Metro | Porto Alegre | p. 3
Recuperação. Verba do PAC Cidades Históricas será disponibilizada para revitalização do Otávio Rocha, monumento histórico do Centro
Uma das mais importantes obras viárias da capital, que atualmente é monumento tombado pelo patrimônio histórico, receberá R$ 10 milhões para ser revitalizada. O viaduto Otávio Rocha, popularmente conhecido como viaduto da Borges, vítima da passagem do tempo e de recorrentes atos de vandalismo, ganhará uma injeção de recursos após a conclusão do estudo técnico que detalha a necessidade de recuperação. A expectativa é de que o estudo seja concluído em setembro.
A estrutura inaugurada em 1932 é considerada a principal já edificada pela prefeitura, que reconhece a necessidade de urgência nos reparos. Padecendo por problemas de infiltrações e vazamentos, que afligem permissionários do local, a obra está sendo estudada por técnicos da Engeplus Engenharia e Consultoraia. O laudo que pontuará os problemas do monumento tombado será entregue à prefeitura com pelo menos três meses de atraso. “O viaduto precisa de investimentos pesados, não só por fatores estéticos, mas por estruturais. É uma matéria que está há muito tempo na cidade”, relatou o vice-prefeito Sebastião Melo.
Com o estudo técnico em mãos, a prefeitura receberá o investimento destinado do programa do governo federal PAC Cidades Históricas para contratar, mediante a um processo licitatório, a empresa responsável pelas obras de revitalização. A verba é um alento aos comerciantes que trabalham no local, cujas condições afugentam o público. “Chegou o momento de nós restaurarmos o viaduto. Da forma como está, não dá. Quem passa aqui vai ver os esgotos transbordando, paredes pichadas. Chegou ao limite”, relata o presidente da Associação Representativa e Cultural dos Comerciantes do Viaduto Otávio Rocha, Adacir Flores.
Voz aos comerciantes Nesta quinta-feira, permissionários do viaduto, que possui oito estabelecimentos regularizados e com aluguel em dia, farão uma audiência com a prefeitura. O objetivo dos comerciantes é participar ativamente do processo de revitalização do viaduto.
‘Infiltrações generalizadas’ são o principal problema
As inúmeras pichações estão longe de ser o principal problema do viaduto Otávio Rocha, reformado pela última vez em 2002. Segundo o coordenador de Memória da Secretaria Municipal da Cultura, Luiz Custódio, “infiltrações generalizadas” puxam a fila dos problemas que atualmente maculam a imagem do monumento. “O problema principal do viaduto não são as pichações, ou um dos problemas mais visíveis pela população, mas sim os problemas de infiltrações generalizadas, tanto das edificações laterais, como das lajes da escadaria, com uma necessidade de impermeabilização”, afirmou Custódio.
Os estudos técnicos, que custaram R$ 398,1 mil aos cofres municipais, analisam as estruturas de instalações elétricas, hidrossanitárias, telefônicas, de gás, refrigeração e a impermeabilização da estrutura, localizada na Borges com a Duque de Caxias. METRO POA
Um comentário:
Adeli, qual seu e-mail atual? Preciso falar contigo. Abs. Gustavo, SP.
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