quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Ex-secretário da Smic, Adeli Sell relembra caso de boate irregular reaberta em Porto Alegre por liminar

Mesmo sem condições, cassação de boate em Porto Alegre foi derrubada pouco tempo depois

Um jogo de empurra marca as explicações sobre a tragédia em Santa Maria. Os Bombeiros negam que as falhas fossem de responsabilidade do órgão e afirmam que o estabelecimento podia funcionar mesmo com o alvará de prevenção e proteção contra incêndio vencido. O governador Tarso Genro chegou a desautorizar as manifestações dos Bombeiros. Já o prefeito Cezar Schirmer liberou o acesso a documentos referentes à boate Kiss. Disse que a avaliação das condições de segurança foi atestada pelos bombeiros. O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, divulgou nota oficial. No texto, deixou a entender que a culpa seria dos proprietários do empreendimento. O delegado regional de Santa Maria, Marcelo Arigoni, afirma que a boate funcionava de forma irregular e agora vai investigar também se houve omissão dos órgãos públicos.

Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade na manhã desta quarta-feira (30.01), o presidente do PT em Porto Alegre, Adeli Sell, lembrou de um episódio em 2003, quando era secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic). Na ocasião, ele pediu a interdição da boate Ice, já extinta, por não apresentar condições de segurança para funcionamento. O local tinha apenas uma porta pequena e alvará falsificado. A casa foi fechada e reaberta pela Justiça, através de liminar, no mesmo dia.

"A casa foi reaberta por pressão política, por que o alvará não era legal, era falsificado. A porta de saída também era a mesma da entrada. Mas este não foi o único estabelecimento. Cito este exemplo por que gerou um processo por dano moral, o qual respondo até hoje”, explicou Adeli Sell, ex-secretário da Smic.

Na época, Adeli, que hoje integra o Gabinete dos Prefeitos, fez críticas ao desembargador Luiz Felipe Difini por ter concedido a liminar à boate irregular. Prefeitura foi condenada a indenizar magistrado.
“Fui penalizado por algo que fiz dentro da lei, conforme as normas”, completou.

Com informações do Gaúcha Atualidade

Nenhum comentário: