Adeli Sell, a senadora Ana Amélia Lemos e a presidente da Câmara, Sofia Cavedon |
Simon demonstrou descrença sobre o sucesso da reforma. "Não acredito em grandes reformas feitas no Congresso se não houver pressão popular. Desde a Constituinte, reforma para valer só ocorreu quando o povo apareceu, como no impeachment e agora no Ficha Limpa, que foi um milagre" disse Simon.
Ana Amélia, Adeli Sell e Veridiana Tonini, primeira suplente do senador Paulo Paim |
Ao avaliar as propostas aprovadas na comissão encarregada de elaborar a proposta de reforma política, Simon considerou positiva a manutenção do voto obrigatório, o financiamento público de campanha e a ampliação da participação feminina na política. "O financiamento iguala os candidatos e facilita a fiscalização das campanhas."
Para Simon, a humanidade perdeu muito tempo limitando a atuação das mulheres em todos os segmentos da sociedade. "A ampliação de 30% para 50% nas vagas para candidatas é positiva para o país." O senador é contra o voto em lista fechada. "O voto em lista, no Nordeste por exemplo, vai ter como candidatos o pai, a mãe, os filhos e avós."
Ana Amélia concentrou seu discurso na participação das mulheres na política. Considera positivo o aumento de 30% para 50% nas vagas para candidatas nas eleições previsto na reforma. A senadora, no entanto, é contra o voto em lista fechada com quota para mulheres (alternando um candidato e uma candidata na lista). "Lista fechada é um tema polêmico e explosivo, engessa a eleição. E isso não é democrático."
Para Ana Amélia, ações afirmativas, como as promovidas pela presidente Dilma Rousseff ao nomear mulheres para postos-chave no governo, são mais eficazes para conscientizar sobre a importância da participação feminina na política. "Nas últimas eleições, apenas 17% dos partidos respeitaram a quota atual de 30% de mulheres candidatas", observou a senadora.
A audiência contou com a presença dos vereadores Sofia Cavedon (PT, presidente da Câmara), Sebastião Melo (PMDB), Adeli Sell (PT), Elói Guimarães (PTB), Reginaldo Pujol (DEM), Waldir Canal (PRB), Aldacir Oliboni (PT), João Dib (PP) e Fernanda Melchionna (PSOL).
Asscom CMPA
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