quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Um retrofit para o Edifício Guaspari


fonte: blog porto imagem 


Recebemos uns dias atrás um trabalho de conclusão de curso de Arquitetura da UFRGS, da formanda Alessandra Paim.

Desenvolvido sob orientação do Prof.  Luis Carlos Machi, ela idealiza um interessante retrofit de um dos mais prejudicados prédios do nosso centro histórico, justamente por estar coberto por uma “armadura” de metal sujo, oxidado, feio, horroroso, há muitos e muitos anos, impedindo de se ver sua arquitetura art-déco. Isso é lamentável!
Bom, aqui vocês vão ter uma ideia do trabalho da Alessandra, que explica muito bem, com exclusividade para o Blog Porto Imagem, o que ela propõe para este importante patrimônio da nossa cidade.
polo-guaspari-moda-alessandra-paim

EDIFÍCIO GUASPARI – RETROFIT

POR ALESSANDRA PAIM

O quê?

RETROFIT EDIFÍCIO GUASPARI /PÓLO GUASPARI DE MODA

Por quê?

guaspari-antigo-02Visando colaborar com o processo de revitalização do Centro Histórico e com a requalificação de espaços existentes subutilizados, o presente trabalho de conclusão de curso visa a reutilização do Edífico Guaspari, de 1936, projetado pelo arquiteto Fernando Corona para a sede das Lojas Guaspari - tradicional loja de alfaiataria, marco na indústria têxtil de Porto Alegre, ícone da Moda e da Alta costura em seu tempo de vigência, que durou até 1988. O edifício está listado no Inventário do Patrimônio Cultural desde 2008.
A proposta é devolver ao edifício Guaspari o uso e o caráter original através da reinterpretação das suas atividades como casa de criadores, espaço para desenvolvimento, confecção, comércio atacado e de varejo, tornando-o novamente um pólo de criação, um pólo de moda, o PÓLO GUASPARI DE MODA.
Hoje, a moda brasileira consagra-se como um grande negócio, reconhecido internacionalmente. No Brasil, o setor é considerado pelo Ministério da Cultura como uma expressão da diversidade cultural do país e detentora de grande potencial econômico.
Pessoas de diferentes níveis sociais, culturais e econômicos se interessam pelas mesmas tendências e lançamentos regidos pelo mundo da moda.

O QUE SIGNIFICA O TERMO RETROFIT?

Designa o processo de modernização de um equipamento já considerado ultrapassado mantendo as características intrínsecas do bem retrofitado.
Revitalizar e atualizar as construções para aumentar a vida útil do imóvel, através da incorporação de modernas tecnologias e de materiais inovadores acarretando no Renascimento da edificação .

SOBRE O EDIFÍCIO GUASPARI

guaspari-antigo-03Projetado por Fernando Corona em 1936;
Influências arquitetônicas do expressionismo alemão, art déco tardio, engenharia naval; época da industrialização das grandes cidades;
Busca traduzir arquitetonicamente as leis do movimento, como se flutuassem no mar do fluxo das pessoas e carros ;
Contraponto volumétrico do térreo envidraçado com a massa superior;
Forte ar de modernidade – transparência do térreo permite antever a planta livre , estrutura independente da fachada;
Continuidade das esquadrias , esquinas arredondadas;
Fluidez através das esquinas arredondadas;
Ausência de decoração;
Analogia náutica da máquina como símbolo da nova arquitetura.
guaspari-antigo-04Centro Histórico de Porto Alegre – Década de 50/60

Referências de retrofit:

referencia-retrofit-01
referencia-retrofit-02

MARCO NA ARQUITETURA MODERNA DE PORTO ALEGRE

O PROJETO:

a partir de uma planta original de 1936,
guaspari-planta-original-1936
onde posteriormente foram feitos 2 anexos sem importância histórica
guaspari-planta-1948-1958
Tomou-se a seguinte diretriz de projeto: manter o volume histórico respeitando a arquitetura pré-existente, contrapondo-o com a parte nova da edificação, que assume uma linguagem moderna que fica evidenciada pela diferenciação dos volumes através de um recúo envidraçado que separa o novo do antigo. A fim de aumentar a circulação interna e de criar espaços de convívio e de contato com a paisagem do centro, são criadas passarelas envidraçadas externas na parte nova da edificação.
Como coroamento do conjunto, uma grande pérgola traz unidade ao novo e ao antigo amarrando-os os entre si e marcando o retrofit da edificação.

