segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A EDUCAÇÃO DE PORTO ALEGRE EM XEQUE

"O trabalho de professor é revestido de características tão peculiares que ele
não pode se dar ao luxo de sofrer, de ficar cansado [..] de ficar triste, pois sua
tristeza certamente prejudicará o desempenho dos alunos, já que para eles o
professor é um baluarte, uma fortaleza." (Villela)


Vereador Adeli Sell e Profª Drª Liana Borges


A presente reflexão foi instigada pela leitura da pequena nota colocada por Rosane de Oliveira na “Página Dez” da Zero Hora, dia 24 do corrente mês, intitulada Inventário de culpas, e que reproduz uma afirmação provocativa de Mariza Abreu, ex-secretária de educação do Rio Grande do Sul, acerca da qualidade das políticas educacionais implementadas na cidade de Porto Alegre, no período 1986-2010.
Para ela, a responsabilidade sobre os problemas da educação riograndense devem ser compartilhados entre todos os partidos políticos, uma vez que todos passaram pelo governo estadual, entretanto, em Porto Alegre a causa estaria tão somente nas políticas educacionais do PT e do PDT, pois somente estes partidos governaram a cidade nos últimos vinte e quatro anos.
Como a nota fica por aqui, pode-se inferir que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) está no centro da crítica da ex-secretária, porém, em nossa avaliação, é a ponta do iceberg de um julgamento bem mais complexo, pois é provável que tanto a organização curricular de Porto Alegre - Ciclos de Formação -, como a visão de gestão democrática da educação versus modelo de gestão de resultados, seja, de fato, o calcanhar de Aquiles deste debate.
 IDEB, índice criado em 2005, que mede a qualidade de cada escola de dois em dois anos, é calculado tomando por base o desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática, bem como os percentuais de aprovação. Portanto, a instituição escolar recebe uma nota de zero a dez e à secretaria de educação caberá um valor representativo da média das notas das escolas que pertencem a sua rede de ensino.
Para exemplificar, em Porto Alegre, no ano de 2009, considerando-se dois grupos de escolas (grupo A, escolas municipais; grupo B, escolas estaduais localizadas na capital), para o último ano do 1º segmento ensino fundamental, o grupo A obteve a nota de 4,1 e o grupo B conquistou 4,3. Da mesma forma, mas para o ano final do 2º segmento do ensino fundamental, 3,6 e 3,4 para as escolas dos grupos A e B, respectivamente.
Sem dúvida alguma, os resultados acima apontam para uma contradição suficientemente complexa, pois a lógica leva-nos de imediato a pensar que as condições da rede pública municipal são superiores às da rede pública estadual, já que julgamos, sobretudo, três aspectos levantados corretamente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), e corroborados pelo CPERS-Sindicato, quando se pronunciam sobre as diferentes avaliações veiculadas pelo MEC – Provinha Brasil, SAEB, ENEM, ENCCEJA, etc: Condições de trabalho; formação inicial e formação continuada em serviço.
Sem o necessário aprofundamento, referimo-nos, por exemplo, às condições de trabalho no que é elementar: piso salarial, jornada de trabalho, plano de carreira e aspectos físicos, materiais e recursos humanos das escolas, Porto Alegre coloca-se em larga vantagem diante da rede estadual. Sobre as características formativas dos educadores, a formação inicial ou acadêmica - graduação ou pós-graduação -, está no patamar mais elevado se atentarmos para o restante do país, pois algo próximo a 75% é especialista, mestre ou doutor. Por fim, no que tange à formação continuada em serviço, a rede municipal, não somente educadores, mas o conjunto dos trabalhadores e até mesmo a comunidade escolar, em particular entre os anos de 1989 a 2004, participaram de uma gama imensa de espaços formativos.
Sendo assim, se temos acordo no que tange à possível incompatibilidade da situação da rede municipal de educação e o IDEB, se faz indispensável ecoar o desafio apontado pela disparidade dos dados a partir de outros quesitos.
Sem adentrarmos no debate, mas compreendendo que a presença massiva das classes populares na escola pública e/ou as contradições presentes na tarefa de ser-professor-ser-educador trouxeram desafios novos, vale registrar que há pelo menos duas visões recorrentes sobre este cenário e que se expressam nas falas dos governantes ou de algumas perspectivas pedagógicas: a culpa é do aluno ou é do professor! Ou dos dois!
Entendemos, contudo, que não podemos cair nesta cilada, ou seja, a de indicarmos (ou nos filiarmos) um conjunto de aportes teóricos que justifiquem uma ou outra explicação, inclusive, porque de acordo com a corrente de pensamento encontraremos um rol de desculpas ou de absolvições para ambas.
Nesta direção, confirmando Paulo Freire, um caminho importante a seguir é o de assumirmos, conscientemente, um paradigma epistemológico para, a partir desta escolha, embrenhar-nos na busca de soluções factíveis.
No bojo desta alternativa, já que é o/a professor/a quem assume o papel de mediador/a entre o saber escolar e o/a educando/a, apontaremos outros dois quesitos para, quem sabe, alargarmos nossas compreensões sobre a provocação da ex-secretária de educação.
O primeiro quesito poderá levantar uma polêmica, pois é uma discussão nova, mas mesmo assim decidimos por enfrentar os desdobramentos, caso se apresentem. Estão, os professores, fartos de pacotes pedagógicos? Estão insatisfeitos com o excesso de teoria e/ou com a falta de subsídios voltados ao cotidiano da sala de aula e da comunidade escolar? Sentem-se reféns da alternância dos referenciais assumidos pela(s) SMED(s)? Ou estão incrédulos diante da ausência de posição, já que esta é a opção da gestão atual ao dizer publicamente que não importa a teoria, desde que os alunos aprendam e o IDEB avance?
Para tanto, nos valeremos das reflexões de Villela (2006), pois concordamos com a hipótese de que os professores blindaram-se por influência da enxurrada de pacotes didático-pedagógicos ofertados, mesmo que com boa intenção, pelos governantes, visto que a cada troca de governo (ou de secretário/a em um mesmo governo), quem entra passa a procurar o que “está mal”, e “ainda que responsabilize em grande parte a equipe precedente, ela ativa dispositivos de responsabilização e comprometimento de cada diretor, professor, funcionário, estudante [...]” (p.3).
Villela, à luz desta afirmativa, segue conjeturando que os professores trocaram as perguntas “pelo que pode fazer, pelo que sabe fazer, pelo que consegue fazer e, em lugar disso, pergunta pelo que é que deve fazer. Pouco a pouco transfere o poder de decisão e orientação para uma instância exterior a si”. (p.8).
Nossa proposta, se nos interessa averiguar este primeiro quesito, é perguntar ao professor o que lhe mobiliza, o que poderia provocar-lhe o desejo de ser protagonista na busca e na aplicação de determinada teoria (e prática). Importa-nos, também, que os professores da rede municipal se posicionem sobre o IDEB e sobre a relação deste com as três condições anteriormente descritas. Sensibiliza-nos, da mesma maneira, que possamos descobrir, através do diálogo com os educadores, educandos e com a comunidade escolar, o que esperam e o que precisam da/na escola, pois não estamos de acordo com nenhum “fundamentalismo pedagógico”, expressão cunhada por Villela, mas encontramo-nos em consonância com respostas que venham a superar qualquer explicação simplista sobre a qualidade da educação de Porto Alegre.
O segundo quesito, que não será menos debatido pelo leitor, diz respeito aos conceitos “mal-estar docente” e “burnout”, possivelmente instalados entre os trabalhadores da educação da capital, que surgem quando se deparam com os desafios decorrentes da prática educativa, aparentemente intransponíveis, ou quando os resultados obtidos pelos seus alunos estão aquém do planejado, pois é claro que há insatisfação com a retenção ou com as não-aprendizagens dos mesmos.
De um lado, Mal-estar docente, conceito construído por Jose Manuel Esteve Zaragoza (1992), traduz os efeitos negativos que afetam o professor e que são provocados pelo grau, maior ou menor, de insatisfação profissional.
De outro, Burnout, palavra em inglês que significa perder o fogo ou perder a energia, adotada pela CNTE para denominar a perda de sentido da relação do professor com suas tarefas, pois, segundo a pesquisa feita pela Confederação, parece ao professor que seu trabalho não tem mais sentido, uma vez que o acesso ao conhecimento resulta em pouca ou nenhuma melhoria nas condições de vida dos alunos, vem se configurando em síndrome junto aos trabalhadores da educação, sendo que assim a CNTE se pronunciou: “Burnout é o nome da dor de um profissional encalacrado entre o que pode fazer e o que efetivamente consegue fazer, entre o que deve fazer e o que efetivamente pode, entre o céu de possibilidades e o inferno dos limites estruturais, entre a vitória e a frustração”. (p. 37).
Tanto um sentimento quanto o outro, manifestam-se, sobremaneira, nas perguntas comumentemente encontradas nas falas dos professores: Porque os alunos não aprendem? Porque a escola não consegue corresponder às expectativas da comunidade? Porque a Secretaria da Educação e a sociedade em geral responsabilizam a escola pelo fracasso escolar? Porque o IDEB não consegue transpor o esforço e os avanços constituídos nos ambientes escolares?
Como está na epígrafe, o trabalho do/a professor/a é revestido de características tão peculiares e complexas que é provável (e esperável) que outros elementos surjam para explicar a incoerência entre o esforço cotidiano das escolas municipais e os resultados obtidos a partir de estratégias oficiais de avaliação.
Portanto, mesmo sujeito a críticas, aqui apresentamos dois novos elementos problematizadores da convicção exposta em Inventário de culpas e a partir daqui esperamos que o debate se amplie, pois não é possível naturalizarmos os resultados, aceitando-os como algo imutável dado a natureza da população que chega à escola ou ao processo crescente de desamparo a que os professores estão submetidos.
O tema da avaliação das políticas educacionais vem sendo pauta permanente do Ministério da Educação (MEC), já que apregoam que a aferição de resultados é condição para a elaboração de planos de ação, entretanto, salientamos que não há pleno acordo sobre a forma como a mesma vem sendo desenvolvida apesar do acordo sobre a importância de haver mecanismos avaliativos das aprendizagens dos educandos da educação básica e do ensino superior, porém, e aqui reside a divergência, que abarquem a complexidade de um país continental.
Por fim, se é necessário avaliar a qualidade da educação, e consideramos que sim, que façamos um amplo diálogo acerca do melhor instrumento e sobre a maneira correta de aferição, superando, com isso, o caráter condenativo (de quem é a culpa) ou rotulatório (é do professor) ou ainda a visão simplista e preconceituosa adotada na nota que provocou nosso pronunciamento.
Em busca de um inventário de sonhos, possibilidades e de compromissos solidários em torno da educação da capital e do estado!






