segunda-feira, 27 de junho de 2011

Artigo - Não é bom olhar só para a frente

Autor: Inácio Knapp
e-mail:
inacio@polors.com.br


Não se trata de só olhar para a frente ou unicamente abarrotar a carteira. Além de olhar para a frente, mais do que nunca é necessário olhar para todos os lados. Isso vale para praticamente tudo: desde o comportamento de uma pessoa, uma carreira, como para um planejamento estratégico de uma cidade ou até mesmo de um país.

Nada é sem outra coisa. Ninguém é sozinho. Não dá para traçar um rumo e só enxergar aquele foco diante dos olhos e esquecer tudo o mais. Dá até para alcançar o objetivo sonhado mas o custo certamente será muito alto. É fundamental prestar atenção também aos que estão ao lado, aos que vivem perto, aos amigos e colegas. Olhar também para o passado facilita o entendimento, ajuda a perceber o que deve ter mais atenção, o que deve prosseguir.

O mesmo vale para uma empresa, que tem que olhar o seu entorno, se preocupar com ele, crescer com ele. Lembro, há muitos anos, de uma visita que fiz a uma grande fábrica em Porto Alegre. Saltava aos olhos de qualquer visitante a miséria ao lado da próspera companhia. Felizmente, a direção acordou a tempo e muito mudou desde então.

Hoje, uma companhia, seja de que setor for, além de ter lucro, é óbvio, deve saber sobre tudo que tem relação com o seu serviço/produto: a qualidade dos seus fornecedores, a gestão dos impostos que paga, os seus clientes, seus vizinhos, o impacto que causa, o que acontece ao seu redor.

Com uma cidade, um país, essa preocupação deve se transformar em uma obsessão para os gestores públicos, para quem está no governo. Definir um curso ético, um rumo claramente moral, com normas rígidas, olhando para a frente mas com os pés em terreno firme, chumbados em educação, saúde, justiça e tantas outras coisas mais. Punir políticos corruptos, por exemplo.

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