teoria utilizada:

“Restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é re-estabelecê-lo num estado completo que pode não ter existido nunca” Viollet Le-Duc

Volume original:

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Negativo envidraçado:

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Volume posterior:

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Passarelas envidraçadas:

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Adição de um pavimento:

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Pérgola marcando a intervenção:

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RESULTADO FINAL:
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Na cobertura situa-se um restaurante com vista panorâmica, terraços e um memorial do edificio narrando a sua trajetória ao longo dos anos
retrofit-guaspari-por-alessandra-paim (6)
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No interior da edificação, é criado um vazio central, com elevadores panorâmicos, que permite um contato dos usuários em seu interior, bem como exterior, através de um rasgo na fachada central
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retrofit-guaspari-por-alessandra-paim (5)

O programa/ distribuição de usos e de fluxos

programa-distribuicao
Atualizar não só a forma, mas também a função original do edifício
Incubadora de moda
Edificação histórica conhecida como ferramenta para transformar marcas desconhecidas em ícones de estilo

MAIS IMAGENS:

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Alessandra Paim – formanda em arquitetura

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Campereando um jornal num domingo no centro

Salve São Jorge, a banca de jornal da família Santos, no Glênio Peres, é a única que abre aos domingos e feriados no Centro Histórico. A ex-famosa Vera Cruz, ali na Praça da Alfândega, com seu design ultrapassado, já fechou as portas. Ali, no passado se achavam todos os jornais. Tinha lista de fregueses, compradores fiéis. Hoje ostenta um cartazete oferecendo café.

É claro que se eu quiser apenas um dos nossos jornais locais posso adquiri-lo com uma vendedora simpática nas imediações da Borges de Medeiros com a Riachuelo. Agora se meu desejo for por uma segunda opção, tenho que me deslocar ao Zaffari, da Marechal Floriano.

Nada contra Banca de Jornal vender outros produtos em meio às publicações, mas lamento quando o foco do comércio deixou ser os periódicos e semanários. Sem falar do design ultrapassado e inacessível de algumas bancas. O pior caso é o da Praça da Alfândega. É hora de repensar este item importante de nosso mobiliário urbano.

Feitas estas anotações, volto a refletir sobre o que levaria apenas uma banca de jornal abrir nos domingos e feriados no Centro Histórico. Será que não se lê mais? Aumentou tanto assim o índice de assinantes, dando acesso fácil e comodidade na porta da casa? Ou será que a rapidez e a comodidade que o consumidor possui em ter acesso às informações através da Internet tem provocado essa diminuição sensível no mercado das bancas de jornais?

E o que fazer se alguém lhe fala que a Revista Voto publicou uma entrevista do seu deputado e você que garantir um exemplar para ler a matéria no final de semana, morando no Centro? Ou como ler o artigo de economia da Amanhã para falar no dia seguinte na palestra sobre os problemas do desenvolvimento do Rio Grande do Sul? Não tem assinatura dela, não tem banca aberta.

Será que se outras bancas abrissem, expusessem jornais como se fazia no passado, não haveria mais leitura? Sinceramente, acho que sim. É mais ou menos como o tema do ônibus. Se tiver horários e for de boa qualidade, pego o coletivo e largo o carro.

Enquanto isso, vamos valorizar quem preza o leitor. A Banca São Jorge tem mais de meio século, sempre conduzida pela família Santos. A dona Geraci, os filhos José e a simpática Nara estão ali para servir. São jornaleiros da gema, vendem periódicos. Vendem muitas publicações. Tem até telefone disponível: 32120803.

Por Adeli Sell

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

PT-POA irá retomar setorial de Meio Ambiente

O Presidente do Partido dos Trabalhadores de Porto Alegre Adeli Sell informou nesta segunda-feira (25) que o partido irá retomar as reuniões da Setorial Municipal de Meio Ambiente. O encontro ficou marcado para o próximo dia 13 de março, quarta-feira, às 19 horas, na sede municipal, e buscará nortear a promoção de uma política ambiental integrada para o desenvolvimento sustentável da cidade.