REFERÊNCIAS
CODO, Wanderley & Vasques-Menezes, Iône. Burnout: sofrimento psíquico dos trabalhadores em educação. In: Cadernos de Saúde do Trabalhador, s.a.
VILLELA. Marcos Pereira. POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO E O ALASTRAMENTO DA MÁ CONSCIÊNCIA. Disponível em: <http:// www.dtp.uem.br/rtpe/volumes/v11n2/001-artigo_marcos-127-134.pdf. Acesso em: 26 jan. 2011.

domingo, 30 de janeiro de 2011

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR


A importância da alimentação escolar está comprovada em inúmeros estudos e pesquisas. Em algumas partes do Brasil, a Alimentação Escolar é a única refeição diária dos alunos que freqüentam as escolas. Este índice, segundo pesquisas do IBGE, está em aproximadamente 60% das crianças.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar é um dos mais antigos e eficientes em nosso País, além de ser o único com atendimento universalizado. Tem servido de modelo a vários outros países principalmente por quatro motivos: possuir legislação própria tendo a alimentação como Direito em Lei, ter acesso universal onde todos os alunos da educação básica têm Direito garantido a alimentação e possuir controle social através do Conselho de Alimentação Escolar (CAE).
O Programa possibilita melhor qualidade de vida para uma boa parcela da população brasileira. Atualmente se estima que 25% da população faz uso da alimentação escolar desde os alunos matriculados nas escolas públicas de educação infantil até os adultos que estudam nas escolas de Educação para Jovens e Adulto (EJA). O repasse financeiro é feito diretamente aos estados e municípios, com base no censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento.
Neste contexto nacional encontramos a figura do Nutricionista com seu papel garantido em Lei além de resoluções do Conselho Federal de Nutricionistas (Resolução CFN nº 465/2010) que estabelecem não somente as atribuições que este profissional deverá desenvolver como também define que será dele a Responsabilidade Técnica por todo o Programa de Alimentação de Escolar.
Com a Lei 11.947 de 16 de julho de 2009 os valores do repasse foram alterados bem como novas medidas devem ser adotadas no Programa Nacional de Alimentação Escolar, entre elas a mais relevante é a inclusão da oferta de alimentação aos alunos matriculados no Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, que passam a partir desta data a terem o direito à alimentação escolar. Houve a inclusão da necessidade de oferta mínima de 200 g/semana de frutas ou hortaliças no cardápio escolar, a fim de promover o consumo desse grupo de alimentos. Acrescentou-se um parágrafo restringindo a oferta de gordura saturada, gordura trans, sal e açúcar simples das refeições a ser ofertado aos alunos e a restrição às aquisições de alimentos ricos em gordura saturada, sódio e por proibir a aquisição de bebidas com baixo teor nutricional.
Esta lei juntamente com a Medida Provisória nº 038 de 16 de agosto de 2009 passam a ser o novo marco na Alimentação Escolar de nosso País.
A alimentação servida incentiva à permanência dessas crianças na escola. O Programa possibilita melhor qualidade de vida para uma boa parcela da população brasileira.
São cinco os princípios que norteiam o Programa Nacional de Alimentação Escolar:
- a universalização diz respeito ao atendimento com alimentação escolar gratuita a todos os alunos cadastrados no Censo Escolar, independente da condição social, raça, cor e etnia.
- a equidade compreende o direito a alimentação escolar de forma igualitária, respeitando as diferenças biológicas entre idade e condições de saúde dos alunos que necessitem atenção específica. Busca o tratamento igual para os alunos sadios e o tratamento diferenciado para os alunos portadores de necessidades especiais, tendo por base um cardápio diferenciado, elaborado por nutricionista habilitado.
- a continuidade representa a perspectiva de oferta da alimentação escolar aos educando durante os 200 dias letivos.
- a descentralização diz respeito ao compartilhamento da responsabilidade pela oferta de alimentação entre os entes federados, ou seja, estados e municípios.
- a participação social tem por base o controle e o acompanhamento das ações realizadas pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, para garantir a oferta de alimentação escolar saudável e adequada. É exercida pelo Conselho de Alimentação Escolar (CAE).


FATOS:
A Seção de Alimentação Escolar do Estado do RS trabalha com planilhas contendo número de alunos matriculados, conferindo as informações recebidas pelo FNDE que são repassadas ao Setor Financeiro com o cálculo do valor em reais informando quanto cada escola deve receber.
Não têm registros dos cardápios executados e o formulário 9 que contem estas informações fica arquivado em cada CRE (Coordenadoria Regional) e estas coordenadorias não têm nutricionistas, somente 4 delas possuem um professor com formação em Nutrição, porém mesmo estes não repassam nenhum tipo de informação a Seção de Alimentação Escolar central onde se encontra a Responsável Técnica (RT) pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
O número de merendeiras e funcionárias que atuam nas escolas é competência dos Recursos Humanos que decidem quantas devem atuar em cada escola sem consultar a Seção de Alimentação, sendo em número insuficiente para o atendimento.
A Seção de Alimentação Escolar desconhece o que acontece nas escolas da Rede Estadual em termos de cardápios executados, número de alunos que efetivamente fazem as refeições, tipo de cozinhas e forma de atendimento. E, principalmente, não executam as atribuições inerentes ao Nutricionista.
Todos estes fatos fizeram com que o FNDE suspendesse o repasse de verbas em 2008 e 2009 para o Governo do Estado, solicitando que medidas corretivas fossem tomadas.
Em junho de 2009 após prestar dois meses de assessoria e realizar reuniões com representantes do FNDE conseguimos o retorno da verba somente a partir de outubro de 2009, porém nem todas as orientações emitidas pelo Governo Federal foram seguidas o que resultou em um oficio de alerta indicando prazos para regularização.

PROPOSTAS INICIAIS EM ATENDIMENTO À LEI:
  • Montagem da Seção de Alimentação Escolar estruturada.
  • Parceira com Universidades para contratação de estagiárias (para Coordenadorias também).
  • Capacitação de uma pessoa por CRE para responder sobre alimentação escolar com reuniões periódicas.
  • Solicitação de abertura de concurso de Nutricionistas e Técnicos em nutrição (nível de 2º grau) para atuar nas Coordenadorias Regionais.
  • Elaborar um cardápio de acordo com a realidade das escolas adequado as diferentes tipologias das escolas (ensino fundamental, médio e EJA e escolas indígenas) e de acordo com os hábitos alimentares de cada região do Rio Grande do Sul, com as respectivas planilhas de entrega com quantidades adequadas a cada escola. Controle do cardápio executado e da qualidade dos gêneros adquiridos.
  • Montagem de edital para compra de gêneros não perecíveis de forma centralizada, que seriam estocados em um armazém do cais do Porto e distribuídos via transportadora a cada dois meses para todas as escolas estaduais (com contrato de transporte terceirizado).
  • Enviar uma parte da verba diretamente às escolas para compra de gêneros perecíveis através da criação de uma portaria ou decreto determinando os itens a serem adquiridas, em atendimento as compras da Agricultura Familiar. Lei 11947 determina que 30% da verba recebida deve ser destinada a compra da Agricultura Familiar ou de Empreendedores Familiares.
  • Informar ao FNDE através do Departamento Jurídico todas as ações e medidas que estão sendo tomadas.
Sandra dos Reis Pinho
Nutricionista CRN2 2626
Janeiro/2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Vila Herdeiros pede socorro a vereadores da Capital

Moradores desanimados aguardam por ações do Executivo
Uma comunidade inteira amendrontada pelo risco iminente do transbordo de uma represa. Essa é a realidade de pelo menos 200 famílias que vivem na Vila Herdeiros, na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. A área, uma Unidade de Conservação, integra o Parque Saint Hilaire e fica quase na divisa com o município de Viamão.


Vereadores tomaram conhecimento da situação
A situação não é de hoje, como explica Roselaine da Silva, moradora. “Há mais de 40 anos enfrentamos esses problemas aqui. Já vimos enxurradas levando tudo que encontravam pelo caminho”, relata. A moradora lembra como se fosse hoje da última tragédia que abalou a comunidade. “Foi no dia 2 de maio de 2008, quando as chuvas fizeram a barragem subir uns cinco metros (acima de seu nível normal). Sai da minha casa com água na cintura”, conta.

Preocupado com a realidade dessas famílias, o vereador Adeli Sell foi recebido na última semana por cerca de 60 moradores que vivem o medo da tragédia toda vez que uma nuvem escura aparece no céu.


Foto: Elson Sempe Pedroso - CMPA
“Eles sofrem não apenas com a possibilidade das catástrofe naturais. Vivem outras tragédias, como a do mosquito da dengue, ratazanas, toda sorte de peçonhentos, além do fedor insuportável em dias de sol quente”, disse Adeli, que ao tomar conhecimento da situação, preparou um dossiê, com relatos e fotos do local, e enviou para o prefeito José Fortunati, solicitando uma reunião. Como seu pedido não foi aceito, organizou a ida de um grupo de vereadores até o local. Eles estiveram na Vila Herdeiros na manhã desta sexta-feira (28.01) e encontraram uma comunidade organizada e ávida por melhorias.

Câmara na Comunidade
O sol escaldante desta sexta-feira contrastava com os dias de chuva e inundações que frequentemente assolam a região. “Em dias de pouca chuva, como hoje, não passa de um valão esse córrego que, se receber chuvas torrenciais, se tornará violento e não haverá margens para segurar a água, que virá cruel e furiosa, além de toneladas de aguapés e assemelhados”, disse o vereador Adeli Sell aos demais companheiros do Legislativo.

A comunidade mostrou através dos cartazes e faixas suas reivindicações
Como em toda a região em que o lixo ou não é retirado ou não tem educação ambiental, os espaços com sujeira, lixo e entulhos são enormes. No meio deste cenário, crianças brincam mostrando desconhecer o perigo. Para agravar a tragédia, o risco das plantas exóticas, como os três eucaliptos que estão prestes a desabar e matar pessoas. Ingredientes perfeitos de uma tragédia anunciada.

