sexta-feira, 11 de maio de 2012

Pedro Osório fala sobre as dificuldades financeiras da Fundação Piratini durante Almoço Temático no PT


A Nova TVE e a democratização da comunicação foi o tema da última edição do Almoço Temático, realizado quinzenalmente pelo Partido dos Trabalhadores de Porto Alegre na sede municipal. O diretor-presidente da Fundação Piratini, Pedro Luiz da Silveira Osório foi o palestrante da atividade, mediada pelo dirigente municipal do PT, vereador Adeli Sell.

Falando para um público heterogêneo, formado em sua maioria por militantes, lideranças políticas, profissionais da comunicação e quadro técnico da Instituição, Osório fez um breve diagnóstico da Fundação, que segundo ele, está sucateada e operando com 40% do quadro previsto de servidores. “Nos últimos anos, durante a transição tecnológica, não foram feitos investimentos”, lamentou. Segundo ele, os equipamentos não foram substituídos para enfrentar essa nova fase. “Precisamos literalmente de uma estação nova para podermos transmitir por sinal digital”, afirmou.

Osório contou que quando assumiu a Fundação encontrou pessoas desmotivadas, dívidas junto ao Ministério Público do Trabalho no valor de R$ 43 milhões, equipamentos com tecnologia ultrapassada, ambiente deteriorado e falta de investimentos. “Detectamos também deficiência de gestão, conteúdo editorial em parte terceirizado, falta de promoção dos programas da emissora, defasagem na Internet e ausência nas redes sociais”.

Sobre o quadro de funcionários, admitiu que é insuficiente. “Muito do que temos hoje devemos à dedicação dos poucos servidores que restam”. Ele comunicou que o Estado está fazendo a reposição de 59 funcionários pelo período de dois anos. “Hoje operamos com 1/3 dos servidores, mas estamos organizando um concurso público para os próximos anos.”

Ações
Os problemas aos poucos foram sendo solucionados. Após acordo judicial com o MPT, a Fundação conseguiu reduzir a dívida de R$ 43 milhões para R$ 223 mil, a serem permutados por mídia. Outra ação tomada por Osório diz respeito à gradual retomada da rede de retransmissores da TVE pelo Estado, aliado ao retorno das tratativas para a rede da FM Cultura com rádios no interior.

A equipe também está reformulando os programas, promovendo estréias e aumento significativo de horas da programação na rádio e na TV, especialmente no que diz respeito à área jornalística. A valorização dos servidores, o reajuste salarial com índices inéditos e a retomada de treinamentos e parcerias com instituições de ensino estão sendo providenciados.

A área física da fundação foi reestruturada. “Hoje temos novas mesas e cadeiras, estúdios da rádio recuperados. Consertamos as centrais de ar condicionados e criamos novos espaços para terceirizados”, informou.

O grande desafio para o futuro será migrar a TVE para o sistema digital. Isso implicaria num investimento de R$ 15 milhões. “A lei determina a migração até o final de 2013, sob pena de perdermos o sinal. Não temos saída”, explicou Osório. A programação da TVE também será alterada. Estão previstos novos projetos, transmissão com libras, cenários e vinhetas reformuladas.

Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA

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