CARTA ABERTA AOS METROVIÁRIOS PETISTAS

Como presidente do PT de Porto Alegre, tenho como obrigação estatutária, mas também por convicção e tradição política, unir o partido. Quando venci o pleito em dezembro do ano passado disse, e continuo a afirmar, que eu serei o presidente da unidade do PT.

Dias atrás, procurei alguns militantes petistas que conheço há anos na Trensurb. A um destes encontros dei publicidade, porque agora tenho uma jornalista que me acompanha e acompanha as questões do PT.

Ato contínuo, uma militante da diretoria do Sindimetrô, filiada ao PT, me ligou reclamando da falta de contato. Em menos de 24 horas estava eu com um encontro marcado. Chegando ao Sindimetrô, percebi que ela havia reunido para me receber vários membros da direção, petistas ou não.

Ouvi, ponderei, me comprometi com os petistas, em primeiro lugar, que iria sim convocar a reativação do núcleo depois de mais e mais conversas, enquanto faria o debate sobre os temas levantados, particularmente em relação aos petistas que estão na direção da empresa.

Não costumo tomar posição sem ouvir todas as partes. Ainda mais sabendo que as relações entre os petistas na categoria andam bem estremecidas, não apenas entre direção da empresa e sua base, chegando também ao fasciosismo entre os militantes do PT em geral. E não seria eu que iria esconder este problema, pois cabe a mim, antes de mais nada, buscar aproximações, acordos e conciliações. Afinal, nós somos um partido político, e partido que se preza busca sempre uma intervenção - a mais unificada possível.

Com aquelas matérias já publicadas no site do partido, e com esta carta aberta que tentarei circular, estou fazendo uma primeira tentativa de abrir um grande debate na categoria, para que ouvindo todos os segmentos, a maioria dos militantes, filiados ou simpatizantes, possamos chegar a um bom denominador comum.

Portanto, nos próximos dias vocês, meus caros metroviários de todas as facções internas, independente de base ou de direção, vão me ver circulando pela categoria, em busca de contatos e debates, para ao final desta jornada termos os militantes todos unidos, como vi em outros momentos memoráveis, onde a categoria fazia seu comitê de campanha, ajudando a garantir importantes vitórias para o nosso partido.

E neste ano que podemos eleger a primeira mulher presidente da República, voltar ao Piratini, bem como eleger uma forte bancada de deputados, quero ver mais uma vez os petistas metroviários unidos, mostrando sua força e sua capacidade de encantar quem estiver no seu entorno.

Adeli Sell

Presidente do PT-POA