sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Operação da Receita Federal resulta na apreensão de dois ônibus e três veículos com mercadorias estrangeiras‏


Nesta última quinta-feira (29), na região de Céu Azul/PR, foi realizada mais uma ação de combate ao contrabando e descaminho, integrante da Operação Fronteira Blindada. A ação teve início às 12h e reuniu servidores da Receita Federal e agentes da Polícia Rodoviária Federal, resultando na apreensão de dois ônibus e três automóveis, com mercadorias estrangeiras avaliadas em aproximadamente R$ 200 mil.

No início da tarde, a equipe de fiscalização fez a abordagem de dois ônibus, ambos com placas de Foz do Iguaçu/PR. Nos veículos foi aprendida grande quantidade de mercadorias de origem estrangeira irregularmente importadas, compostas principalmente por vestuário, brinquedos e eletrônicos. Ninguém foi preso. O valor estimado das mercadorias encontradas nos coletivos é de R$ 100 mil.

Na seqüência da operação, foi abordado um veículo VW/Parati com placas de Cascavel/PR. No veículo foram encontrados aproximadamente 100 kg de carne (picanha) irregularmente importada da Argentina. O motorista disse que levaria a mercadoria até Cascavel. O produto foi encaminhado ao Ministério da Agricultura, sendo avaliado em R$ 4 mil.

Um pouco mais tarde, foram aprendidos mais dois veículos: um Ford/Versailles com placas de Salete/SC, que carregava vestuário e brinquedos contrabandeados avaliados em R$ 5 mil, e um Renaut/Logan, com placas de Matelândia/PR, que continha eletrônicos ocultos em fundo falso, notadamente câmeras fotográficas, notebooks e acessórios de informática. O valor estimado da apreensão é de R$ 80 mil. Ninguém foi preso.

Os veículos e as mercadorias foram encaminhados à sede da Receita Federal em Foz do Iguaçu para fins de contagem e valoração, bem como a posterior elaboração dos respectivos autos de infração.

(DDLFV)
Foz do Iguaçu, 30 de agosto de 2013.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
DRF/FOZ

Adeli se soma à Cúria Metropolitana na busca por melhorias na rampa de acesso à Catedral

Membros da Cúria Metropolitana de Porto Alegre receberam ontem à tarde o suplente de vereador Adeli Sell para uma conversa. Na pauta, esclarecimentos sobre a colocação da rampa para pessoas com deficiência (PCDs) na entrada da Catedral Metropolitana de Porto Alegre.

A estrutura necessária para a garantia da acessibilidade em um dos cartões postais mais belos da cidade foi motivo de crítica por parte de Adeli, que classificou a obra como sendo um “tremendo equívoco de quem a projetou” por descaracterizar a arquitetura do prédio.

Nelson Hartman, membro do Conselho Econômico da Igreja, informou que a rampa não está pronta e que ajustes técnicos devem ser feitos nos próximos dias. “Já há condições de uso. Não é bonita, concordamos, mas está dentro das regras estabelecidas pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)”, assegurou. O objetivo, segundo o Padre Gustavo Hass, era fazer algo que visasse às pessoas. “Precisam ver a reação delas em dia de missa. Agora já podem acessar a Igreja sozinhas”, completou.

Acesso regular
Na oportunidade, o assessor parlamentar Casemiro Olejenik Filho acompanhou Adeli na agenda e utilizou a rampa para acessar a Igreja. Segundo Casemiro a rampa está de acordo com as normas universais. Queixou-se apenas do piso escorregadio. “Senti que minhas rodas patinavam um pouco”, afirmou. O ideal, na avaliação do assessor parlamentar, seria substituir o atual piso por um emborrachado, visando principalmente a segurança dos deficientes visuais, hipótese descartada pelos engenheiros por ficar do lado de fora e estar sujeira às intempéries.

Foi cogitada também a possibilidade de pregar o piso emborrachado no chão, mas Ana Maria Lenz, vice-presidente da Associação do Centro Histórico e Secretária das Pastorais, informou que não é possível fazer furos na calçada, tendo em vista que o passeio público é tombado pelo patrimônio histórico.

A rampa, que começou a ser construída na semana passada, é removível e pode ser retirada a qualquer momento. Trata-se apenas de um apêndice à construção já existente. A pedido dos membros da Cúria, Adeli irá se somar aos esforços de com o objetivo de melhorar o aspecto e toda a funcionalidade da rampa.










Por Tatiana Feldens

Expedição Floresta ocorre neste sábado à tarde

Publico abaixo convite que recebi e que farei questão de participar:

UrbsNova convida a todos da Associação Refloresta para participar de uma caminhada de (re)conhecimento do bairro Floresta, principalmente pela rua São Carlos. Será no dia 31, próximo sábado, às 15 hs, ponto de encontro em frente ao número 22 da R. Gonçalo de Carvalho, rua atrás do Shopping Total.

Término da caminhada entre 17 e 18 hs. Consideramos muito importante a presença dos moradores ao longo de toda a caminhada, pois são eles que têm a memória, conhecem as histórias, sabem dos problemas do dia a dia. Todos os dados, detalhes, pontos que serão visitados, fotos, mapas, podem ser encontrados nesta página de UrbsNova:

http://urbsnova.wordpress.com/expedicaofloresta/

Estão todos convidados!

Jorge Piqué
UrbsNova | Agência de Inovação Social
Porto Alegre - Barcelona
http://urbsnova.wordpress.com/about/

Edição desta semana pauta a capacitação dos serviços em Porto Alegre tendo em vista a Copa do Mund



Perdeu a edição de ontem sobre Turismo e a capacitação da cidade para receber os milhares de turistas que devem desembarcar no ano que vem em Porto Alegre para acompanhar os jogos da Copa? Então não deixe de acessar o canal do programa no YouTube. A edição já está disponível na íntegra.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Voos para oito destinos estrangeiros fazem de Porto Alegre uma cidade globalizada

A Capital dos gaúchos terá até o final do ano ligação aérea com seis países e oito cidades. São eles Argentina (Mendoza, Rosário e Buenos Aires), Panamá, Peru, Portugal, Uruguai e Estados Unidos. A cidade mudou de cenário. Mesmo que geograficamente continue debruçada sobe as douradas águas do por do sol do Guaíba, agora ela está inserida nos dois hemisférios da terra. Isto requer um novo comportamento.

Negócios internacionais provocarão impactos e lançam desafios ao trade turístico. O governo está fazendo o seu papel e está entrando com 60 milhões de reais para prover a capital com um Centro de Eventos. Ao trade turístico da cidade e do estado tem um novo desafio: buscar hóspedes nestes novos destinos para ocupar os assentos e manter estes voos economicamente saudáveis.

