com a CEF. O vereador também apresentou ao deputado federal Paulo Ferreira as dificuldades da instituição e a necessidade de acessar programas federais do Ministério da Saúde bem como a possibilidade de criação de emendas parlamentares. “O HPB passa por uma fase de melhorias das instalações e aquisições de novos equipamentos. Estou engajado na busca por soluções”, disse o vereador.

A visita teve como objetivo iniciar um processo de negociação entre o hospital da Restinga Moinhos de Vento e o HPB, visando a complementaridade de serviços prestados ao SUS. Para o presidente do Sanatório Belém trata-se do início de uma parceria que trará efetivo benefício à população, pois o HPB poderá servir de retaguarda na alta complexidade de neurocirurgia e traumato/ortopedia considerando que o hospital da Restinga não atenderá alta complexidade nestas especialidades. “Nossas propostas são complementares. A definição depende muito mais dos gestores públicos do que dos gestores dos hospitais”, concluiu  Pereira.

Por Tatiana Feldens, com Cleber Moreira
Gab. Ver. Adeli Sell

PT e Bancada de Vereadores lançam Boletim Informativo sobre as deficiências da saúde em Porto Alegre






segunda-feira, 14 de maio de 2012

Adeli confere de perto sinalização das obras do Pisa no Guaíba. "Fomos todos enganados", admite o vereador.

Adeli Sell conversa com o Rogério Schröder, Diretor Executivo
da Nautiwaye que há anos navega pelo Guaíba
No último sábado (12.05), a convite de um grupo de pessoas que navegam pelo Guaíba, o vereador Adeli Sell foi conferir de perto a sinalização das obras do Programa Integrado Socioambiental (Pisa). A visita ocorreu poucos dias após a reunião realizada pela Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal de Porto Alegre, na qual o delegado da Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul, capitão-de-fragata Jayme Tavares Alves Filho garantiu que os bancos de areia resultantes das obras estavam adequadamente sinalizados, e, portanto não ofereciam riscos para a navegação e as atividades náuticas no Guaíba.

“Fomos todos enganados. Colocar meia dúzia de taquaras não é sinalização que se possa levar em conta”, opinou o vereador, para quem Porto Alegre segue com enormes bancos de areia criados em área de tráfego intenso de embarcações sem a devida sinalização. “Se houve ‘aviso aos navegantes’ foi tão pífio esse comunicado que todas as pessoas consultadas sequer sabiam. Isto é grave vindo de autoridades constituídas”, acrescentou Adeli.

Marco Antonio Braun, diretor administrativo da Microcontrol, que costuma navegar pelo Guaíba com sua lancha, concorda com o Adeli ao afirmar que a sinalização da Marinha resume-se a “estacas de madeiras que à noite dificilmente conseguimos ver”. Na avaliação do grupo, as obras influenciaram na rota de navegação, principalmente na raia próxima ao clube Jangadeiros do Sul. Antonio Augusto Cademartori Ilha, da Associação Riograndense de Jet Ski, mostrou fotos tiradas por ele caminhando sobre os bancos de areia. Segundo ele, a forma como as obras vêm sendo feitas desrespeita o direito de ir e vir das pessoas que desfrutam do lago diariamente.

O vereador foi recebido pelo grupo na Marina da Conga
“Como vereador desta cidade, vou lutar pela garantia da navegabilidade do Guaíba. A prefeitura tem a obrigação de informar e sinalizar adequadamente sobre a existência dos bancos aos navegantes”, sustentou o vereador. “Vamos nos comunicar com os clubes náuticos e com os navegadores e fazer um movimento junto ao prefeito, ao governo do Estado e com a presidência da República, já que seus subordinados não estão cumprindo com a sua missão”, finalizou Adeli.

Revitalização do Cais Mauá
Outra preocupação do grupo diz respeito ao projeto de Revitalização do Cais Mauá, proposto pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner. Segundo os lancheiros, o projeto não prevê qualquer atracadouro para particulares nas proximidades do Gasômetro. “Isso é inconcebível”, na opinião de Braun, já que mais uma vez as pessoas serão impedidas de chegar à cidade pelo Guaíba. “Duvido que as pessoas não gostariam de ver lanchas e pequenos barcos atracados no Cais. Isso seria bom para todos. Para nós que navegamos no Guaíba e para as pessoas que procuram ver e fotografar os barcos”, disse ele.

Por Tatiana Feldens, (reg. Prof. 13654)
Gab. Ver. Adeli Sell

sexta-feira, 11 de maio de 2012

O PT não pode se acomodar - Por Olívio Dutra (*)

Reunião da Coordenação do Diálogo Petista, 4 de novembro de 2011(**)

Sempre fui desvinculado organicamente de estruturas políticas antes e, depois, dentro do PT. Não reivindico isso como virtude, mas não é tampouco um defeito, talvez uma limitação. Venho da vertente sindicalista que ajudou a fundar o partido.