“Estamos muito apreensivos”, afirma Almídio Martins, morador. “Já reconstruímos essas pontes pelo menos umas 5 vezes. Até hoje só tivemos perdas materiais”, conta ele, que cobra uma atitude do Executivo. “Me parece que as autoridades estão esperando que aconteça alguma vítima fatal para tomar providências”.

Após conferir o drama vivido pelos residentes da rua João Antônio Lopes, os vereadores Adeli Sell, Toni Proença (PPS) e Sofia Cavedon, presidente da Câmara, acompanhados de moradores e funcionários do Executivo foram ver de perto o risco que a barragem Saint Hilaire oferece à comunidade.

Foto mostra o assoreamento do local
Elson Sempé Pedroso - CMPA
No trajeto pela estrada de chão, muito mato e lixo, pontes improvisadas e ruelas  completamente assoreadas.

“Aqui passavam carros antigamente. Hoje o espaço que temos para caminhar é de menos de um metro”, explica Antônio Benites, que cobra a retirada do lixo acumulado na nascente do Arroio Dilúvio e o monitoramento da vegetação existente na barragem, conhecida como marrequinhas do banhado.

Barragem ainda está tomada de marrequinhas
 A preocupação dos moradores é pertinente e é respaldada pelo vereador Adeli Sell. “Essa represa, tomada de vegetação e toneladas de aguapés, poderá se romper assim que uma chuvarada atingir Porto Alegre e a tragédia, anunciada, ceifará vidas, como ocorreu recentemnete na região serrana do Rio”, disse Adeli.

Este cenário, segundo o parlamentar,  poderá ser evitado com uma ação rápida, eficaz e ousada da Prefeitura.

Calamidades
As enchentes, que preocupam a comudidade da Vila Herdeiros, são resultado de um longo processo de modificação e desestabilização da natureza por forças humanas, que acompanha o crescimento rápido e não planejado da maior parte das cidades.  Antigamente, as várzeas (margens dos rios) faziam o controle natural da água. O solo ribeirinho era preparado para ser inundado nas épocas de cheia, absorvia boa parte da água que transbordava e utilizava seus nutrientes. Hoje, quase todas as várzeas nas áreas urbanas se encontram ocupadas. Também uma imensa área às margens dos rios foi impermeabilizada pelo concreto, o que aumenta o volume de água a ser escoado.

Em áreas rurais ocorre com menos freqüência, pois o solo bem como a vegetação se compromete a fazer a evacuação da água pela sucção da mesma provocando menores prejuízos. Normalmente ocorre com menos força não atingindo consideráveis alturas que provocariam a perda de alimentos armazenados, de máquinas e outros objetos. Já nas áreas urbanas, ocorre com maior freqüência e força trazendo grandes prejuízos. Acontece pela interferência humana deixando assim de ser uma calamidade natural.

A interferência humana ocorre em vários estágios começando pela fundação de cidades em limites de rios, pelas alterações realizadas em bacias hidrográficas, pelas construções mal projetadas de diques, bueiros e outros responsáveis pela evacuação das águas e ainda pelo depósito errôneo de lixo em vias públicas que, com a força das águas, são arrastados causando o entupimento dos locais de escoamento de água (bueiros e galerias).

Nas fotos a seguir, um resumo das reivindicações e pedidos de socorro dos moradores ao Executivo da Capital






Por Tatiana Feldens, Assessoria do Vereador

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O FSM 10 anos depois

Dez anos depois da sua primeira edição, o FSM volta à Africa, em um cenário mundial muito diferente daquele de 2001. Naquele momento a hegemonia do modelo neoliberal ainda era grande, a economia mundial não havia entrado em crise e, principalmente, a América Latina ainda era dominada por governos neoliberais – naquele momento com a exceção dos da Venezuela e de Cuba.

Passada uma década, o mundo mudou. A crise econômica, nascida no centro do capitalismo, levou as maiores potencias à estagnação, da qual ainda não conseguem sair, enquanto os países do Sul do mundo, que privilegiam a integração regional e não os TLCs com os EUA, já a superaram e voltaram a crescer. O modelo neoliberal perdeu legitimidade, embora siga dominante, mesmo se com afirmações em contrario e com adequações.

Apesar disso tudo, por fraqueza de alternativas à esquerda, o mundo se tornou mais conservador ainda do que há uma década. Mesmo a vitória de Obama e o fim desprestigiado de Bush, não alteraram essa tendência. A Europa de Merkel, Berlusconi, Sarkozy, Cameron, das agudas crises com os respectivos pacotes de FMI em Portugal, Grécia, Irlanda, Portugal, virou ainda mais à direita.

A grande exceção é a América Latina, não por acaso o continente da sede original do FSM. Nesses dez anos, concomitante à realização dos FSMs, o continente foi elegendo, um atrás do outro, presidentes com compromissos de construção de modelos alternativos ao neoliberalismo que derrotavam nas urnas. Nunca o continente teve tantos governos afinados entre si e na linha posneoliberal de prioridade dos processos de integração regional no lugar dos TLCs com os EUA e prioridade das politicas sociais no lugar dos ajustes fiscais.

No FSM anterior, em Belém, a presença mais significativa foi de 5 presidentes, todos latino-americanos, afirmando seu compromisso com a construção de um outro possível. Todos marginais da política tradicional: um arcebispo ligado ao movimento camponês paraguaio, um dirigente indígena boliviano, um intelectual do pensamento critico equatoriano, um líder militar nacionalista venezuelano, um líder sindical brasileiro

Os 5 representam um movimento mais amplo – que inclui também a Argentina, o Uruguai, El Salvador – que constrói os únicos processos de integração – Mercosul, Unasul, Conselho Sulamericano de Defesa, Banco do Sul, Alba, União dos Povos Latinoamericanos – que fez com que esses países tenham avançado significativa na sua recuperação econômica, na diminuição das desigualdades sociais, na extensão dos direitos sociais a toda sua população, na afirmação de politica externas soberanas. A América Latina tornou-se a única região do mundo em que governos se identificam com o FSM e avançam na superação do neoliberalismo.

Propostas do FSM conquistaram espaços nesta década, entre as quais talvez nenhuma como o software livre, como instrumento do direito universal à comunicação. Alguns governos adotaram modalidades de regulação sobre a livre circulação do capital financeiro. A recuperação dos recursos naturais privatizados – entre eles a água – foi realizada por governos latino-americanos. A ideia de que o essencial não tem preço, generalizando direitos a todos, tem ido igualmente praticada por governos posneoliberais na América Latina.

Mas, infelizmente, a crise econômica geral não foi capitalizada por alternativas progressistas em outras regiões – especialmente na Europa. Outros temas do FSM tampouco conseguiram avanços, por falta de forças politicas, com arraigo popular e capacidade de liderança, que pudessem transformá-las em políticas concretas.