Na avaliação do próprio trade turístico, não há mudança sem impactos e os impactos relacionados com este novo cenário farão com que a capital gaúcha de torne cosmopolita, o que mobilizará atenção para, pelo menos cinco vetores:

1. Línguas
2. Comidas
3. Moedas
4. Pessoas
5. Empreendedorismo.

É a nossa Capital entrando para o cenário mundial.

Mais informações na página do www.frontdesk.tur.br

Show de horrores só piorou



Ontem pela manhã fomos verificar a "nova" situação da rampa para pessoas com deficiência (PCDs) na entrada da Catedral Metropolitana. A obra sofreu um "up grade" e agora conta com apoios laterais. O show de horrores só piorou. Vale a máxima: Nada está tão ruim que não possa piorar um pouco!

Além do mais,  parece não haver espaço suficiente para fazer a curva com a cadeira de rodas e entrar na igreja. A rampa também mais parece uma armadilha para deficientes visuais, já que avança para a calçada e não há sinalização podotátil no entorno. Como em toda a cidade de Porto Alegre, a acessibilidade ou não existe ou é feita fora dos padrões, o que demonstra o descaso da atual administração com o cidadão.


Capacitação da cidade para a Copa é o tema desta edição

QI e Sindpoa são os convidados desta edição
O turismo e a capacitação da cidade em hotelaria, gastronomia e informações turísticas para receber os milhares de turistas que devem desembarcar em Porto Alegre no ano que vem durante os jogos da Copa do Mundo. Este é o tema da nossa edição desta quinta-feira, às 22 horas, no canal 20 da NET. Recebemos no estúdio a Superintendente Geral do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa), Maria Isabel Nehme e o Diretor de Educação da QI, Henrique Gerstner.

Na externa, uma entrevista com o secretário municipal do Turismo, Luis Fernando Moraes, que ressalta a preocupação da cidade com o pós-Copa e a necessidade de garantir que a estrutura atingida para o Mundial tenha retorno permanente.

Acompanhe nesta quinta-feira (29/08), no canal 20 da NET.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

"Qual é a tua obra"?

Li com certa angústia este livro do educador e filósofo Mário Sérgio Cortella, publicado pela Editora Vozes em 2009, mas que só agora tive o prazer de ler. Um texto envolvente sobre as inquietações do mundo, pois após sua leitura o sujeito fica se perguntando se fez a coisa certa ou se sua vida é cheia de lacunas. Conheço pouco dele, e agora vejo que isto deixa uma brecha na minha formação. Há outras, sem dúvida.

Conhecia um pouco da trajetória de educador de Cortella, em especial, quando foi Secretário de Educação na capital paulista. Bisbilhotando livrarias como faço com frequência menor que a desejada, me deparei com este livro. Retoma um tema que está no Rebelais, no seu Gargantua, Pantagruel, no século XVI: "Conheço muitos que não puderam quando deviam porque não quiseram quando podiam". Ou seja, não fizeram a sua obra.

Neste livro o autor desmistifica conceitos e pré-conceitos, e define o líder espiritualizado como aquele que reconhece a própria obra e é capaz de edificá-la, buscando incessantemente o significado das coisas. Também encontramos inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética.

Nada mais atual.

Ele nos leva ao caminho das descobertas de que trabalho não deve ser um ato de tortura, mas sim um sentido para a nossa vida. Este processo é um aprendizado longo, permanente e mutante. O livro se aplica a qualquer pessoa que queira refletir um pouco sobre os valores do mundo contemporâneo, os dilemas éticos da vida corporativa e as questões práticas que envolvem trabalho e realização pessoal/profissional.

Mostra que ninguém nasce sabendo e nem se torna uma pessoa capaz e feliz da noite para o dia. O processo de construção tem momentos de tropeços, por óbvio, e precisamos ter capacidade de nos reinventar e isto se dá num processo de convivência familiar e social, no mundo do trabalho e no lazer.

Segundo Cortella, autor de livros como "Não Espere Pelo Epitáfio" e "Não Nascemos Prontos", um líder, alguém que deixa uma obra marcante, é aquele que consegue enxergar o outro e não encará-lo como um estranho.

Aquele que não ouve e não enxerga o outro é um arrogante, um narcisista que só fala e ouve o que ele mesmo crê. Este nunca será um líder, será sempre um arremedo. É destas pessoas que muitas vezes temos medo. Mas é preciso descartá-las de nossas relações, pois com elas pouco se aprende.

Nada é feito com cautela imobilizadora, nem com ímpeto inconsequente. Pense na sua gestão pessoal e na gestão de pessoas. O fundamental é chegar ao essencial. Não caminhe sempre pelo mesmo caminho. Trate de buscar satisfazer sua obra, a equipe, o grupo com quem você lida, mas não se dê por satisfeito. A satisfação paralisa, adormece, entorpece.

Olhe para o outro. Enxergue-o. Analise-o. Os tempos são velozes, e tudo muda. Atualize-se. É preciso fazer o seu melhor.

Cortella vai fundo ao afirmar que "líder é aquele que inspira, que anima as pessoas a se sentirem bem com o que fazem e a sentirem integradas à orbi". E tudo isto passa pela ética. Palavrinha mais do que banalizada, mas que nós não podemos esquecer, mas sim integrá-la ao nosso ser, sem esquecer-se das palavras sábias da Rainha Vitória: "a vida é muita curta para ser pequena".

Se tivermos a ideia de que somos mortais vamos construir uma obra perene, que ficará para o futuro.

Afinal, qual é a tua obra?

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Vou me queixar para o Bispo

Senhor bispo,

Como o senhor costuma entrar pela porta dos fundos de nossa Catedral não deve ter percebido o ataque que sofreu seu prédio na parte frontal. Algum alucinado ou irresponsável projetou uma rampa para pessoas com deficiência (PCDs) na entrada da Catedral Metropolitana de Porto Alegre. Um acesso, sem dúvida, necessário para a garantia da acessibilidade de todos em um dos cartões postais mais belos da cidade, mas que chama atenção pelo tremendo mau gosto de quem a projetou. Além de desvirtuar e empobrecer a estética e a beleza da construção, a rampa não obedece às normas da ABNT de acessibilidade.

O pároco diz que foi o órgão de defesa do patrimônio quem projetou a rampa. Se foi, por favor, mandem fechar. Simplesmente acabaram com a estética da Catedral. A municipalidade me informa que o processo correu quatro anos, a Igreja diz que foram dez. É o fim da civilização local. Mais uma vez o atraso venceu a modernidade.

O tiro, enfim, saiu pela culatra. O "espalha chumbo" foi tão grande que fiquei observando os transeuntes que observavam “a novidade” sem entender. Riam atônitos. Muitos comentavam e se irritavam com o que viam ali.

A ABNT estabelece critérios e parâmetros técnicos que devem ser observados em adaptação de edificações às condições de acessibilidade. Diferentemente do que vimos aqui na nossa Catedral, onde colocaram uma monstruosidade que não serve para cadeirantes ou para pessoas que não podem subir os degraus da igreja, porque antes de tudo não é funcional. O material usado é inadequado, perigoso, com projeções cortantes, como se pode ver pela foto.

Senhor bispo,

Todos(as) tem direito a acessar a Catedral. O acesso deve ser universal, mas é impossível que pelos métodos construtivos que temos na atualidade não tenha sido possível fazer uma rampa que não agrida o patrimônio, com a devida segurança a quem fizer uso dela.

Pelo bem do seu rebanho, das PCDs, de Porto Alegre, livre-nos deste horror.

Adeli Sell

A modernidade ficou no passado de Porto Alegre

Houve um tempo que Porto Alegre esteve na vanguarda da modernidade, seja na cultura, no modo de vida, no urbanismo nascente ou na arquitetura. Mas sem saber localizar ao certo quando e como, a modernidade por aqui ficou suspensa. Talvez tenha sido com a destruição do piso da Rua da Praia, com a ausência das floreiras – que dali sumiram – ou com a construção daquela escada anti-PCD feita na confluência da Ladeira, acabando com os resquícios do Largo dos Medeiros.

Em 2009, escrevi um livreto ao qual dei um título provocativo chamado “Porto Alegre, a modernidade suspensa”. Obrigo-me, agora, quatro anos depois, lançar mais um provocativo debate ao afirmar que “A modernidade ficou no passado de Porto Alegre”. Minhas reflexões e observações me levam a ter a segurança que não foi apenas um processo de suspensão, estagnação ou falha no processo civilizatório da Capital. Estamos tempo demais neste ciclo, o que me autoriza a dizer que ficamos para trás de fato.

O tema que mais castiga as pessoas, especialmente em Porto Alegre, é a falta de mobilidade. Agravam-se os problemas do transporte coletivo, que tem sua qualidade diminuída a cada dia. O não cumprimento dos horários e os deslocamentos realizados em forma de lata de sardinha são apenas algumas das reclamações.

O BRT – nosso “ligeirinho” chega com mais de 30 anos de atraso em relação a Curitiba. A nossa Orla nem poderia ser chamada assim, porque ao longo dos mais de 70 km de margem do Guaíba temos apenas alguns poucos acessos. Ao governo Fogaça e à Câmara Municipal foi apresentada uma proposta digna de uso do Estaleiro Só. Mas a mesma foi derrotada.

Ao discutirmos os Projetos da Copa, tanto no caso do Inter como do Grêmio, propostas de emendas que dariam modernidade aos dois espaços, adivinhem, não passaram. Qualquer tentativa de modernização é entendida como afronta, mas ninguém explica a razão. É um “código”: “não pode” e ponto. Há sempre uma união da esquerda com a direita, coisa que só acontece aqui na política grenalizada para o jogo do atraso. Nossa arrogância, mais conhecida como Síndrome do Mampituba, não nos deixa aprender com os outros.

Entre na Internet e conheça o que é feito em Lima, no Peru, às margens do Pacífico, com águas frias, sem o pôr do sol que temos aqui: www.munlima.gob.pe . Também não precisa viajar para Rosário, na Argentina, às margens do rio Paraná, para invejar as belezuras do lado de lá - www.rosario.gov.ar - onde é possível desbravar a cidade caminhando de ponta a ponta ou andando de bicicleta, curtindo as praças, pequenos parques, com seus pubs, quiosques e até restaurantes.

Por aqui, se falar em construir um quiosque em espaço público leva ‘pedrada’. Como imaginar, por exemplo, o Parque Marinha do Brasil sem um local de alimentação de rua? Como alguém pode aceitar o Gasômetro sem uma Banca de Jornal? Propus tirar aquelas banquinhas da orla e substituí-las por quiosques como os existentes na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Nem pensar…

Não precisamos ir muito longe para “invejar” exemplos positivos. Pegue o catamarã e vá a Guaíba. Lá verás que eles já estão léguas à nossa frente na sua pequena orla. Agora imaginem um restaurante adentrando o Guaíba, a exemplo do que fez Lima - www.larosanautica.com . Ousadia escandalosamente linda.

Nossa Porto Alegre se gaba do Orçamento Participativo, mas nunca chamou o povo a dizer o que quer da Orla. Na Vila Tronco, onde estão ocorrendo as obras de ampliação da Avenida, os movimentos ditos sociais nunca foram lá para saber o que o povo acha do que fez a Associação de Moradores e a Comissão local de Habitação. Até o momento 359 pessoas trocaram sua área “ocupada” em espaço público, por um bônus de 56 mil reais para poder comprar uma casa mais decente. Elas dizem isto. Acham que modernidade é sair dos seus casebres à beira da avenida e achar uma casa com o nome de “dignidade mínima”.

No Centro de Porto Alegre, o primeiro edifício modernista feito pelo arquiteto Fernando Corona, o antigo Guaspari, foi “envelopado”. Um tremendo mau gosto. Uma jovem arquiteta apresentou como conclusão de seu curso um trabalho de repaginação, que está nas mãos do prefeito e do vice. Até agora, nada!

Próximo dali, recuperamos a Galeria Chaves, mantendo sua arquitetura exuberante, modernizando apenas a parte interna. Dali se avista outro escândalo contra a beleza e a estética da cidade, o tal Esqueleto da Praça XV: prédio inacabado que mais parece um espantalho. Quando vai o poder público ter a coragem de tomar uma decisão final?

Estão prometendo a Ladeira revitalizada pelo Projeto Monumenta. Teríamos nosso Largo dos Medeiros de volta. Podemos esperar? Ou vamos aguardar mais trinta anos como foi com o Cais Mauá? Agora, tudo indica que sai. Mas ainda tem gente torcendo para dar errado. É que não conhecem o Porto Madero, na Argentina, nem o Cais de Lisboa, em Portugal, que é muito semelhante e sucesso total e absoluto.

Uma coisa destoa de tudo o que falei: a inauguração do aeromóvel pela Trensurb. Quem sabe não seja isto um símbolo de um novo ciclo? Ciclo virtuoso da volta de modernidade em Porto Alegre. Mas, por enquanto, a modernidade ficou no passado de Porto Alegre.

