Por Adeli Sell - vereador e presidente do PT-POA
Os governantes, desgraçadamente, não pensam e nem agem como um setor destacado e diferenciado da sociedade. Seguem o rumo fácil das coisas. Governantes devem ser os que se destacam. Precisam ter ousadia e atitude para mudar o caminho natural do atraso.
E em se tratando de Turismo, as coisas são ainda piores. Há quase que uma ausência de inovação neste segmento e quando se “inova” é para o rumo errado. Nossos gestores geralmente seguem o senso comum do povo: optam por destinos como Miami e Orlando ou países do velho Mundo. Estão em feiras nos Estados Unidos e na Europa, com estandes e espaços caros, e deixam de frequentar feiras no Continente Sul Americano.
Chegou a hora de mudar o foco. Temos que redirecionar nossas forças para os países do Mercosul em primeiro lugar, indo ao encontro dos potenciais turistas, trazendo-os a visitar nosso Rio Grande do Sul.
Mas temos que ficar atentos, por que se não criarmos as condições para recebe-los teremos uma contracampanha na volta dos turistas a seus países. Temos que ter roteiros articulados com os outros Estados do Sul.
Como não aproveitar o potencial do Salto do Yacumã se já foi provado pelas Cataratas do Iguaçu que a natureza é um grande atrativo? Como não aproveitar o potencial da área vinícola da Serra? Mesmo que os nossos vizinhos também sejam produtores de vinho, a nossa gastronomia pode ser o diferencial de atração.
Neste momento em que conquistamos o vôo direto da TAP, teríamos mais condições de vôos diretos com as cidades do Mercosul.
E Porto Alegre? Aqui temos uma diversidade de coisas boas para se ver, curtir e fazer, mas não sabemos “nos vender”. Não podemos aceitar o rótulo de que Porto Alegre é apenas uma cidade de “passagem”. Aqui temos cultura, gastronomia, área rural, passeios pelo Centro Histórico, pelo Guaíba, mas infelizmente tudo isto sem qualquer conexão. Como vamos atrair?
É preciso ter outra visão. Uma visão moderna e avançada. E moderna e avançada pode ser cuidar de coisas simples, banais e/ou cuidar do que está bem próximo de nós. Por esta razão, proponho uma visão continental do turismo, para garantir um turismo real que inclua e não exclua.
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