Onde isso foi possível, onde se deram avanços reais na construção do outro mundo possível, foi quando a força social – de massas – e ideológica – de propostas – conseguiu se transformar em força política concreta, disputar o poder do Estado e, a partir daí, colocar em prática governos de superação do neoliberalismo. Em distintos graus, isso se está dando na Bolívia, no Brasil, na Argentina, na Venezuela, no Uruguai, no Equador. Porque medidas que superem o neoliberalismo, como a recuperação da capacidade do Estado para induzir o crescimento econômico, para garantir e estender direitos sociais, para defender a soberania nacional, para regular a circulação do capital financeiro, entre outras medidas.

Por isso o outro mundo possível, que tem necessariamente que transcender da esfera social para a politica, encontra nos governos posneoliberais da América Latina seus pontos mais avançados. Enquanto que forças que permanecem auto-recluídas na resistência social, se enfraqueceram, perderam transcendência ou até mesmo desapareceram, sem conseguir colocar em prática concretamente formas de superação do neoliberalismo.

O FSM do Senegal se dá nesse marco politico geral. No anterior, há dois anos, predominou uma certa euforia ingênua e espontaneísta, de que o neoliberalismo – e até mesmo o capitalismo – estariam chegando ao seu final. Estes dois anos reforçaram o argumento de que, sem construção de forças politicas capazes de dirigir processos concretos, que passam pelos Estados – os existentes ou os refundados -, não haverá avanços ou pode até mesmo acontecer retrocessos.

O outro mundo possível está sendo construído concretamente na América Latina, mediante diferentes modalidades de governos posneoliberais , que devem consistir na referência mais rica – nas suas realizações, no seu potencial e também nos seus impasses – para avançar nos ideais que o FSM representou há 10 anos. Mas que, se não superar ele mesmo os limites que se autoimpôs, ameaça seguir girando em falso, dissociado dos processos realmente existentes de construção do outro mundo possível.
Postado por Emir Sader às 08:53

Júlio Quadros propõe homenagem a Jeferson Gonçalves da Silva

PROJETO
Por: Vera Daisy Barcellos -MTB 3.804 / PT
Data: 27/01/2011 Hora: 14:03

Foto: Divulgação / Vera Daisy Barcellos - Gab. Dep. Júlio Quadros PT

O Deputado Júlio Quadros (PT) entregou nesta quinta-feira, 27/01, na Câmara de Veradores de Porto Alegre, um manifesto ao vereador Adeli Sell, presidente do PT/POA, no qual os moradores da Vila Tecnológica, Bairro Navegantes, sugerem que seja posto o nome de Jeferson Gonçalves da Silva, 15 anos, a uma praça dessa vila, como simbolismo de pedido de maior segurança pública para o local. O adolescente foi assassinado em julho de 2009 quando participava de atividades da Escolinha de Futebol, criada por seus pais, voltada para inclusão social de crianças e jovens. O gabinete do vereador petista acolheu o pedido e garantiu ao deputado que será elaborado um projeto de lei, que antes de ser encaminhado à votação, seguirá os trâmites legais com envios de requerimentos às secretarias do Planejamento Municipal e do Meio Ambiente (Smam).

VENHA CONHECER: Sede municipal está de cara nova

Um espaço renovado, mais bonito e cheio de atrativos. É assim que está a nova sede do PT de Porto Alegre, localizada na Av. João Pessoa, 785. Diversas melhorias começaram a ser implantadas no ano passado, a começar pela infra-estrutura. O prédio foi todo pintado: interna e externamente. O forro de todas as dependências foi trocado e os banheiros arrumados. A placa em homenagem ao companheiro e amigo José Eduardo Utzig - militante político com destacada participação no Partido dos Trabalhadores foi restaurada e aumentada de tamanho.

Também foi criado um espaço de lazer no andar térreo, ao lado da loja do PT, com a disponibilidade de um mini-bar e um cyber-café. Já nos fundos do prédio, ainda em construção, está o Centro de Eventos, equipado com churrasqueira, mesas e demais utensílios domésticos. No andar superior, além de novas salas de reuniões, com mesa, cadeiras e ventilador, foi criada uma Biblioteca, com mais de 5 mil exemplares de livros.
Conheça nossas dependências


Cyber-café e mini-bar
Além de um computador para uso comum, o cyber-café dispõe de acesso gratuito à internet. Há mesas e pufs no local. Portanto, é só chegar com o seu notebook e navegar. E se você ficar com fome ou com sede, o nosso mini-bar oferece guloseimas doces e salgadas, além de cafés e bebidas geladas.

Salas de reuniões
A sede municipal dispõe de 4 salas de reuniões. A maior delas tem capacidade para mais de 100 pessoas. É lá que está localizada a placa em homenagem a José Eduardo Utzig e as 40 fotografias tiradas durante a campanha e que integram a exposição Retratos de Campanha. Para utilizar os espaços, basta entrar em contato pelo telefone 3211-4888 e agendar sua reunião.


Centro de Eventos
Embora ainda em construção, o Galpão Crioulo foi idealizado com o propósito de ser um local descontraído de reuniões e confraternizações partidárias.

Biblioteca
Prevista para ser inaugurada na próxima segunda-feira à noite, a Biblioteca é destinada à leitura e à troca de conhecimento. A sala, localizada no segundo andar do prédio, dispõe de computador com acesso à internet, TV, DVD, mesa para estudos, além de cerca de 5 mil exemplares de livros, todos doados ao partido.


Loja PT
Aqui você pode encontrar produtos da marca do PT. Camisetas, bonés, bandeiras, canetas, livros entre outros itens podem ser adquiridos no espaço. 

A sede funciona das 8h da manhã às 20h da noite e está sempre disponível e receptiva a todos militantes e simpatizantes.

Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA

Grupo de vereadores visita Vila dos Herdeiros nesta sexta-feira

Preocupado com a situação das áreas de risco em Porto Alegre, o vereador Adeli Sell propôs que um grupo de vereadores fosse visitar a Vila dos Herdeiros, na Lomba do Pinheiro, considerada hoje a mais perigosa área da cidade. A presidente da Câmara, vereadora Sofia Cavedon, e os membros da Mesa aceitaram uma visita ao local. A ida ficou agendada para esta sexta-feira (28/01), às 9h30min.

Adeli espera que, com o decreto assinado ontem pelo prefeito José Fortunati, a Vila dos Herdeiros possa ser a primeira área a ser contemplada com a ação do Executivo. "Saudo a iniciativa do prefeito e pretendo colaborar com Fortunati fazendo vários dossiês. Um deles está sendo preparado sobre a também grave situação da Vila Pinto, com vasta documentação fotográfica", afirmou.