Adeli fala sobre o conceito de cidade para alunos da UFRGS

Os alunos são da cadeira de Projeto II, do curso de Arquitetura da UFRGS
Convidado pelos professores Fernando Fuão e Celma Baese, Adeli Sell conversou ontem à noite com alunos do Curso de Projeto II, da Faculdade de Arquitetura da UFRGS. Por cerca de duas horas, os jovens com percepções de cidade bastante contestadoras ouviram atentos ao que o suplente de vereador tinha para falar. Crítico da atualidade, Adeli acredita que as questões urbanas são mal discutidas em Porto Alegre e defende uma maior intervenção da academia neste processo. “O papel de vocês nesta discussão é fundamental”, resumiu.

O suplente de vereador começou sua fala recordando exemplos de arquitetos renomados na cidade como Fernando Corona, Theo Wiederspahn e José Lutzenberger Pai que muito fizeram por Porto Alegre, mas que hoje pouco são lembrados. “São exemplos de profissionais que desempenharam importantes contribuições, mas que ficaram no esquecimento”, criticou.

Um dos precursores da arquitetura moderna na cidade, Corona é autor de prédios como o Santander Cultural e os Edifícios Guaspari e Jaguaribe. É também de Corona o projeto do imponente Edifício Colonial, prédio residencial tradicional construído por Tasso Corrêa na Rua 24 de Outubro 820, em frente ao hoje McDonalds. Theo Wiederspahn foi um arquiteto alemão que executou muitas obras no Brasil. São de sua autoria os prédios dos Correios e Telégrafos, hoje Memorial do Rio Grande do Sul; a Secretaria da Fazenda; o Edifício Ely, atual Tumelero e o Hotel Majestic, atual Casa de Cultura Mário Quintana. Não menos importante para a cidade, José Lutzenberger Pai projetou prédios como a Igreja São José, o Palácio do Comércio e o Instituto Pão dos Pobres.

Adeli e a professora Celma Baese
Ao mencionar estes exemplos, Adeli reforçou sua tese de que Porto Alegre – que já foi vanguarda na cultura, no modo de vida, no urbanismo nascente ou na arquitetura – há muito deixou de avançar nas questões urbanísticas da cidade. “Não tenho dúvidas de que a modernidade ficou no passado de Porto Alegre. Qualquer tentativa de modernização é entendida como afronta, mas ninguém explica a razão. Aqui, nada pode”, afirmou ao acrescentar que há sempre uma união da esquerda com a direita, coisa que só acontece na política grenalizada para o jogo do atraso. “Nossa arrogância, mais conhecida como Síndrome do Mampituba, não nos deixa aprender com os outros”.

Porto Alegre, a modernidade suspensa
Em 2009, Adeli escreveu um livreto ao qual deu o título provocativo de Porto Alegre, a modernidade suspensa. “Obrigo-me, agora, quatro anos depois, lançar mais um provocativo debate ao afirmar que a modernidade ficou no passado de Porto Alegre. Minhas reflexões e observações me levam a ter a segurança que não foi apenas um processo de suspensão, estagnação ou falha no processo civilizatório da Capital. Estamos tempo demais neste ciclo, o que me autoriza a dizer que ficamos para trás de fato”, opinou.

Adeli também foi instigado a comentar sobre o conjunto habitacional da Vila Santa Terezinha, antiga Vila dos Papeleiros, na entrada da cidade. “Foi um equívoco fazer aquelas casinhas. Deveríamos ter incentivado o uso misto, treinando aquelas pessoas para outras atividades profissionais, construído um grande edifício, dando espaço para uma composição para o projeto do Minha Casa Minha Vida. Isto sim que teria sido ousado”.

O professor Fernando Fuão também criticou o projeto. Segundo ele, a construção desenvolvida em área nobre da cidade deveria ter incentivado uma miscigenação com habitações variadas, que mesclariam classes sociais. “A Arena é outro exemplo disso”, acrescentou.

Assim como a Vila Santa Terezinha, os alunos de projeto II também questionaram a imposição do que está sendo feito na Vila Tronco, com a ampliação da via, e nas demais obras da cidade. Segundo eles, há falta de diálogo com a sociedade. “A Avenida Tronco só pode ter sido projeta para outra época. Por que não propuseram ali uma Rambla, com comércio e canteiro na parte central da via?”, provocou Fuão. As chamadas Ramblas, como propôs Fuão, possuem uma espécie de calçadão no centro, onde pedestres podem caminhar. É margeada por ruas por onde carros passam. Possui várias lojas, cafés, restaurantes, floriculturas e performances de vários tipos (mímicos, atores, músicos etc.).

Para Adeli uma coisa destoa de tudo o que ele falou: a recente inauguração do aeromóvel pela Trensurb. “Quem sabe não seja este um símbolo de um novo ciclo? Ciclo virtuoso da volta de modernidade em Porto Alegre”, vislumbrou.

Por Tatiana Feldens

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Donos e funcionários de postos de combustíveis de Porto Alegre cobram mais segurança

Fonte: G1

Com uma média de quase um assalto por dia, donos e funcionários de postos de combustíveis de Porto Alegre se reuniram com autoridades nesta segunda-feira (19) para exigir mais segurança. De janeiro a julho deste ano, foram registrados 216 assaltos a esses estabelecimentos na capital.

O assunto foi discutido nesta tarde no Palácio Piratini, em uma reunião entre representantes dos sindicatos dos trabalhadores e dos proprietários de postos de combustíveis com os secretários de Segurança Pública, Airton Michels, e da Casa Civil, Carlos Pestana.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do estado (Sindipetro), Adão Oliveira, os assaltos a postos de combustíveis aumentaram 200% de 2012 para 2013. “Tem que reforçar e mudar o sistema de segurança. É polícia na rua. Onde tiver polícia afugenta os vagabundos”, defende o presidente do Sindipetro.

A cobrança também é feito pelo Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Derivados de Petróleo (Sitramico-RS). “Queremos, exigimos uma segurança de qualidade ostensiva e permanente, porque prestamos serviços para as maiores empresas do mundo e, no entanto, tantos os revendedores quanto os que os trabalham nas revendas de combustíveis estão sendo negligenciados”, afirma o presidente, Ângelo Martins.

Segundo Airton Michels, as ocorrências reduziram nos últimos três meses por causa da contratação de mais 530 policiais militares para Porto Alegre. Mas ele admite que o problema ainda está longe de ter uma solução. “É uma tarefa que vai depender de vários fatores”, declarou Michels.

O secretário descartou a utilização de rondas ostensivas exclusivamente para os postos, mas sugeriu a utilização de câmeras de monitoramento para reduzir o número de assaltos. “Uma das hipóteses que se fala é colocar câmeras de monitoramento diretamente ligadas ao nosso sistema, ao Ciosp (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública), mas isso vai depender também de um envolvimento de capital privado”, salientou Michels.