“Temos um passivo de debates sobre o tema ambiental em Porto Alegre, ficando normalmente restrito a um debate precário dos vereadores na bancada e nossos militantes agindo aleatoriamente diante de cada fato que surge. É chegada a hora do Partido agir em uníssono com sua militância", sustenta Adeli.

Entre os objetivos da setorial, Adeli cita a missão de orientar a população sobre a promoção da geração de emprego, crescimento econômico e melhora na qualidade de vida dos que moram na cidade, com critérios de sustentabilidade econômica, social, política, ambiental e ética.

Asscom PT-POA

Tese de Daisson Portanova sobre revisão das aposentadorias é aprovada pelo STF

Decisão sobre “melhor benefício” tomada ontem pelo STF envolve um universo de 3 milhões de trabalhadores no País

Em sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada na última quinta-feira a maioria dos ministros votou favorável a que os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) elejam o benefício mais vantajoso, considerando as diversas datas em que o direito poderia ter sido exercido. Com a decisão, aposentados que escolheram continuar trabalhando mesmo já tendo alcançado o tempo de contribuição e tiveram os rendimentos reduzidos poderão ingressar na Justiça para revisar o valor.

O “melhor benefício” é válido para os aposentados com direitos adquiridos por uma lei datada de 1991 - que garante que a Previdência é obrigada a calcular a melhor renda. Apesar da proximidade das teses, o Recurso Extraordinário (RE) 630501, aprovado ontem, não se trata da chamada desaposentadoria, ainda não julgada, e que ocorre quando o aposentado segue trabalhando e contribuindo para o INSS. Ou seja, a primeira possui efeito retroativo, enquanto a segunda envolve o caráter das contribuições futuras.

A diferenciação que, inicialmente, não havia na avaliação de alguns representantes sindicais, ficou clara durante a manifestação do ministro Teori Zavascki. “Ele (Zavascki ) fez questão de separar as coisas. No entanto, a desaposentadoria também é uma revisão de benefícios, só que prevê a incorporação das parcelas agregadas após o ato consumado - a aposentadoria propriamente dita. Na verdade, a questão  da desaposentadoria permanece pendente. Agora vamos aguardar a publicação para continuar a batalha, mas a repercussão geral deste fato já é bastante positiva”, considerou  o secretário de Comunicação da CUT-RS, Alberto Ledur.

Antes da decisão, o STF havia suspendido, em 2010, mais de mil processos que tramitavam no Brasil. Isso porque alguns tribunais reconheciam o direito ao benefício mais vantajoso, podendo retroagir a data do cálculo. Esse entendimento, originado no Tribunal Regional Federal da 4ª (TRF4) Região do Rio Grande do Sul, acabou prevalecendo sobre os demais, restando o direito dos segurados a requererem o benefício e o exercício do direito a qualquer tempo e em qualquer data.

Na prática, conforme explica Daisson Portanova do escritório Portanova & Advogados Associados, autor da tese que embasou o julgamento no TRF4, são três situações: os que entraram com ação judicial, os que ganharam e já estavam em fase de execução e os que perderam e terão de revisar o pedido com um novo pedido de encaminhamento.  “No momento em que se implementam condições para a aposentadoria, o fato de continuar trabalhando não impede que se faça a eleição do melhor direito. Entretanto, não saberia afirmar se o Supremo abordará também o aspecto da desaposentadoria, pois bastaria argumentar que, por não existir uma norma determinando a revisão, não é de seu poder a aplicação, e, sim, do poder Executivo”, explica.

Já para os processos que estão tramitando, a tendência é de que todos sejam julgados e adequados à posição do Supremo. Além disso, com relação aos trabalhadores que não entraram com a ação, será necessário ingressar com pedido de reconhecimento.

“Depois de fechar o tempo da aposentadoria, o contribuinte não pode ser prejudicado, ainda mais pelo fato de ele continuar contribuindo com a Previdência. Se ele completar 30 anos e um dia, o segurado poderá se aposentar com 35 ou 38 anos de contribuição, por exemplo, mas a Previdência teria a obrigação de verificar se neste período que excede o tempo necessário de atividade qual seria o melhor benefício para ele”, resume Portanova.