Um balanço do PT, como partido de esquerda, socialista e democrático, tem de vê-lo como parte da luta histórica do povo brasileiro, em especial dos trabalhadores, na busca de ferramentas capazes não só de mexer mas de alterar a estrutura de poder do Estado e sociedade brasileiros marcada por privilégios baseados no enorme poder político, econômico, cultural de uma minoria. O PT nasceu para lutar por uma sociedade sem explorados e sem exploradores e radicalmente democrática.

Antes do PT, ainda no século XIX, surge o PSB, o primeiro partido de esquerda do Brasil republicano. O movimento operário anarquista das primeiras décadas do século xx era avesso à idéia de um partido. O PC surge em 1922. O PT aparece numa conjuntura de enorme agitação política reprimida por uma ditadura militar, fruto do golpe de 1964 que recompôs as elites contra um populismo que já não controlava mais as lutas sociais.

Este populismo, iniciado por Vargas e que inspira Jango e Brizola, era dirigido por gente ligada ao latifúndio “esclarecido”, um pouco na tradição dos republicanos gaúchos- Julio de Castilhos, Borges de Medeiros – que compartilhavam a idéia de que política não é para qualquer um, que o povo precisa de alguém que o cuide.

O PT nasceu com a idéia de que o povo devia ser o sujeito de sua história, o que marcou os seus primeiros passos. Mas, à medida que conquistou mandatos em vários níveis, a coisa foi ficando “osca”, suas convicções e perspectivas foram perdendo nitidez. Houve uma acomodação na ocupação das máquinas institucionais (inclusive no Judiciário).

Diante desse processo o PT não se rediscutiu, não discutiu os efeitos dessa adaptação à institucionalidade de um Estado e de uma sociedade que, para serem democráticos, precisam ser radicalmente transformados.
Assim, o PT cresce quantitativamente – em 2011 temos três vezes mais diretórios municipais, passamos de mil a 3 mil, em função de eleições e do fato de o partido estar no governo federal e em governos estaduais, municipais, além de ter eleito centenas de parlamentares nos três níveis de representação.

E, bem mais que as idéias ou mesmo o programa, o que mobiliza o partido, ultimamente, são as eleições internas e externas. Somos todos responsáveis por isso: a política como um “toma lá, dá cá”, confundindo-se com negócios, esperteza, e a idéia de tirar proveito pessoal dos cargos públicos conquistados. E tem gente chegando ao partido para isso, favorecidos pelo discurso da governabilidade mínima com o máximo de pragmatismo político.

Mesmo com os dois mandatos de Lula, demarcatórios na história de nosso país,o Estado brasileiro não foi mexido na sua essência. O 1º mandato foi de grande pragmatismo, onde a habilidade de Lula suplantou o protagonismo do Partido e garantiu, para um governo de composição, uma direção, ainda que com limites, transformadora da política. A política de partilhar espaços do Estado com aliados políticos de primeira e última hora de certa forma já vinha de experiências de governos municipais e estaduais mas ali atingiu a sua quinta essência. No 2º mandato, ao invés de o PT recuperar o protagonismo, diluiu-se mais um pouco, disputando miríades de cargos em todos os escalões da máquina pública.

Quanto à Dilma, ela é um quadro político da esquerda. Seu ingresso no PT, honroso para nós, não foi uma decisão fácil para ela, militante socialista do PDT e sua fundadora.

O PDT estava no governo da Frente Popular (PT, PDT, PSB, PC, PC do B) no RS. Veio conosco no 2º turno. No 1º turno sua candidata tinha sido a ex-senadora Emilia Fernandes. A relação do Brizola com o PT e com nosso governo nunca foi tranqüila. Tive de contornar demandas descabidas para criar secretarias para abrigar pessoas de sua indicação. Lembro o quanto lutamos pela anistia e volta dos exilados ainda durante a ditadura. Ocorre que em 1979, quando Brizola voltava do exílio, nós, os bancários de Porto Alegre – eu era presidente do sindicato da categoria – estávamos em greve. Caiu a repressão sobre nós com intervenção no sindicato e prisão de lideranças. Brizola permaneceu em São Borja no aguardo de que, com a prisão dos dirigentes, a greve acabasse. Veio até Carazinho, mas como a greve, apesar da repressão, não terminara, voltou para São Borja. A categoria tinha a expectativa que ele, pelo menos, desse uma declaração contra a repressão ao movimento. Não se manifestou.

Quando do governo da Frente Popular, em decorrência de o PT e PDT terem candidaturas opostas à Prefeitura de POA (nosso candidato, eleito, foi o Tarso Genro), Brizola, como presidente nacional do PDT, fez pressão para que trocássemos os secretários pedetistas ligados ao “trabalhismo social”: Dilma, Sereno, Pedro Ruas e Milton Zuanazzi, caso contrário o PDT deixaria o governo. Não concordamos. Eles foram mantidos nos cargos e com plena liberdade para se decidirem sobre sua vinculação partidária. Todos eles travaram uma discussão intensa nas instâncias do PDT e deliberaram desfiliarem-se e, posteriormente, após nova discussão interna, desta vez nas instâncias do PT, filiarem-se ao nosso partido. A Dilma, à época em que reabrimos a negociação sobre os subsídios, favores tributários e renúncia fiscal para a Ford, estava ainda no PDT e, como Secretária de Minas e Energia do nosso governo, participou da construção da decisão que, séria, responsável e republicanamente tomamos. Sua postura determinada nessas e em outras circunstâncias têm o nosso reconhecimento, respeito e admiração.

