Artigo originalmente publicado no Jornal do Comercio desta terça-feira
Se existe uma necessidade urgente na capital dos gaúchos, esta é o monitoramento eletrônico dos táxis. De alguns tempos para cá, não se encontra veículo disponível quando se precisa de um. Mesmo com 3.925 placas ativas, na hora de procurar um veículo em final de tarde ou com chuva, vamos ficar a ver navios. Quer um táxi de madrugada? Cuidado! Sua espera certamente será de mais de uma hora. Mas, finalmente e felizmente, a EPTC promete enviar à Câmara Municipal um projeto de lei prevendo a obrigatoriedade do monitoramento eletrônico dos táxis, forçando-os a rodar pelo menos 12 horas diárias, incluindo no horário de pico. A medida visa, além combater o serviço irregular, proporcionar maior controle sobre a frota. Um táxi pode rodar 24 horas, já que a lei dá o direito ao permissionário de compartilhar o veículo com dois auxiliares autônomos. Logo, não tem desculpa para a ausência de carros nas ruas. Com a fiscalização eletrônica, não será mais possível continuar dando cambalacho, alongando caminhos, e, depois de uma denúncia feita, dizer que não foi assim, pois o trajeto estará registrado no sistema.
Esta medida vem em boa hora, porque um conjunto de denúncias tem sido feito contra o atual sistema. São vendas irregulares de placas, uso de laranjas, licenças na mão de alguns poucos etc. Trata-se de um serviço disponibilizado pela prefeitura e executado por um particular, como são os lotações e os ônibus. Portanto, são serviços públicos que devem servir à coletividade. Eu tenho falado com frequência sobre a precariedade do sistema e da falta de táxis nas ruas. Os retornos são sempre favoráveis às minhas cobranças, por isso, vou continuar lutando por um serviço de qualidade, com controle público que atenda devidamente ao usuário. Mas vou cobrar também da EPTC uma verdadeira fiscalização. Que o poder local também faça a sua parte, revisando os pontos de táxi e concedendo paradas seguras e modernas.
Por Adeli Sell
Professor, escritor e consultor
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