Auxílios revistos saem até a metade de março
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve pagar o primeiro lote de atrasados da revisão dos auxílios até a primeira quinzena de março. Segundo o órgão, a data exata ainda depende de um ajuste entre a Dataprev (empresa de tecnologia e informações da Previdência Social) e a rede bancária.
A expectativa do órgão é de que o dinheiro saia já nos primeiros dias de março, mas pode acontecer de o pagamento do primeiro lote da revisão dos auxílios ser feito até a segunda semana do próximo mês. Receberão neste lote os segurados que já tinham mais de 60 anos em abril de 2012. Terá direito aos atrasados no mês que vem o segurado que ainda recebia um benefício por incapacidade com erro em abril de 2012.

Esse mês foi usado como referência porque é a data em que o INSS ficou sabendo oficialmente da ação que obrigou o pagamento automático da revisão.

Os segurados incluídos na revisão receberam carta do INSS informando o valor que será pago. No caso do primeiro lote, o dinheiro já teve correção da inflação, e o valor pago deverá ser o mesmo que está na correspondência. A revisão dos auxílios paga nos postos é devida para segurados com benefícios por incapacidade concedidos entre 17 de abril de 2002 e 18 de agosto de 2009. A correção está sendo feita porque o INSS, de 1999 a 2009, não descartou os 20% menores salários do segurado para calcular o benefício, o que pode ter reduzido o valor final. O próximo lote de atrasados será pago apenas em maio de 2014, para segurados que tinham de 46 a 59 anos de idade, com atrasados de até R$ 6.000.

O pagamento foi dividido em lotes e seguirá até 2018, no caso dos benefícios que ainda eram pagos em 2012. Para os segurados que não recebiam mais um benefício calculado com erro, mas que ainda tinham direito a atrasados, as diferenças só serão depositadas entre 2019 e 2022.

Para consultar se têm direito ao reajuste, segurados e ex-beneficiários possuem dois canais: o site da Previdência e a Central 135. Na internet, a revisão dos benefícios pode ser consultada diretamente aqui. Por telefone, o atendimento é feito de segunda a sábado, das 7h às 21h. Será necessário informar o CPF ou o Número do Benefício (NB). Caso opte pelo NB, será exigido também a data de nascimento e a confirmação do nome completo do beneficiário. A Previdência informa que o valor do pagamento não será informado - apenas se o segurado tem ou não direito ao reajuste - e que, como a revisão está sendo realizada automaticamente, beneficiários não precisam procurar uma Agência da Previdência Social (APS).

Entenda o caso
A revisão dos benefícios foi estabelecida após acordo entre o INSS, o Ministério Público Federal e o Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas (Sindnapi) em agosto de 2012 e é resultado da mudança na interpretação do inciso II do artigo 29 da Lei 8.213 de 1991, que trata da fórmula de cálculo dos benefícios por incapacidade, conhecida como Revisão dos Auxílios. O cronograma de pagamento dos benefícios já cessados foi definido pelo acordo entre as partes, utilizando como critérios a situação do benefício (ativo ou cessado), a idade dos beneficiários em 17 de abril de 2012 (data da citação da Ação Civil Pública) e a faixa de atrasados. A prioridade do pagamento será para beneficiários mais idosos, com menores valores e ativos.

Fonte: Jornal do Comércio

“Porto Alegre pode vencer a violência”, avalia Koppitke

Para Koppitke, o poder público não pode continuar agindo de maneira reativa e pontual
Com o objetivo de discutir alternativas e projetos que contribuam para a redução da violência na capital, o vereador Alberto Koppitke palestrou na última sexta-feira (22.02) para um público aproximado de 60 militantes, durante mais uma edição dos Almoços Temáticos, promovidos quinzenalmente pelo PT.

Com experiência na área de segurança durante a gestão de Jairo Jorge em Canoas e nos Ministérios da Educação e Justiça, com o Governador Tarso Genro, Koppitke vem se dedicando à luta contra a violência e a morte de jovens nas cidades brasileiras. Na sua avaliação, o PT precisa construir uma proposta inovadora e eficaz, capaz de mostrar para a população que o partido tem um projeto concreto para deixar a cidade mais humana e livre dos temores da violência. “Ver a segurança como utopia é sonhar que no lugar de cada jovem vítima da violência ou perdido(a) para a dependência às drogas, devemos ter um artista, um esportista ou um cientista”, projeta o vereador.