Ela tem clareza sobre como funciona o Estado e como deveria funcionar, sob controle público, para ser justo, desenvolvido e democrático mas, a composição do governo é um limitador e ela não vai poder alterar as estruturas arcaicas e injustas do Estado brasileiro, coisa que o próprio Lula, com toda sua historia vinculada às lutas sociais da s últimas décadas, não conseguiu fazer. Para mexer nisso, tem que ser debaixo para cima!

Então aí está o papel do partido que não pode se acomodar. Nós, petistas, nos vangloriamos de feitos em prefeituras, governos estaduais e no federal. Mas, criamos mais consciência no povo para que se assuma como sujeito e não objeto da política?

Nas eleições fala-se em “obras” e não se discute a estrutura do Estado, como e quem exerce o poder na sociedade e no estado brasileiro, os impostos regressivos para os ricos e progressivos para os pobres, as isenções, os favores tributários, a enorme renúncia fiscal. Tem prefeitura do PT que privatiza a água, aceitando o jogo do capital privado e a redução do papel do estado numa questão estratégica como essa.
O PT não se esgotou no seu projeto estratégico, mas corre o risco de se tornar mais um partido no jogo de cena em que as elites decidem o quinhão dos de baixo preservando os privilégios dos de cima. Nosso partido tem de desbloquear a discussão de questões estruturais do estado e da sociedade brasileira da disputa imediata por cargos. Essa discussão deve ser feita não apenas internamente, mas com o povo brasileiro.

Realizar Seminários onde se discuta até mesmo o papel e o estatuto das correntes internas. Seminários com os lutadores sociais para discutir como um o partido com nossa origem e compromisso pode governar transformadoramente sem se apequenar no pragmatismo político.

A lógica predominante, diante das eleições do ano que vem, é de governarmos mais cidades, mas qual a cidade que queremos? A imposta pela indústria automobilística, desde os tempos de JK, com ferrovias privatizadas e sucateadas e o “rodoviarismo” exigindo que o espaço urbano se esgarce e se desumanize para dar espaço para o automóvel particular? Onde as multinacionais se instalam com as maiores vantagens do mundo e as cidades viram garagens para carros, onde túneis, viadutos e passarelas, cuja capacidade se esgota em menos de 10 anos, tecem teias de concreto que mais aprisionam do que libertam o ser humano?
O PT deve refletir sobre suas experiências de governar as cidades. São muitas e nenhuma definitiva. O Orçamento Participativo não foi radicalizado ao ponto de ser apropriado pela cidadania como ferramenta sua para controle não só de receitas e despesas, verbas para obras e serviços, no curto prazo, mas sobre a renda da cidade, sua geração e o papel do governo na sua emulação e correta distribuição social, cultural, espacial, econômica e política. O Orçamento Participativo tem que ser pensado não como uma justificativa para a distribuição compartilhada de poucos recursos, mas como gerador de cidadania capaz de, num processo de radicalidade democrática crescente, encontrar formas de erradicar o contraste miséria/riqueza do panorama de nossas cidades.

A crise econômica mundial está longe de ser debelada e os países ricos têm enorme capacidade de “socializar” o pagamento dela com os países pobres. No chamado Estado de Direito Democrático o ato de governar é resultado de uma ação articulada e interdependente entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Ocorre que na sociedade capitalista o Poder Econômico, que não está definido na Constituição, é tão poderoso e influente quanto todos aqueles juntos. Portanto, a confusão entre governo e esse poder “invisível” privatiza o Estado e é caldo de cultura para a corrupção.

Como presidente de honra do PT-RS, tenho cumprido agenda partidária, fazendo roteiros, visitando cidades, participando de atos de filiações, ouvindo as lideranças de base e discutindo o PT. Sinto-me provocado positivamente com esta tarefa.

Mas na estrutura que existe hoje o Partido é cada vez mais dependente, inclusive financeiramente, dos cargos executivos e mandatos legislativos que vem conquistando. É difícil, pois, uma guinada, sem que haja pressão debaixo para cima sobre as direções, correntes, cargos e mandatos. Assim como está o PT vai crescer “inchando”, acomodando interesses. A inquietação na base quanto à isso ainda é pequena mas é sinalizadora de que a luta para que o PT seja um partido da transformação e não da acomodação vale a pena.

(*) Texto revisado pelo autor.
(**) O Diálogo Petista é um agrupamento de militantes petista de diversas origens e trajetórias que tem em comum a preocupação de manter vivos os princípios de independência de classe e de luta pela soberania nacional que estiveram na base do surgimento do PT.