sexta-feira, 17 de junho de 2011

Adeli critica EPTC em seminário sobre mobilidade urbana


Na foto: o painelista Fábio Machado (C) e os debatedores Francis Ricaldi, Adeli Sell, André Piccoli e Mário Verdi
Especialistas estiveram reunidos nesta quinta-feira (16/06) no Plaza São Rafael para participar do I Fórum de Mobilidade Urbana Porto Alegre e Região Metropolitana. Na oportunidade, foram debatidos os desafios da educação, acessibilidade e parqueamento em Porto Alegre.

O vereador Adeli Sell foi debatedor, junto com o chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, Fábio Bandeira Machado, o presidente da Associação Brasileira de Estacionamentos, André Piccoli, o presidente da Associação dos Profissionais em Design do Rio Grande do Sul, Mário Verdi, e o gerente de soluções inteligentes da IBM, Francis Ricalde.

Para Adeli, Porto Alegre enfrenta grandes problemas relacionados à mobilidade.  Ele criticou a postura da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Segundo o parlamentar, a instituição não realiza educação para o trânsito em Porto Alegre.

“Palestras em escola são uma atividade insuficiente. O grande problema do trânsito da cidade está no cidadão, no motorista e no pedestre”, argumenta. Segundo o vereador, a mobilidade nas vias da capital é uma verdadeira selvageria. “O condutor não obedece a faixa e o pedestre por sua vez não respeita qualquer sinalização, atravessa em qualquer lugar na via”, comenta, acrescentando estranhar o fato de nunca ter visto um pedestre ser multado na cidade, embora a aplicação de punições seja prevista em lei.

O parlamentar citou ainda o  valor considerável investido em uma ação com poucos resultados efetivos: o novo sinal, que sugere ao cidadão estender a mão sempre que quiser atravessar a via numa faixa de segurança.

No que se refere ao parqueamento, Adeli criticou a liberação do estacionamento nos dois lados da rua. “Precisamos incentivar a construção de garagens públicas para retirar os carros das ruas”.

Mário Verdi também criticou a falta de sinalização
Planejamento
Dentre os presentes, o consenso de que os problemas relacionados estão associados ao fato de que as cidades não fizeram planejamento adequado. “Nunca se falou tanto em mobilidade urbana. Para mim está evidente que não houve planejamento no passado”, disse Mário Verdi. Segundo ele, estamos vivendo “no limite”. “Os especialistas que nos foram apresentados até hoje não resolveram absolutamente nada”, justificou.

Segundo o integrante da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, Fábio Bandeira Machado, o governo federal está preocupado com as questões envolvendo mobilidade e, por isso, lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Grandes Cidades. A iniciativa tem como objetivo incentivar, por meio de recursos financeiros, obras importantes. 

O presidente da Associação Brasileira de Estacionamentos (ABRAPARK), André Piccoli, criticou os projetos de mobilidade urbana que não levam em consideração a necessidade de estacionamentos. Ele ressaltou que é fundamental pensar neste assunto para que boa parte dos problemas sejam resolvidos em relação ao trânsito.

Para o presidente da Associação dos Profissionais em Design do Rio Grande do Sul, Mário Verdi, falta planejamento às cidades para levarem em conta também  a questão da visibilidade.

Em sua apresentação, o gerente de soluções inteligentes da IBM, Francis Ricalde, destacou que a tecnologia pode auxiliar no desenvolvimento de ações que melhorem o trânsito e a qualidade de vida da população. Ele citou o exemplo de algumas cidades aplicarem projetos que reduziram os carros nas ruas, diminuíram o grau de poluição e ainda ampliaram o número de passageiros nos coletivos. 

Por Tatiana Feldens, com informações da revista Voto
Gabinete do Vereador Adeli Sell

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