Até a criação do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania (Pronasci), em 2007, o Brasil passou muitas décadas reduzindo o problema da violência a um problema de polícia, sem um olhar mais amplo e uma melhor capacidade do Estado em reduzir os fatores que causam a potencializam a violência, critica o vereador. “Temos atuado sem integração, agindo sempre nas consequências e não nas origens do problema. Falta-nos o hábito do planejamento, um acompanhamento permanente de indicadores e avaliação técnica, fora das paixões políticas e conjunturas eleitorais”, avalia.

Para tanto, o parlamentar sugere a criação de um novo modelo se segurança pública calcado em uma visão territorializada da violência. Embora imerso num problema de grandes dimensões, a violência se manifesta em cada território de maneira específica. “A principal tarefa da nova política de Segurança é resgatar a autoestima e o convívio pacífico naquelas comunidades que mais foram afetadas por anos de abandono por parte do Poder Público e onde a violência encontrou um ambiente para se expandir”.

Koppitke vai além e afirma que o Estado não pode continuar agindo de maneira reativa e pontual. “Precisamos passar para um modelo preventivo, onde a confiança entre a sociedade e a polícia seja reconstruída”, sustenta, ao explicar que hoje a sociedade credita o aumento da violência ao fato de a polícia não prender os bandidos. “Isso nada mais é que um reflexo do senso comum do medo, que pede mais do mesmo. Não é a quantidade de pessoas presas que irá dizer se temos segurança ou não, mas sim a qualidade do processo”, destaca.

Drogas
Outro ponto fundamental citado por Koppitke para que se e compreenda a situação atual da violência do país é a questão das drogas. O vereador não poupou críticas à forma como o Brasil vem lidando com esta questão. “O que temos visto é o aumento vertiginoso do número de jovens presos por homicídios e dependentes químicos. Trata-se de uma concepção ineficaz tanto para a diminuição do número de usuários quanto dos números indicadores de criminalidade e violência”.

Na avaliação do parlamentar, uma nova política sobre drogas deve ter como foco a diminuição da demanda, ou seja, o número de pessoas, especialmente jovens, que optam por consumir drogas ou se tornam dependentes delas. “O fundamental é que se diferencie o problema das drogas do problema da violência. Embora associadas, é preciso construir políticas para cada uma. O problema das drogas é de Saúde Pública e a violência é assunto de Segurança Pública”, finalizou.

Participaram da atividade o presidente e o vice do PT municipal, Adeli Sell e Rodrigo Oliveira, respectivamente, além da secretária de Comunicação, Michele Sandri. A próxima atividade está marcada para o dia 8 de março, dia Internacional da Mulher. Informações e adesões podem ser feitas pelo telefone 3211 4888.

Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Executiva Municipal e Bancada de Vereadores traçam plano de ação para 2013

A primeira reunião conjunta do ano contou com a presença de quatro dos cinco vereadores petistas

Reunião realizada na noite desta última terça-feira (19.02) na sede municipal do PT entre a Executiva Municipal e a Bancada de Vereadores começou a tratar de ações conjuntas para o ano de 2013. A ideia é realizar ao longo dos próximos meses um conjunto de debates e diálogos com a militância do PT em Porto Alegre, ativistas políticos, sociais e culturais e lideranças comunitárias, empresariais e acadêmicas para partilhar da discussão sobre A Porto Alegre que Queremos.

“Queremos uma cidade que esteja ao lado das grandes metrópoles do mundo não por ter os mesmos problemas das grandes cidades, mas por ter a capacidade de se renovar e estimular seus cidadãos a uma vida saudável, produtiva e de felicidade”, afirma o documento distribuído pelos parlamentares aos membros da Executiva do PT.

A proposta prevê a realização de um processo de diálogo através de um site colaborativo – www.portoalegrequequeremos.com.br – seminários temáticos e escutas nas zonais. Ao final será lançado um livro com as principais propostas discutidas ao longo do processo.