‘Não é preciso cargos para militar’, diz Olívio

Fonte: Jornal do Comércio 

Ex-governador do Estado apoia decisão do deputado Raul Pont de repensar sua atividade política

A decisão do deputado estadual Raul Pont (PT) de não concorrer mais a uma cadeira no Parlamento em função das falhas no sistema político repercutiram internamente no PT. O desencanto de Pont, motivado ainda pela dificuldade de produzir mudanças na própria legenda, se soma ao de outros petistas com grande representatividade, que, nos últimos anos, deixaram de concorrer a cargos eletivos para atuar na vida partidária, como o presidente de honra do PT estadual, Olívio Dutra (PT).

O dirigente apoia a decisão de Pont e aponta que não se disponibiliza a concorrer nas eleições pelos mesmos motivos que o correligionário: os problemas no sistema político. “Vejo nessa posição dele, que ele vem demonstrando há algum tempo, uma posição política séria, com o histórico dele de respeito à coisa pública e da construção de uma sociedade socialista e profundamente democrática. Ele defende conscientemente a transformação da política”, analisa.

Olívio destaca que há dificuldades de produzir mudanças na sociedade por meio de cargo eletivo “sem uma reforma política efetiva”. O ex-governador critica a maneira como o tema está sendo conduzido. “Essa reforma política não vai ser feita com uma composição política como a que temos. A disputa política vai estar sempre balizada pelo poder econômico, esperteza, maleabilidade das propostas, diminuição dos contornos ideológicos. E uma política nessa estrutura é uma enganação”, alerta.

Olívio, que não concorre desde 1998, quando se elegeu governador, afirma que “não se precisa ter cargos ou mandatos para ser militante”. O ex-governador salienta que Pont “dá exemplo” com a decisão de militar sem mandato. “Fazemos política no cotidiano das nossas vidas. E ele é um grande militante. Essa postura dele é provocativa, instigante e necessária para a construção do bem comum”, analisa Olívio, que rechaça quem “faz política só em períodos eleitorais”.

Olívio ainda salienta que deseja “dividir” o papel de presidente de honra do PT gaúcho com Pont. “Ele vai deixar de ser presidente político e não vai mais concorrer. Mas é figura muito importante na construção de uma proposta política de um partido como o PT, que não surgiu de cima para baixo e nem dos gabinetes dos Legislativos ou Executivos para transformar a própria política para ser a construção do bem comum com o protagonismo das pessoas, e não um toma lá da cá e essas coisas de empreguismo e pragmatismo”, aponta.

Outra liderança que está afastada da vida pública é Flávio Koutzii. Eleito pelo PT vereador de Porto Alegre em 1988, Koutzii obteve vaga na Assembleia Legislativa em 1990 e se destacou na articulação petista no Parlamento, sendo reeleito deputado estadual em 1994, 1998 e 2002. No primeiro ano do governo Tarso Genro (PT), deixou o cargo de secretário na Assessoria Superior, em que exercia papel de aconselhamento ao governador, alegando problemas pessoais.

O presidente do PT de Porto Alegre – principal reduto eleitoral de Pont –, Adeli Sell, lamenta a baixa na lista de candidatos petistas da Capital para as próximas eleições. Entretanto, vê com otimismo a militância sem cargos de lideranças populares da legenda. “É necessário renovar. E não significa que os mesmos não podem concorrer. Mas um momento fora do Parlamento pode ser positivo. Alguns comportamentos nos viciam”, reflete. “Se voltasse, faria muitas coisas diferentes e melhor.” Diferentemente de Pont e de Olívio, o presidente municipal do PT almeja voltar à Câmara Municipal e mantém o sonho de disputar a prefeitura de Porto Alegre.

Em cargo de assessoria no Gabinete dos Prefeitos, no âmbito do governo estadual, Adeli sente falta das atividades formais de um representante da população, mas ressalta sua contribuição como militante. “Estou afastado, mas não deixo de fazer política. Política também se faz no cotidiano, pensando a cidade e a sociedade. E isso eu estou fazendo.” O dirigente, que pretende deixar a presidência municipal do PT da Capital em novembro, sustenta ainda que Pont faz um “gesto nobre” ao renunciar à disputa pela reeleição.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A terceirização que não escraviza

Fui provocado pelo artigo ‘A terceirização que escraviza’, publicado neste domingo (18.06) pelo jornal O SUL. Assinado pela Dra. Andréa Saint Pastous Nocchi, juíza do Trabalho da 4ª Região, o texto trata dos tristes episódios ocorridos especialmente com jovens trabalhadores bolivianos, que viviam em condições de encortiçamento em São Paulo, quarteirizados para trabalhar a serviço de grandes marcas. 

Não tenho formação jurídica, acadêmica, mas tenho experiência de 16 anos de legislador, bem como de gestor público que aplicou de forma ousada normas, como no caso do combate à pirataria em Porto Alegre, que serviram de referência a muitos outros municípios de nosso estado e a alguns do Brasil.

Acompanho com atenção o assunto da terceirização de mão de obra. Até porque se faz uma tremenda confusão sobre o tema. A terceirização dentro das normas jurídicas vigentes é uma necessidade. Trata-se de um fenômeno mundial nas sociedades capitalistas. Pesquisas recentes feitas na Europa indicam que mais de 50% das companhias tem desejo de aumentar o nível de terceirização que estão praticando.

Imaginem, por exemplo, uma obra pública sem terceirização. Seria o paraíso do faz de conta de um serviço público que sabemos muitas vezes ineficiente.  Atividades que não sejam típicas de Estado, que não sejam atividades-fim podem sim ser legal e eticamente terceirizadas. 

Neste momento, por sinal, há um grande debate nacional sobre o tema. A polêmica sobre a regulamentação da terceirização, que há 15 anos opõe representantes dos trabalhadores e dos empresários no Congresso Nacional, promete voltar ao centro do debate político nos próximos dias. O Projeto de Lei 4330, de 2004, que regulamenta a prática da terceirização no país, pode sim propiciar um atendimento de ponta, com alta produtividade e inteligência na distribuição das tarefas.

A cobrança pela correta aplicação da legislação deve ser sobre o Congresso Nacional. Cabe ao Judiciário cumprir com sua missão de fiscalizar o cumprimento da Lei. E me parece que este foi o objetivo da juíza em questão. Mas o título é genérico demais e pode causar problemas para quem terceiriza dentro da Lei.

