segunda-feira, 2 de julho de 2012

Trabalho desenvolvido na gestão de Villaverde na Assembleia Legislativa é referência de política inclusiva

Para o professor Adilso, a sociedade precisa  perceber que a luta por acessibilidade não é apenas das pessoas com deficiência
Como andar, circular, trafegar e chegar em tempo e sem dificuldades aos destinos na capital? Os problemas, desafios e soluções para a acessibilidade em Porto Alegre foram discutidos sexta-feira (29), durante mais uma edição dos almoços temáticos, promovidos pelo PT/POA. O evento contou com a participação do chefe de gabinete da Faders (Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para PPds e PPAHs no RS), Jorge Amaro Borges; do professor Adilso Corlasoli, coordenador da setorial do PT de pessoas com deficiência; do motorista de táxi José Cestari; do professor Roger Prestes e do presidente da TVE, Pedro Osório.

Ao salientar a importância da prefeitura capital ter uma central de serviços públicos com condições de acessibilidade universal, o presidente do PT/POA, vereador Adeli Sell, lembrou o trabalho desenvolvido na Assembleia Legislativa durante a gestão do deputado Adão Villaverde na presidência da Casa. “Como parte da campanha ‘A Casa do Povo é de Todos os Gaúchos’, o prédio da Assembleia recebeu piso tátil para orientar cidadãos com deficiência visual, os servidores foram capacitados para lidar com este público, foram produzidos programas de rádio e TV, adesivos, camisetas e uma cartilha com dicas de convivência com pessoas com deficiência”, apontou Adeli.

Na opinião de Jorge Borges, Porto Alegre deve trabalhar para se tornar uma referência de cidade inclusiva, aderindo à Convenção da ONU que trata dos direitos das pessoas com deficiência. “O Brasil é signatário do texto que determina o obrigação dos Estados membros a tomar as medidas apropriadas para assegurar às pessoas com deficiência viver com autonomia e participar plenamente de todos os aspectos da vida, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas”. O professor Adilso alertou, entretanto, que esta condição só vai ser alcançada quando a sociedade perceber que a luta por acessibilidade não é apenas das pessoas com deficiência. “Um ambiente despreparado aumenta a deficiência e afeta a qualidade de todos. Porto Alegre até tem a Secretaria Municipal de Acessibilidade e Inclusão (SMACIS), mas carece de políticas públicas voltadas à inclusão social de pessoas com deficiência”.

Utilizando a linguagem de sinais, o professor Roger Prestes defendeu o engajamento dos cidadãos na construção de uma nova cultura inclusiva. “A legislação brasileira sobre acessibilidade avançou, mas o comportamento das pessoas ainda não assimilou estes novos conceitos. Hoje, aproximadamente 15% das pessoas do mundo inteiro possui algum tipo de deficiência, sendo a maioria refém de discriminação, exclusão e da falta de oportunidade. Porto Alegre, que já foi referência de participação popular também deve dar o exemplo e se tornarr a cidade da acessibilidade", afirmou Prestes.  

Por Luciane Fagundes, Asscom PT-POA

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