Participaram da reunião os vereadores Alberto Koppitke, Engenheiro Comassetto, Marcelo Sgarbossa e Sofia Cavedon. Da Executiva Municipal compareceram o presidente e vice, Adeli Sell e Rodrigo Oliveira, respectivamente, os secretários de Organização Ubiratan de Souza, de Finanças, Gladimiro Machado, Movimentos Populares, Danilo Toio Farias, e Formação José Carlos Conceição, além dos demais membros Leila Mattos, Alberto Terres, Reginete Bispo e Nelci Dias.

Asscom PT-POA

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

ALMOÇO TEMÁTICO - Atividade irá refletir sobre qual o projeto do PT para vencer a violência nas cidades

O PT de Porto Alegre retoma nesta sexta-feira (22.02) as edições dos Almoços Temáticos, realizados quinzenalmente na sede do partido. A atividade tem por objetivo refletir sobre qual o projeto do PT para vencer a violência nas cidades. O tema foi proposto por Alberto Koppitke, eleito vereador de Porto Alegre na última eleição com 5.280 votos.

Com experiência na área de segurança durante a gestão de Jairo Jorge em Canoas e nos Ministérios da Educação e Justiça, com o Governador Tarso Genro, Koppitke vem se dedicando à luta contra a violência e a morte de jovens nas cidades brasileiras. "Em Porto Alegre, precisamos construir uma proposta inovadora e eficaz, capaz de mostrar para a população que o PT tem um projeto concreto para vivermos numa cidade mais humana e sem violência", destaca.

As adesões para o almoço podem ser feitas pelo telefone 3211 4888.

Quem é Alberto Koppitke
Filiado ao Partido desde 2000, Kopittke possui um amplo histórico político com foco especial à área de segurança pública. Foi secretário de Segurança Pública em Canoas, na gestão do prefeito Jairo Jorge, durante a instalação do Território de Paz Guajuviras. Na União, Kopittke foi assessor especial do então ministro da Justiça, Tarso Genro, coordenou a primeira Conferência Nacional de Segurança - CONSEG, que definiu as políticas para o setor com base no paradigma de segurança cidadã.

Também foi chefe da Assessoria Internacional do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social - CDES da Presidência da República e participou da construção do Prouni e de outros importantes programas dos ministérios da Educação e Justiça.

Asscom PT-POA

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Gambrinus – Antigo reinado do Mercado

Imagine o Centro de Porto Alegre há 123 anos. O Mercado Público, patrimônio histórico e cultural de Porto Alegre, já existia. Porém, os prédios que conhecemos do entorno não. Fico a imaginar como seria o trânsito naquela época? Certamente sem os xingamentos e o estresse da atualidade, sem pastores pregando ou flanelinhas e camelôs circulando por ali.

Naquele tempo nascia o Gambrinus, um restaurante que veio para ficar, fundado em 1889, com a Proclamação da República. Gambrinus, rei de Flandres, nome de cerveja, patrono dos cervejeiros, continua até hoje seu reinado no Mercado Público Central.

O local da boa gastronomia é apresentado no site como Restaurante Bar Chope Gambrinus, ostentando o título de mais antiga casa em atividade na Capital. Segundo eles, a história do local confunde-se com a própria trajetória da cidade.

No cardápio, predominam os pratos de frutos do mar, como filé de congro e linguado ao molho de camarão, além de filé de salmão com alcaparras e champignon. A tainha recheada é o prato predileto de muitos dos seus frequentadores. Filés de carne e pratos típicos regionais também são servidos por lá.

E eu fico aqui a lembrar da tradicional feijoada, a rabada, o bife de fígado, a língua ensopada. Sem contar as almôndegas e os bolinhos de bacalhau, que só de pensar me deixam com água na boca. Mas para começar uma refeição no Gambrinus, sugiro uma "salada de bacalhau". Isto depois de deliciar o pãozinho com manteiga que só encontramos por ali.

Sugiro a você, caro leitor, fazer o teste e sentir o gosto da cozinha d o Gambrinus e descobrir se o nome faz justiça à fama. Adianto que se for ao Mercado em um sábado, vá cedo. Caso contrário terás que ter paciência para aguardar na fila.

Depois da perda do Antoninho, a casa está com a Marlene e sua turma, sempre com bom humor, já fazendo parte também da cara do Mercado, não só do Gambrinus. E nos finais de tarde, nada como um bom papo ali e os bolinhos de bacalhau, o chope bem tirado, um espumante ou um bom vinho da Serra Gaúcha.