Assessoria do Vereador

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Problemas de gestão na SMAM

26/01/2011
Plenário

Comissão Representativa / Comunicações

Os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas nos tempos de Comunicação da reunião da Comissão Representativa desta quarta-feira (26/1):
CONDUTA - Adeli Sell (PT) disse considerar péssima a gestão do secretário Professor Garcia frente a Smam. Falou sobre a manifestação do dirigente que teria sido mal educado durante participação em programa de rádio local. “Ele prevarica não multando empresas além de perseguir funcionários”, afirmou Adeli ressaltando ter provas sobre o que disse. Falou ainda que a Vila Pinto está em estado de calamidade pública pela falta de atenção da Smam. “Áreas de risco foram invadidas. É uma tragédia anunciada”. (RA)

(do site da Câmara Municipal de Porto Alegre)

Áreas de Risco

26/01/2011
Plenário

Comissão Representativa / Lideranças

Durante a realização da Comissão Representativa desta quarta-feira (26/1), os vereadores de Porto Alegre utilizaram a tribuna para tratar dos seguintes assuntos:

RISCO - Adeli Sell (PT) comentou sobre os problemas das comunidades que vivem em áreas de risco em Porto Alegre. "Com qualquer chuva, muita gente fica vulnerável na Vila Pinto, por exemplo. Além disso, a proliferação de ratazanas e moscas está cada vez mais forte por lá", anunciou ao convidar os vereadores para fazer visitas no local e também na Vila dos Herdeiros que também sofre com as chuvas. "São moradores que vivem na iminência de uma tragédia, à beria de um riacho que enche a cada tempestade". De acordo com o vereador, todos os dias seu gabinete recebe demandas da cidade acerca das áreas de risco. (ES)

(do site da Câmara Municipal)

Adeli busca parcerias para tratar da proteção aos animais

Adeli visitou o gabinete da primeira dama ontem (25.01) à tarde

Sabendo do interesse da primeira dama do Estado, Sandra Genro, em trabalhar pelo bem-estar dos animais, o vereador Adeli Sell foi até o seu gabinete, no Palacinho, para discutir políticas públicas de proteção a animais domésticos e selvagens.

Adeli propôs a realização de um amplo trabalho de conscientização em Porto Alegre, principalmente no que se refere à retirada gradativa dos cavalos utilizados por catadores de lixo, estabelecendo parcerias junto à Secretaria Estadual do Trabalho. Sugeriu, também, uma ampla campanha de educação pelos animais nas escolas, visando incentivar a adoção e não a compra de animais; campanhas de castração e de enfrentamento à proliferação dos animais de rua.

De acordo com o vereador, sua proposta visa realizar um trabalho inter-governamental, no qual Sandra Genro será a grande articuladora da relação entre os poderes: Governo do Estado, Prefeituras, Câmaras de Vereadores e ONGs.

Por Tatiana Feldens, Assessoria do Vereador

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Artigo (Adeli Sell) - Porto Alegre já foi melhor

Lixo espalhado pelas ruas, focos e monturos de sujeira nas esquinas, praças tomadas com matagal e abandonadas nas mãos de traficantes, calçadas quebradas, monumentos pichados, ruas esburacadas, ônibus atrasados e lotados em pleno período de férias e, pior de tudo, áreas de risco na iminência de serem levadas por alguma enxurrada.

Pior sim, porque a maioria do povo não vê, quando vê não observa, pensando que nada vai lhe acontecer. Sim, aqui talvez nenhuma mansão venha abaixo com chuvas, mas a casa de sua empregada pode, do porteiro, do segurança também. São centenas e centenas de pessoas que vivem em áreas de risco em Porto Alegre sem que o poder público tenha uma efetiva política de remoção e realocação destas pessoas.
Urge a Prefeitura determinar um espaço para que, através da política da Minha Casa, Minha Vida, haja um plano específico para as áreas de risco.

Já disse da Tribuna da Câmara que uma tragédia se anuncia na Vila dos Herdeiros, onde a barragem da Lomba do Sabão, existente há 60 anos, pode estourar com facilidade, pois nunca recebeu restauros ou cuidados maiores e porque o seu leito está tomado de uma erva que muitos chamam de marrequinhas que, por seu volume, são levadas pelas águas das chuvas, detonando com o volume e força tudo o que houver pela frente. Foi assim há algum tempo com o pontilhão ali existente, com algumas casas que foram arrasadas, tanto que nove famílias foram removidas, mas muitas famílias praticamente moram em cima do valão que ali esgota a água da barragem. O local está tomada dessas ervas mortas que trancam a passagem de águas, o lixo vai se juntando e acumulando, anunciando a tragédia.

Não é um caso isolado. Nas áreas públicas da FASC temos duas áreas de risco. Na Vila Silva Paes uma pedra maior do que um casa ameaça levar pela frente mais de uma dezena de casas. Na Glória, nas últimas chuvas houve desmoronamentos e pavor na comunidade.

Recebi contatos de outras comunidades como na Vila Pinto, Partenon, Vila Nova etc. Tenho percorrido estes lugares, fotografando, pois fotos não mentem, montando dossiês de cada local, mostrando à Prefeitura e aos gestores de plantão os riscos que estamos sofrendo na cidade.

Insisto em algo grave, porém menos grave; que tem importância, apesar do desdém do poder publico local: lixo espalhado pelas ruas, focos e monturos de sujeira nas esquinas, praças tomadas com matagal e abandonadas nas mãos de traficantes, calçadas quebradas, monumentos pichados, ruas esburacadas, ônibus atrasados e lotados em pleno período de férias.

* Vereador e presidente do PT-POA

Adeli quer prefeitura em ação nas áreas de risco

O vereador Adeli Sell visitou na tarde desta última segunda-feira (24.01) mais uma região de risco em Porto Alegre: a Vila Pinto, localizada no bairro Bom Jesus, na zona leste da capital. Os casos mais comuns detectados pelo parlamentar são de famílias que moram junto a arroios ou em ruas com esgoto a céu aberto e montanhas de lixo espalhadas pelas ruas.

“A maioria dos arroios viraram valões fétidos, carregados de lixo e entulho. As margens estão repletas de muita sujeira, ratazanas e mosquito e estão colocando em risco a saúde da população pobre desta região”, constatou Adeli, que já providenciou um dossiê e enviou ao prefeito José Fortunati.


Se não houver uma ação imediata da Prefeitura, Adeli promete mobilizar a comunidade de todas as formas possíveis para alcançar o objetivo de limpar os valões e tirar as pessoas destas áreas de risco.



Assessoria do Vereador

Adeli propõe agenda ao secretário de Saúde

O vereador Adeli Sell teve seu pedido de agendamento atendido pelo secretário estadual de Saúde, Ciro Simoni, com membos da Associação Gaúcha de Assistência à Mucoviscidose - Fibrose Sistica - AGAM.

O secretário garantiu que haverá uma política de Estado para todos os portadores desta doença, que muitas vezes não é detectada na primeira infância, causando enormes transtornos de saúde para o portador e problemas para os familiares.

