Ao analisar o Estado, Samuel resgatou a política do presidente Lula que definiu a América do Sul como a sua primeira prioridade na política econômica externa. Ele teria dado como justificativa o fato de que o Brasil não poderia ser um país desenvolvido, próspero e democrático se estivesse rodeado por países com problemas sociais. "Existe uma extraordinária assimetria entre o Brasil e seus países vizinhos. É nesta perspectiva que devemos ver e tentar compreender o crescimento do Rio Grande do Sul", disse ele.
O ministro também falou da idéia de formar um grande mercado, já que, segundo ele, uma das características da América do Sul é a fragmentação. "Os Estados mais próximos dos países vizinhos tem uma posição mais relevante. É o caso do Rio Grande do Sul: tem fronteiras com a Argentina e o Uruguai. Por isso o RS tem um papel muito importante neste processo e nesta política. Um governo que procure explorar todos os termos de cooperação nestes países pode, através de políticas focadas, estabelecer laços de cooperação nas áreas científica, econômica, comercial, tecnológica e de turismo", sustentou.
Ele frisou, ainda, a necessidade da construção de um governo estadual que tenha a noção da importância do Mercosul e do próprio Rio Grande na política do País. E finalizou com uma avaliação bastante positiva do atual governo. "Nós temos diante de nós um Brasil que tem uma posição de destaque no cenário internacional, contrariando algumas opiniões de que um país não pode deixar de ser colônia. O Brasil está provando que isto pode sim ser possível".
Novo patamar
Tarso Genro falou da vontade de construir um programa de governo de baixo para cima. "Tenho a idéia de governar o Rio Grande do Sul através de um bloco social e político novo, capaz de redirecionar o RS para um novo patamar", disse ele.
Na avaliação do ex-ministro, o Estado tem sido utilizado como território de compensação. Ele ressaltou a necessidade de afastar o Estado deste modelo agroexportador tardio e fazer com que os países vizinhos cresçam no mesmo patamar para que a região inteira se desenvolva. "Temos que desenvolver uma política externa que provoque uma integração regional cada vez mais forte. Que permita um desenvolvimento subregional", avaliou, acrescentando que o Rio Grande do Sul tem um dever dentro do Mercosul: criar um processo de intercâmbio científico cultural chave para a política externa do Brasil.É hora de ouvir a sociedade
Esta atividade faz parte de uma série de agendas que o PT-RS implantou para discutir o Programa de Governo. Há, além das Quintas Temáticas, desde os seminários “Diálogos com o Rio Grande”, realizados em novembro de 2009, promovidos pela Fundação Perseu Abramo, passando pelas Caravanas do PT, programadas para os meses de março, abril, maio e junho, pela participação virtual, das setoriais e plenárias livres.
Por Tatiana Feldens - Asscom PT-POA
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