É claro que a afirmação do título não é taxativa, mas como no corpo do texto não remete às normas legais, ao que existe de correto, nem no mundo real do trabalho nem no campo jurídico, sou obrigado a dizer que aqui no Rio Grande do Sul existe muito serviço terceirizado, inclusive no órgão onde atua a Dra. Andréa Nocchi, sem remeter ao horror narrado. Compreendo perfeitamente a sua indignação. Quem tem visto e lido sobre o que acontece em alguns segmentos só pode se revoltar.

Assim como os trabalhos infantil e escravo, o bulling e o assédio não podem ser tolerados. Com uma análise rápida sobre os atuais postos de trabalho, terceirizados ou não, veremos que ainda falta dignidade e condições adequadas.

Tratei muito do tema, incluindo as questões de ISS deste segmento, aqui em Porto Alegre. Por isso não posso concordar com ataques à terceirização pura e simples. Há dias puxei este debate no meu partido, quando vi e ouvi dirigentes históricos da CUT afirmarem que não são contra ao PL por princípio, pelo contrário, admitem esta forma de contratação, desde que obedecidas as normas legais. Ouvi, também, o setor empresarial, sendo unânime a condenação da atividade ao arrepio da Lei e de forma desumana, como os citados pela Dra. Andréa.

Ainda que a terceirização tenha assumido dimensões significativas, sendo utilizada como um dos principais instrumentos para a precarização das relações de trabalho, a presença do tema no debate nacional é essencial. Os efeitos negativos que a questão exerce sobre as condições de trabalho precisam provocar a nossa reflexão e consequente discussão. Por isso, agradeço a provocação desta douta juíza, pois nos faz refletir sobre nossas vidas.

Grandes eventos alteram sensivelmente os indicadores de ocupação e rentabilidade de um destino turistico

Um bom exemplo dessa afirmação é o CONESCAP - Convenção Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisa - que será realizado na próxima semana - de 20 a 24 de agosto - em Gramado.

Na programação, palestra do autor do livro “O monge e o Executivo”, James Hunter, o ex-ministro da economia Maílson da Nóbrega, a expert em comunicação Mara Behlau, o médico cardiologista Fernando Lucchese.

Na programação social, show com Almir Sater, o espetáculo de natal Korvatunturi, a Orquestra de Teutônia, Neto Fagundes, Quarteto Descobertas e "Cirque Brasilien" Tholl.

O evento preenche quase toda a cidade e vizinhanças, com congressistas em mais de metade dos hotéis da região. Como curiosidade: hoteis com valor de diária mais alto, lotaram primeiro.

domingo, 18 de agosto de 2013

Internet representa um novo patamar comunicacional para a humanidade, afirma Ilton Freitas em Almoço Temático

Ilton Freitas é cientista político da UFRGS
Mais uma edição dos almoços temáticos foi realizada nesta última sexta-feira. Desta vez para discutir a suposta crise de representação e o futuro dos partidos políticos.  Ilton Freitas, cientista político, pesquisador associado do CEGOV/UFRGS, admite que a representação política tem sido objeto de controvérsia no país. Por outro lado, acredita que há concordância sobre o fato de que não existe representação quando os governantes não são periodicamente eleitos.

Para entender esta provável crise de representação, Ilton Freitas citou Otto Kirchheimer, estudioso que em 1966 publicou um trabalho afirmando que os partidos de massa eram uma etapa em direção aos partidos eleitorais modernos. Isso, segundo ele, não pressupunha o desligamento dos partidos com a antiga base social, mas que eles se abriam para um público mais amplo, buscando outros grupos sociais.

“Aspectos importantes dessa transformação asseguram uma acentuada desideologização, o que diminui o peso político da militância, garante uma maior abertura junto a grupos de interesse com ligações mais fracas com a organização partidária; fortalece o poder organizativo dos dirigentes; enfraquece a relação partido/eleitorado, fazendo com que os partidos deixem de ser parte da sociedade para tornarem-se parte do Estado”, elencou Freitas.

As causas da afirmação dos partidos eleitorais profissionais são diversas. Freitas citou duas: as transformações no mundo do trabalho e suas repercussões nos sistemas de estratificação social e a transformação estrutural da esfera pública, com a televisão redesenhando a organização partidária e acentuando o peso dos parlamentares em detrimento dos dirigentes e militantes, apontou ele ao assegurar que a crise dos partidos não consiste na crise das suas funções.

“A crise consiste num projeto de marginação, pois o partido profissional-eleitoral deve lidar com identidades coletivas instáveis. Este vazio de identidade coletiva produz dois efeitos: apatia política e a incapacidade autônoma de seleção das elites”.

Freitas também acredita que a sociedade não está passando por uma crise de representação propriamente dita. O que está havendo é a soma de elementos novos ao atual modelo. Segundo ele, o formato de governo representativo que hoje está nascendo se caracteriza pela presença de um novo protagonista, o eleitor flutuante, e pela existência de um novo fórum, os meios de comunicação de massa.

“Quando se reconhece a existência de uma diferença fundamental entre governo representativo e autogoverno do povo, o fenômeno atual deixa de ser visto como sinalizador de uma crise de representação e passa a ser interpretado como um deslocamento e um rearranjo da mesma combinação de elementos que sempre esteve presente desde o final do século XVIII”.

Internet
Objeto de seu estudo acadêmico, a internet, segundo Freitas, representa um novo patamar comunicacional para a humanidade. E nesse sentido ter acesso à rede deve ser compreendido como um novo direito social. “Num certo modo a internet representa a possibilidade de renovação da esfera pública, posto que a opinião pública contemporânea foi colonizada pelas empresas midiáticas de massas, sobretudo a televisão. Contudo, a web 2.0 e suas redes sociais a destarte de permitirem uma maior circulação das informações vem se demonstrando muito menos como um ambiente de conversação cívica, e muito mais como um veículo de mobilização coletiva”.

O também cientista político Rodrigo Campos comparou o eleitor da atualidade com o consumidor e criticou a mídia, que segundo ele, media de forma parcial essa relação do eleitor com o sistema político. “Boa parte da indústria cultural usa a mesma adjetivação. O refrão de caracterizações de personagens da política se repete. Mudado a orientação ideológica, mudam os adjetivos políticos”, sinalizou.

Campos recordou a eleição de 2006, quando a blogosfera cumpriu um papel importante na campanha à reeleição do ex-presidente Lula. “Hoje, a produção de conteúdos de uma forma autônoma deve ser utilizada para contrapor a informação imposta pela grande mídia”, opinou.

O próximo almoço temático será realizado no dia 30 de agosto com Claudia Antonini. Na pauta, política internacional. As adesões podem ser feitas pelo telefone 3211 4888.

Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Expoagas 2013 deve movimentar mais de R$ 300 milhões



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Jornal canadense diz que Canadá deve seguir exemplos da economia brasileira

Fonte: Jornal do Brasil

Artigo publicado nesta sexta (09/08), no jornal canadense Globe & Mail, de Toronto, destaca a visita do ministro Baird a sete países da América Central e do Sul, entre eles o Brasil, para dar continuidade ao "Diálogo de Parceria Estratégica Brasil-Canadá", iniciado no ano passado. Segundo Jennifer Jeffs, autora da publicação, esta é uma indicação tranquilizadora do compromisso do governo Harper na construção e consolidação das relações nas Américas.

O artigo ressalta que o Brasil merece atenção especial, por ser um dos maiores produtores mundiais de alimentos, energia e minerais, bem como o número que representa como produtor de café, cana-de-açúcar e suco de laranja. “Abundantemente rico em recursos naturais, o Brasil tem aproveitado esses dons para uma maior prosperidade. Ele também está engajado globalmente com determinados países e regiões ao longo das últimas duas décadas, como parte de uma estratégia para garantir um crescimento econômico sustentável, tática que o Canadá faria bem em imitar. O Brasil também tem usado os seus recursos naturais e estratégicos ao longo da última década para se transformar em uma potência mundial, a sexta maior economia do mundo, que apresenta como um forte senso de propósito social de poder econômico”, diz a matéria.

A publicação cita o Brasil na década de 90, durante o governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, quando atingiu uma participação ativa na ordem econômica e política global, que foi essencial para a consolidação livre da democracia no confronto contra a desigualdade, segundo o veículo. O texto continua avaliando o desenvolvimento brasileiro, no período do governo Lula, que produziu um impacto social que deu continuidade ao crescimento econômico, retirando cerca de 12 milhões de pessoas da pobreza, iniciativa que teve o apoio de lideranças regional e global.

Segundo Jennifer Jeffs, atualmente o Brasil possui uma das maiores taxas de investimento estrangeiro no mundo, ativo no Fórum Econômico Mundial, em Davos, assim como no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. O processo de crescimento, de acordo com a autora, ganhou força no governo Lula, período em que o país abriu 33 novas embaixadas, 19 consulados e cinco novas missões diplomáticas, consolidando sua presença global. O artigo diz que os recentes protestos no Brasil resultam das expectativas da nova classe média, o que representa “o ritmo acelerado do social, bem como o desenvolvimento econômico”, destaca o texto.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Secretário da SDR Ivar Pavan participa da entrega de suco de uva a entidade da Capital

Secretário Ivar Pavan posa com crianças
beneficiadas com a entrega do suco
“O produto entregue neste ato pode ajudar agricultores, pois as crianças que consomem aqui, podem influenciar os pais, que exigiriam mais qualidade ao adquirir alimentos. Ou seja, esse processo pode ajudar a todos. Famílias urbanas a ter mais saúde e famílias rurais a obterem mais renda.” O pronunciamento é do secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Ivar Pavan, realizado na terça-feira (7), durante a entrega de sucos de uva a uma instituição marista em Porto Alegre. A instituição marista em Porto Alegre vai receber mais de dois mil litros de suco orgânico ao mês e, em cinco meses, serão doados dez mil litros.

A entrega do suco de uva é fruto da compra firmada entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e as Cooperativas Vinícolas do RS (Fecovinho). A compra visa a ajudar no escoamento dos excedentes de produção da área de maior produção de uva do país. Mais de 8 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar, atendidas por 77 entidades assistenciais, localizadas na Região Metropolitana de Porto Alegre, irão receber, até o fim do ano, 35 mil litros por mês de suco de uva integral.

“As pessoas contempladas com essa doação fazem parte do Brasil do futuro. Para que elas possam crescer e se desenvolver bem, precisam viver e levar um modo de vida saudável.  O Governo do Estado está fazendo esta contribuição, pois pensamos que a saúde das pessoas depende daquilo que elas consomem”, afirmou o secretário. Ivar Pavan disse ainda ser ser essencial que os consumidores urbanos experimentem produtos de alta qualidade. “Assim, podemos substituir produtos artificiais por alimentos mais saudáveis. Esses produtos só se expandirão se a sociedade exigir, se os consumidores solicitarem. Se a demanda crescer, mais produtos serão produzidos pelos agricultores familiares. O desafio é de todos nós”, finalizou o secretário.

(Roger da Rosa – jornalista)

Expoagas 2013 no Porto Alegre em Revista desta semana

O Porto Alegre em Revista desta semana irá tratar da Expoagas 2013, a maior feira supermercadista do Cone Sul, que na sua 32ª edição deverá movimentar R$ 330 milhões.

Os entrevistados serão os coordenadores de Comunicação Social,  Francisco Brust, e de Capacitação da AGAS, Angelita Garcia. A Expoagas 2013 será realizada entre 20 e 22 de agosto, no Centro de Eventos da Fiergs.

A AGAS espera um crescimento aproximado de 8% em relação aos negócios ocorridos durante a edição do ano passado.

É nesta quinta-feira, às 22h, com mais seis reprises semanais em horários alternativos.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Movimento sindical não vai resolver suas contradições através das redes sociais, avalia Woyciechowski

Com o objetivo de debater os recentes acontecimentos envolvendo o movimento sindical e o grito das ruas, o ex-presidente da CUT Celso Woyciechowski palestrou nesta sexta-feira (02/08) para um grupo de sindicalistas e militantes petistas. A atividade integrou mais uma edição dos almoços temáticos, promovidos semanalmente pelo PT municipal.

Recordando um texto publicado pelo jornalista Marco Weissheimer sobre os limites das redes sociais e a lição de Rosa Luxemburgo, Woyciechowski criticou a falta de debates sobre a conjuntura na atualidade, o oportunismo político e a proliferação desenfreada de opiniões sobre tudo e todos. “Isso nos leva a ter contradições e uma análise incorreta da situação”, avaliou, ao reforçar a importância do movimento sindical. “É riquíssimo, é extraordinário, inclusive, nas suas contradições e nos seus jogos de interesse”.

Sobre o Dia Nacional de Lutas, realizado no último dia 11 de julho, com manifestações em todo o Brasil, Woyciechowski disse que a iniciativa devolveu às ruas as bandeiras dos movimentos sociais. “Lula, Dilma e Tarso não estão atendendo às expectativas. Os grupos se juntaram porque não avançamos no mundo do trabalho. O fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas, a oposição ao PL 4330 (que amplia a terceirização da mão de obra, precarizando ainda mais as relações e as condições de trabalho) são questões que precisam avançar”, ressaltou.

No dia 13 de agosto, informou, os movimentos irão tomar o Congresso Nacional para evitar a votação do PL 4330. “A terceirização cria duas classes de trabalhadores: uma com direitos e outra sem”, repudiou, ao avaliar que o movimento sindical vive contradições, mas não vai resolvê-las através das redes sociais. “Não se faz construção teórica nas redes sociais, não se debate conjuntura ou elabora conceitos. As redes dialogam com o imediato. Trata-se de um oportunismo político, que junta a extrema direita com a extrema esquerda”, criticou.

Intervenções
Mara Feltes, da Fundação Gaúcha de Economia elogiou a elaboração dos almoços temáticos como espaços de debates dentro do partido e se comprometeu a participar das atividades futuras.

Outro militante a se posicionar foi Jorge Cruz, da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec). Pessimista com os rumos da política acredita que “o PT está desfigurado” e refém do sistema capitalista. “Milhares de pessoas começaram a consumir e gostaram do capitalismo (...) e essas pessoas tem expectativas, por que no momento em que começam a comer, querem e almejam mais. A questão agora é como iremos sair deste patamar de mediadores de conflitos sociais?”, indagou.

O presidente municipal do PT Adeli Sell informou que uma nova rodada de discussões sobre o tema será organizada no início de setembro. “Sabemos que esta questão é crucial para o partido, por isso iremos promover mais debates e rodas de discussões que tenham por objetivo valorizar a memória, o estudo e a perspectiva histórica, elaborando conceitos e acabando com os vazios que ainda existem entre nós”, afirmou.

A próxima atividade irá acontecer no dia 16 de agosto. Na pauta, a crise de identidade dos partidos, com o cientista político Ilton Freitas. Adesões podem ser feitas desde já pelo telefone 3211 4888.

Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Associação dos Proprietários e Inquilinos do Esqueleto da Praça XV procuram Adeli para tratar de revitalização

Lorenzoni, Santos e Adeli conversaram na última
segunda-feira, no café da Praça Otávio Rocha
Sempre atento aos problemas da cidade, Adeli Sell, vereador de Porto Alegre por 16 anos, foi procurado nesta semana por permissionários da Galeria 15 de Novembro para tratar da sua revitalização. Conhecido como ‘esqueleto’ o conjunto abriga comerciantes e moradores, na rua Marechal Floriano quase esquina com a avenida Otávio Rocha, no centro da capital. São mais de 300 unidades inacabadas há 54 anos.

O prédio, conforme o Ministério Público, não tem vedação externa e tratamento para umidade, e as infiltrações estão comprometendo as vigas e deixando a mostra tijolos apodrecidos. “O MP requer a demolição da estrutura, remoção dos escombros e limpeza da área, se constatada a existência de risco iminente de desabamento do prédio”, informa o mandado de intimação entregue ao diretor-presidente da Associação dos Proprietários e Inquilinos das Lojas do Térreo da Galeria XV de Novembro Luís Carlos dos Santos.

Preocupados com a decisão do MP, que conseguiu na Justiça um prazo de 60 dias para que a Galeria apresentasse um laudo de estabilidade estrutural, os permissionários buscam uma solução para o edifício. Santos informa que a entidade está buscando a desocupação dos andares superiores para iniciar a recuperação do prédio, com vistas a realizar a impermeabilização da estrutura, bem como a execução de toda a fachada, incluindo rebocos e colocação de janelas, e o posterior envelopamento do prédio para que seja possível realizar a conclusão interna do edifício.

“As ocupações são de alto risco”, admitiu o inquilino João Lorenzoni, da Cedro Imóveis. “Há luz nos andares superiores graças a um serviço realizado pelos lojistas no andar térreo”, completou.  Desconfiado do perigo que representa aquele prédio de 19 andares inacabado há meio século, Adeli conversou na última sexta-feira com Glênio Bohrer, coordenador do projeto Viva o Centro. Ele garantiu que o prédio não apresenta nenhum problema de segurança estrutural.

O prédio
Atualmente, o térreo é ocupado por pequenos comércios. É a única parte do prédio que tem Habite-se. Os três andares superiores são os únicos habitados, por cerca de 20 famílias, incluindo parte da família Figueiredo, que em 1989 adquiriu grande parte da construção inacabada. Foi quando um Habite-se parcial permitiu a instalação de serviços como água, luz e telefone. Do quarto ao oitavo andares, faltam portas, janelas e piso. A partir do nono, há apenas paredes.

Porto Alegre integra Conferência Microrregional de Meio Ambiente

A Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam), do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam), participa nos dias 9 e 10 da Conferência Microrregional de Meio Ambiente da Região da Bacia do Gravataí, que tem como tema “Resíduos Sólidos”. No encontro, serão eleitos 10 delegados locais para a Conferência Estadual do Meio Ambiente, que ocorre em 31 de agosto e 1 de setembro.

Conforme o secretário de Meio Ambiente, Cláudio Dilda, a ideia é que Porto Alegre volte a se integrar ao debate estadual, preparatório para a Conferência Nacional, que ocorre entre 24 e 27 de outubro, em Brasília. “Somos parte de um todo e as ações locais têm impacto global. Por isso, não podemos tratar Porto Alegre como se fosse uma ilha. Somos integrantes de um mesmo ambiente e podemos pensar juntos em soluções sustentáveis”, destacou.

O encontro, que ocorrerá nos galpões de triagem da Coleta Seletiva junto à área do Aterro Sanitário Santa Tecla, na Estrada Henrique Closs, 3637, abrangerá os municípios de Porto Alegre, Santo Antônio da Patrulha, Glorinha, Cachoeirinha, Gravataí e Sapucaia. A conferência terá os seguintes eixos de discussão: Produção e Consumo Sustentável; Redução dos Impactos Ambientais; Geração de Emprego, Trabalho e Renda; e Educação Ambiental.  

Prefeitura não pode atrasar mais a reabertura do Mercado‏

Todos os meios possíveis e legais devem orientar a administração municipal para que o Mercado Público Central, que está fechado desde o dia 6 de julho, quando um incêndio consumiu 10% de sua estrutura, seja reaberto o quanto antes. Ainda mais que a própria Prefeitura garantiu a reabertura do local até o primeiro dia de agosto.

Em nosso Porto Alegre em Revista da última semana http://www.youtube.com/watch?v=7o7eKORunHA as falas foram claras: VAI REABRIR. No entanto, as últimas declarações têm deixado muitos permissionários aflitos, pois podem perder as boas vendas do dia dos Pais, que está próximo.

A população também começa a manifestar a mesma preocupação pelas redes sociais. Por isso, eu faço um apelo ao Prefeito José Fortunati, ao vice-prefeito Sebastião Melo e suas equipes diretivas para que resolvam de vez a questão, reabrindo logo o mercado, claro que com segurança.