Também foi discutido a possibilidade de se fazer no exame do pezinho a constatação deste mal. "Foi uma reunião muito proveitosa e mostrou o espírito público e solidário do secretário Simoni", disse Adeli Sell.

Assessoria do Vereador

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

RESPOSTA A ALGUNS MÉDICOS SOBRE A FUNDAÇÃO DA SAÚDE

Caros(as) médicos(as),
Tenho recebido varios e-mails de pessoas ligadas ao Simers pedindo que votemos contra a Fundação da Saúde. Pois bem, a pergunta que não quer calar é: por que razões?
Seria inconstitucional. Mas a UEERS, a Universidade Estadual, é uma fundação pública de direito privado, e todos nós temos aplaudido esta instituição e ninguém que eu saiba a tem questionado juridica e legalmente.
Seria uma instituição privada. Ora, nada disto. É pública, mantida com verbas públicas. A contratação se dará após seleção ou concurso público, mas diferentemente do que os estatutários aqui tem títulos e a experiencia e títulos contam pontos. Logo quem já está no ramo e que tem se dedicado à saúde da família com instituições que infelizmente so infernizaram vossas vidas agora terá uma relação legal de trabalho e não terá mais terceirização.
Visitei a Fundação de Novo Hamburgo. Não vi nada daquilo que o Simers acusa aquela instituição. Nâo é perfeita ainda nem aos médicos e nem ao povo, mas todos dizem que foi um avanço.
Assim, para formar minha opinião e voto, quero contestações reais e fatos.
Cordialmente,
Vereador Adeli Sell
99335309
http://www.blogdoadeli.blogspot.com/
www.twitter.com/adelisell

sábado, 22 de janeiro de 2011

Adeli cobra ações contra péssimos serviços na telefonia móvel

As constantes reclamações do vereador Adeli Sell contra os péssimos serviços prestados por empresas operadoras de celular surtiram efeito. Nesta semana, a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou convite do vereador para que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) dê explicações sobre suas ações contra os serviços prestados pela telefonia móvel na cidade. “A Anatel precisa atuar e ser a fiscalizadora desse serviço. Vamos pedir providências”, informou Adeli.

O vereador listou uma série de problemas relatados por consumidores que chegam diariamente ao seu gabinete: chamadas incompletas, negligência por parte da operadora, cobertura precária e falha, dentre outras acusações.

"Estamos ficando horas e horas sem serviços, gastando dinheiro público, para sustentar a incompetência da Claro", disse Adeli ao cobrar uma posição da procuradoria da Câmara para romper o contrato da Casa com a Claro Digital.

“É preciso aplicar punições, para que essas operadoras realmente possam oferecer um serviço de boa qualidade aos seus usuários”, completou o vereador, que está promovendo um abaixo assinado pra entregar ao Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Por Tatiana Feldens, Assessoria do Vereador

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Artigo: Tragédia anunciada em Porto Alegre - Uma barragem pode

Ela fica entre Porto Alegre e Viamão. Na ponta do Parque Saint Hilaire. Se estourar leva toda a Vila dos Herdeiros, na Lomba do Pinheiro, embora. Com algumas enxurradas ali já se foi um pontilhão, foram também algumas casas. Os entulhos ainda estão lá jogados para comprovar. Fotos do passado e do presente não mentem.

Algumas famílias foram retiradas, estão recebendo aluguel social, na espera por uma casa num local seguro. Outras continuam lá à mercê do perigo. Em dias de pouca chuva não passa de um valão esse córrego que, se receber chuvas torrenciais, se tornará violento e não haverá margens para segurar não só a água, que
virá cruel e furiosa, mas toneladas de aguapés e assemelhados.

Como em toda a região em que o lixo ou não é retirado ou não tem educação ambiental, os espaços com sujeira, lixo e entulhos são enormes. Não bastasse esta situação, há plantas exóticas, como três eucaliptos que estão prestes a desabar e matar pessoas.

Ali moram seres humanos. Trabalhadores (as) que vivem o medo toda vez que uma nuvem escura aparece no céu. Sofrem não apenas com a possibilidade das catástrofe naturais. Vivem, também, outras tragédias, como a do mosquito da dengue, ratazanas, toda sorte de peçonhentos, além do fedor insuportável em dias de sol quente, como são os verões em Porto Alegre.

Ali moram seres humanos como aquelas centenas de pessoas que morreram no Rio de Janeiro. Estes que estão ali não moram nestas condiões porque gostam de sofrer. São cidadãos vítimas da falta de governo.

Nossos gestores públicos não tomam nenhuma atitude para transferir estas pessoas para um lugar seguro. São os governantes os maiores culpados por tudo isto.

Esta vila a que me refiro não é de agora. Existe há muitos anos. E o perigo também.

Uma represa de 60 anos, localizada nas imediações, tomada de vegetação e toneladas de aguapés, com uma chuvarada poderá se romper e a tragédia, anunciada, ceifará vidas, como ocorreu recentemnete na região serrana do Rio.

Este cenário poderá ser evitado em Porto Alegre com uma ação rápida, eficaz e ousada da Prefeitura.

Minha parte está sendo feita, mobilizando o povo para mostrar tudo isto e falar com o senhor prefeito.

Eu amo a minha vida como amo a de meus irmãos.

Falei e disse.  E direi mais se for necessário!

*Adeli Sell é vereador e presidente do PT-POA

Tragédia anunciada em Porto Alegre

Comissão Representativa / Comunicações

Durante reunião da Comissão Representativa no Plenário Otávio Rocha, ocorrida na manhã de ontem (20/1), o vereador Adeli Sell abordou sua preocupação com as àreas de risco em Porto Alegre. Acompanhe abaixo a repercussão do tema entre os vereadores.

RISCOS I – Adeli Sell (PT) disse que Porto Alegre tem tragédias anunciadas diante de possíveis catástrofes naturais. "A Vila dos Herdeiros, junto à Lomba do Sabão, está apreensiva. Cada nuvem que aparece causa apreensão na divisa com Viamão. A represa apresenta águas-pé que represam grandes volumes de água e provocam uma enxurrada que leva pontilhões e até casas”, alertou. Informou que a situação não diferente no Jardim Cascata. “Temos várias áreas de risco, como na encosta de morro pertencente a Fase, que tem duas áreas de risco completamente ocupadas”, observou.

RISCOS II – João Dib (PP), sobre os riscos no Jardim Cascata e Herdeiros, lembrou que há 40 anos, quando era assessor engenheiro do prefeito, tentou impedir que ali fosse instalada tal comunidade. Segundo Dib, a associação conseguiu fazer um loteamento, mas que “felizmente” até hoje não ocorreu nada mais grave. “Insisto sempre, inclusive no governo petista, que os morros precisam ser conservados. Não sei por quem foram autorizadas estas habitações. Não sei nem se são áreas próprias destas pessoas. É um problema sério”, registrou.

MARREQUINHAS - Paulo Marques (PMDB) disse que nas margens do arroio da Vila dos Herdeiros existem algas conhecidas como marrequinhas, protegidas ambientalmente, e que têm sido a principal causa das inundações. Sobre as encostas do Jardim Cascata, informou que há monitoramento permanente da Defesa Civil. Disse que cerca de 22 mil famílias de Porto Alegre vivem em situação de risco. Sobre os problemas apontados contra a Smam e Dmlu, observou que o momento climático é propício para o aumento das demandas.

TRAGÉDIA - Carlos Todeschini (PT) alertou que uma chuva em Porto Alegre como a que caiu no Rio poderá causar uma tragédia na Capital. Observou que áreas como os Alpes, na Glória, podem sofrer os mesmos problemas registrados na serra fluminense. "O solo daqui é o mesmo do Rio", afirmou, lembrando que as autoridades estão despreparadas para enfrentar os fenômenos naturais. "Se não houver planos técnicos de reconstituição das cidades, talvez tenhamos a repetição de tragédias."

OCUPAÇÕES - Reginaldo Pulol (DEM) assinalou que Adeli Sell prestou um importante serviço à situação porque alertou seus representantes na Casa sobre a urgência em defender o prefeito José Fortunati (PDT). De acordo com Pujol, o vereador Brasinha (PSDB) defendeu com muita propriedade o ex-prefeito Fogaça. Disse ainda que os morros sempre foram uma preocupação, mas que o principal problema sempre foi a ocupação irregular. “Alguém em sã consciência propõe concretamente que se retire aquelas pessoas de lá”, questionou. “Vão remover as famílias do Morro Santa Tereza”, completou.

Asscom CMPA

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

PT-POA comemora 31 anos do partido promovendo intensas atividades

A Direção do PT de Porto Alegre está preparando um cronograma de festividades intenso para os seus filiados (as). O objetivo é comemorar em grande estilo a passagem dos 31 anos de luta pela democracia e pela inclusão social do Partido dos Trabalhadores, celebrado no próximo dia 10 de fevereiro.

De acordo com a secretária de Comunicação do PT-POA, Michele Sandri, as atividades iniciaram no final do ano passado, com a palestra proferida pelo cientista político André Marenco, organizada pela Secretaria de Formação Política do PT-POA, e com a inauguração da exposição 'Retratos de Campanha', que relembrou através de 40 fotografias momentos, atividades e emoções de 3 campanhas vitoriosas: Dilma, Tarso e Paim.

Para este ano, segundo Adeli Sell, presidente do PT, está prevista a inauguração da Biblioteca, no próximo dia 31 de janeiro, no andar superior da sede municipal (Av. João Pessoa, 785), quando também será lançada a campanha 'Dê um nome para a Biblioteca'. Sugestões já podem ser encaminhadas para o e-mail asscom@portoweb.com.br

No dia 10 de fevereiro, data do aniversário do partido, o Diretório Municipal irá lançar uma nova edição do 'PT Na Rua', com a distribuição do Boletim de Aniversário nas paradas de ônibus e demais espaços da cidade. Durante à noite, um jantar festa estará sendo preparado na Churrascaria Roda de Carreta (CTG 35).

Já no dia 15 de fevereiro, será inaugurado o Centro de Eventos. O espaço, antes absoleto e coberto por matagal, foi todo reformado e instalado atrás da sede municipal. De acordo com Adeli, "a idéia é divulgar nesta noite o nome escolhido para a nossa Biblioteca".

O DM também está organizando um baile, previsto para o dia 18 de março, no Clube Farrapos.

Adeli informa ainda que está reunindo pessoalmente com todas as zonais, núcleos de base e setoriais para discutir no mínimo uma atividade de cada um destes setores. A secretária de Comunicação também acrescenta que dentre as atividades comemorativas, será feito o lançamento do novo site do PT Municipal e do PT Estadual e o Seminário sobre Comunicação: 'Sem comunicação não há democracia'.

Programação de Aniversário do PT31/01 - 19h Inauguração da Biblioteca e lançamento da campanha 'Dê um nome à Biblioteca', na sede municipal (Av. João Pessoa, 785);

10/02 - 8h PT Na Rua distribuição do Boletim de Aniversário do PT (paradas de ônibus, Largo Glênio Peres).

10/02 - 20h30min Jantar Festa 31 anos, na Churrascaria Roda de Carreta (CTG 35-Av. Ipiranga, 5200). Convites a R$ 20,00 e R$ 50,00

15/02 - 19h Inauguração do Centrinho de Eventos do PT POA com a revelação do nome escolhido para a Biblioteca e um delicioso salchipão (Av. João Pessoa, 785 - fundos).

18/03 - 20h Festa 3.1 PT, no Clube Farrapos.

Data a definir lançamento site PT POA e do PT Estadual

Data a definir Seminário de Comunicação

Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

POESIA NO GABINETE

fotos Livia Stumpf

Desde ontem, há mais poesia no gabinete de Adeli. O projeto Cidade Poema, lançado em 2009, tem por objetivo unir a poesia às demais artes. A ideia é permitir um contato direto entre as pessoas e a literatura, através de iniciativas que vão de outdoors a pequenos imãs de geladeira, de minimetragens poéticos a bolachas de chope, de performances teatrais a adesivos ilustrados.
Desde o início, Adeli apoiou o projeto, que tem na jornalista e escritora Laís Chaffe a sua idealizadora.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

PERIGO ANUNCIADO

13/01/2011
Plenário

Comissão Representativa / Lideranças

Durante período de lideranças da reunião da Comissão Representativa da Câmara Municipal de Porto Alegre, na manhã desta quinta-feira (13/01), os vereadores debateram sobre os seguintes assuntos:
13/01/2011
Plenário

Comissão Representativa / Lideranças

TRAGÉDIA - Toni Proença (PPS) disse que o Brasil vive uma tragédia ainda maior do que anunciada. "São mais de 250 mortos, mas a perspectiva é de que haja ainda mais mortes", lamentou. Segundo Proença, não é apenas no Rio de Janeiro que a população está vulnerável a esse tipo de acontecimento. Porto Alegre precisa prestar atenção ao seu redor, temos dois morros ocupados irregularmente. "A nossa sorte é que os nossos morros são feitos de rocha e pedra e deslizam menos, mas isso não exime a nossa responsabilidade", afirmou ao registrar que é preciso regulamentação para esses moradores que vivem em áreas de risco. (ES)
 
TRAGÉDIA II - Adeli Sell (PT) reiterou que se fosse prefeito de Porto Alegre não hesitaria em seguir as recomendações dadas pelo vereador Toni Proença. "O que falta é fiscalização para regularizar as comunidades que se encontram em zonas perigosas", definiu. Segundo o vereador, em Porto Alegre, existem duas áreas que são iminentes de tragédias. "Não podemos nos omitir de enfrentar essa situação, assim como não podemos deixar que o lixo tome conta das ruas, pois eles também são motivo para enchentes", lembrou ao criticar que a municipalidade não tem cumprido a tarefa de recolher o lixo. (ES)