Lastimo que não existam mais alguns de seus velhos parceiros.

Mas isto deixa para depois.

Por Adeli Sell
Professor, escritor e consultor

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

PT: 33 anos fazendo história

Artigo originalmente publicado no Sul 21

Lá se vão os anos. Revivendo nosso momento de fundação – comemorado no próximo domingo, dia 10 de fevereiro - me dou conta de que os fatos da atualidade atropelaram os sonhos do passado. O Brasil, da década de 80, ano da nossa consolidação, não existe mais. Hoje, somos outro País, com democracia, liberdade, avanços econômicos e menos desigualdades.

Se naquela época fazíamos panfletos em mimeógrafos para dizer “Fora FMI”, hoje disparamos e-mails e postamos no Facebook nosso apreço e auxílio às nações vizinhas. As resoluções partidárias que antes eram enviadas pelo Correio deram lugar às postagens em blogs e sites. Se falávamos em inflação, aumento do déficit público e crescimento da dívida externa e interna; hoje, no Twitter, festejamos patamares de primeiro mundo em no máximo 140 caracteres.

Trinta e três anos se passaram, nesse tempo elegemos além do primeiro operário presidente, a primeira mulher presidenta, deputados estaduais, federais, senadores, prefeitos e vereadores. Muitos se foram, outros se perderam pelo caminho, oportunistas e aventureiros se aproximaram, e o PT se transformou na maior experiência de luta, organização política dos trabalhadores e modelo para outros países.

O Brasil foi mudando e nós do PT também. Não abandonamos nossos sonhos de um mundo igualitário, possível, com inclusão social, sustentabilidade econômica, social e ambiental, mas optamos pelo caminho da união com alguns setores até conservadores, para poder fazer as mudanças que tanto o Brasil almejava.

A partir de metas ousadas, tiramos cerca de 40 milhões de brasileiros da miséria. Soubemos aliar equilíbrio financeiro com ampliação da oferta de serviços públicos à população e, ao mesmo tempo, colocamos em prática uma política de investimentos que tirou do discurso o potencial econômico do país sem descuidar do respeito ao meio ambiente. O Brasil não é mais o país do futuro, ele é o país do presente.

São mais de três décadas fazendo história. E não há quem faça história sem percalços, sem erros. Sabemos que ela muitas vezes não se justifica, mas está escrita para ser pensada e avaliada, como estamos fazendo agora com o PT.

Que continuemos ousados e radicais, na busca pela democracia como valor universal e na incessante luta contra a pobreza. Valeu ousar. Valeu ter feito. Temos que festejar intensamente esses 33 anos de muitas lutas e conquistas.

Por Adeli Sell
Presidente Municipal do PT

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Banrisul lança edital público para patrocínio de projetos

Atentem para uma nota que saiu na pág. 10 de ZH, de hoje, que reproduzo, pois é fundamental que todos saibam como acessar os patrocínios do Banrisul.

"Interessados em obter patrocinio do Banrisul podem inscrever seus projetos pela Internet, entre o dia 15 deste mês e 15 de março. O edital público para a seleção de interessados está disponível no site - www.banrisul.com/patrocinios - e definirá quais serão apoiados no segundo semestre de 2013. O objetivo é dar maior transparência na definição dos patrocínios."

Dica da semana - É Variettá, mas poderia ser Simonetti

Chalé retomou sua vocação de ser um ponto de encontro dos mais diversos atores da sociedade

O nome é italiano, mas a rede de bistrôs tocada pela família Simonetti em Porto Alegre é mais do que um espaço variado e de variedades. Com uma experiência de mais de 30 anos na área de gastronomia, as Operações Variettá contam hoje com sete restaurantes na cidade. A capacidade de empreender e inovar faz com que as unidades estejam presentes em locais de destaque na capital gaúcha: Simonetti está em shoppings, como Praia de Belas e Rua da Praia; está em hotéis, como na Borges de Medeiros e na 24 de outubro; está no Centro Histórico, como no Margs e no Chalé da Praça XV.

