Por Adeli Sell
Em 2003, quando titular da Smic - Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio – fui procurado pela direção da Escola do Chimarrão de Venâncio Aires. Eles queriam uma área na Redenção para apresentar seu trabalho, fornecer água quente e vender erva mate.
Como o hábito de saborear o chimarrão é comum ao povo do Rio Grande do Sul, o espaço surgia como alternativa para aqueles que ainda não sabiam fazer um bom chimarrão ou não conheciam a história do produto mais tradicional do Estado. Também era possível aprender sobre os benefícios que a bebida traz à saúde.
Sendo titular e responsável pelo Mercado Bom Fim, optei por ceder espaço no entorno do antigo Escaler. Os eventos dominicais foram um grande sucesso. Filas se formavam para receber além de água quente, orientações de como fazer o “melhor mate”, bem como para comprar erva.
Abrimos, inclusive, a possibilidade de empresas implantarem um sistema de rodízio e fazer o mesmo trabalho. Ou seja, a efeméride não seria apenas para a Escola do Chimarrão, mas para quem quisesse fazer tal atividade.
O grave é que, sem justificativa, os gestores que me sucederam acabaram com o chimarródromo na Redenção. Algumas iniciativas privadas surgiram, mas não tiveram o êxito, como a parceria entre a prefeitura da Capital e a Pepsi, que instalou equipamento que fornece apenas água quente aos freqüentadores do parque.
Por isso, eu não só lastimo como pretendo, com este modesto texto, iniciar uma campanha pela volta do chimarródromo no Parque Farroupilha. Aliás, não só neste tradicional ponto de mateada na Capital, mas também em diversas outras áreas verdes, parques, praças, orla e demais espaços públicos de Porto Alegre.
A cultura e o lazer no Rio Grande do Sul agradecem.
Adeli Sell é vereador e presidente do PT-POA
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