Por Adeli Sell, especial para o Sul 21
“Mais governo, mais eficiência” é a palavra de ordem essencial para qualquer governo. Não importa se grande ou pequeno seu espaço geográfico, sua população, morando num grande centro urbano, ou vivendo nos recantos da Nação. Eficiência é primordial quando se trata de um governo local.
Nos últimos 20 anos, pelo menos, a complexidade de governar localmente vem aumentando pois os municípios foram assumindo mais e mais responsabilidades. Lembram do baque da municipalização da saúde? Quem imaginava termos guardas municípais, pagos pelo caixa da prefeitura quando se tem a força da Brigada e da Polícia Civil? Se por um lado a cidade se revela com mais responsabilidades, novos e variados serviços, por outro, a centralização dos tributos continua desigual desde sempre e cada vez mais concentrada no poder central de Brasília.
Por estas razões temos que ter governo local eficiente gerando mais satisfação dos contribuintes, resultado que só será possível com melhores ferramentas de gestão, capacitação de todos os setores do serviço público, a começar pelos quadros intermediários do funcionalismo que tomam decisões o tempo todo e fazem a máquina girar. E aos prefeitos, secretários e gestores de sua confiança se exige planejamento de resultados que só advirão com boa dose de ousadia e atitudes firmes.
Nas cidades, no aqui e agora, mesmo com aumento dos serviços locais, o orçamento é tremendamente precário e por isso, controle na gestão e capacidade organizativa são vitais para a governança. Os gestores devem zerar desperdicios de todas as ordens e neste cenário não é possivel tolerar qualquer ato de corrupção. Este deve ser um processo continuado, sem tropeços, pois uma prefeitura, assim como na iniciativa privada, precisa dar resultados que se traduzem em satisfação do cidadão e do público interno e isso depende também da atenção redobrada a seus servidores, que são o seu maior capital.
Não existe governo de “anúncios”. Até porque anunciar obras e mais obras pode ter menos importância ao cidadão que quer ter resolvido seu problema de esgoto a céu aberto, de não pisar na lama nem caminhar no escuro até uma parada detonada. Quer a creche perto de casa, o posto de saúde funcionando com médicos satisfeitos, as calçadas padronizadas e transitáveis. Do mais simples serviço público ao mais complexo, a prefeitura ali colocada precisa funcionar! A cidade precisa encantar suas pessoas. A vivência da cidade deve iniciar ao abrir a porta de casa, e quando milhares de cidadãos derem o primeiro passo para fora com satisfação cumpre-se a mais desafiadora meta de um bom gestor público. Não fizemos governo para asfaltar ruas, por exemplo, mas governos para pessoas satisfazerem suas necessidades e ter sua dignidade garantida.
* Vereador e presidente do PT-POA
Um comentário:
Adeli,
Gostei muito do seu texto, realmente este é o caminho...
Precisamos resgatar a credibilidade das pessoas em relação à política, para isso precisamos de pessoas como você, realmente preocupadas com o bem comum.
Grande abraço!
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