Com ambientes acolhedores e o compromisso de bem servir, os restaurantes oferecem cardápio diversificado, capaz de satisfazer os mais exigentes paladares. O case de maior sucesso é sem dúvidas o Chalé da Praça XV. A família assumiu o espaço em 2001, após uma operação antecedente frustrada. Com os novos permissionários, o espaço passava a ser pensado novamente. Foram vários anos de trabalho, de projetos e, como a alma do Chalé exigia, de muita inspiração.

Na época da aquisição, a Praça XV e o Glênio Peres estavam tomados de camelôs e vendedores ilegais, o que estava tornando a operação do local inviável. Quando cheguei à Smic em 2003, a família estava prestes a desistir do empreendimento. Foi numa conversa franca que tudo começou a mudar. Eles "compraram" meu sonho de tornar aquele lugar um local público, sem os ilícitos que se praticavam na sua porta. Valeu a máxima de que onde a família Simonetti põe a mão, o negócio vai para frente.

Hoje o Chalé voltou a ser o ponto do tradicional chopinho ao final de tarde. Também abriga espaço para aqueles que gostam de degustar uma boa espumante ou uma cerveja diferenciada. O Chalé retomou sua vocação de ser um ponto de encontro dos mais diversos atores da sociedade, de abrigar eventos e ser palco de muito bate-papo. Sujeitos comuns, dirigentes partidários, intelectuais e turistas voltaram a se encontrar como nos velhos tempos em que Mario Quintana, Augusto Meyer e Theodomiro Tostes passavam por ali.

Nos espaços da rede Variettá quase sempre tem música ao vivo, o que é algo marcante e elogiável. Também tem sido ponto de encontro para lançamentos de livros e exposições de arte.
A rede também está inovando em seus almoços semanais, oferecendo um refrescante buffet de saladas para acompanhar os pratos servidos à francesa nas mesas.

Sugiro a você, caro leitor(a), fazer a sua experiência numa de suas sete operações na cidade. Talvez até a Copa a família possa abraçar mais alguma operação decadente e transformá-la num espaço de primeira. Torço por aqueles que vieram do interior, bateram perna pela cidade, suaram atrás do balcão, para se tornarem ícones da gastronomia local.

Adeli Sell

Paris devolverá a orla do Sena aos pedestres

Uma notícia que nos inspira...

A percepção sobre o automóvel tem mudado drasticamente no mundo, se distanciando cada vez mais da veneração que se fazia dele nos anos 60. Nesta corrente se encontra a decisão tomada por Paris de devolver a orla do rio Sena ao pedestres e ciclistas.

Em 1967 George Pompidou inaugurou um caminho de veículos junto ao rio mais emblemático da França sob o lema “Paris tem que se adaptar ao automóvel”, que foi visto como um grande avanço pois esta via rápida permitia se deslocar em pouco tempo de leste a oeste da cidade.

A partir do próximo mês, um projeto de inicialmente 1km chamará a atenção para essa mesma via e dará lugar a passeios de pedestres, ciclovias, bares e cafés. Após esta primeira etapa, em abril do próximo ano será iniciada o estágio que conclui os 2,5 km livres de automóveis entre o Museu d’Orsay e a Pont de l’Alma, que conta com um parque, passeios de pedestres, jardins botânicos flutuantes, mercados de flores nas barcas, quadras esportivas, restaurantes e, talvez, um arquipélago de ilhas artificiais.

Esta é outra iniciativa do prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, para devolver a cidade aos pedestres e ciclistas, que pretende ser lembrado como o homem que acabou com a veneração ao automóvel. Além deste projeto, existem outros impulsionados por ele, como a ampliação da rede de ciclovias e o plano a curto prazo de aluguel de bicicletas e automóveis públicos.

A idéia de limitar os automóveis nas orlas do Sena já havia iniciado, de alguma forma, com o projeto Paris Plages, cada ano uma “praia urbana” ao longo do Sena, que consiste em fechar, durante um mês do verão, a rua para transformá-la em uma praia artificial.

Apesar do projeto de devolver a orla do Sena aos pedestres já ter sido aceita e começar no próximo mês, muitos obstáculos apareceram no caminho, sobretudo entre os opositores que afirmam que isto fará como que a quantidade de lixo aumente consideravelmente. Contudo, a estratégia de liberar a orla para os pedestres já é aplaudida por muitos outros.

Fonte: Archdaily