Adeli Sell*
Lei municipal, aprovada em 2008, determina que as carroças sejam gradativamente reduzidas em nossa cidade até sua total extinção, num prazo de oito anos. Mas, para que a lei seja aplicada, é necessário assegurar que as pessoas que fazem uso desse instrumento tenham condições de se sustentar.
Levado por esta preocupação, apresentei projeto, aprovado no dia 7 de abril corrente, que institui o Fundo Municipal para a reinserção de catadores, carrinheiros e carroceiros em novas atividades produtivas e laborais, através de cursos de formação de mão de obra. Com isso, aqueles que trabalham como catadores terão condições de migrar para outros ramos de atividade, garantindo a sobrevivência e dignidade de suas famílias. A aplicação do Fundo, além de beneficiar os catadores, será decisiva para ajudar a resolver o problema do sofrimento dos cavalos na cidade.
Em minha atuação como vereador, tenho me pautado por uma visão de respeito a todos os seres vivos da cidade: pessoas e animais. Por isso, busco instrumentos que disciplinem e aprimorem a vida. Foi nesse sentido que, em 2001, fiz a lei que determina recolhimento de dejetos de cachorros nas ruas da cidade, e agora, a ampliação desta para os cavalos, através de bolsas coletoras, enquanto as carroças não forem retiradas das ruas. Infelizmente, alguns entenderam que isso levaria a mais sofrimento para os animais. Em momento algum pretendi que cavalos fossem submetidos ao uso de “fraldões”, o que seria ridículo e um desrespeito à natureza. O que promulgo é que, ao invés de largados pelas ruas, os dejetos sejam recolhidos em um suporte – que pode ser lona, plástico ou outro material adequado – colocado entre os varões das carroças, sem causar incômodo aos animais nem custos adicionais a seus proprietários. Aos dejetos, será dado fim adequado, que podem inclusive ser utilizados como adubo.
A cidade que queremos, é um lugar onde todos, pessoas e animais, possam viver de forma digna e terem seus direitos respeitados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário