terça-feira, 9 de outubro de 2012

Adeli Sell presta homenagem ao jornalista Daniel Herz


Assim como ocorreu recentemente com o jornalista Humberto Andreatta e a educadora e ambientalista Marlova Finger, o vereador Adeli Sell (PT) irá denominar, no próximo sábado (20.10), às 10 horas, a Praça 3140, ainda não cadastrada, no bairro Rubem Berta, como Praça jornalista Daniel Koslowsky Herz. A escolha do homenageado partiu da iniciativa de amigos e jornalistas, companheiros em sua trajetória pela democratização dos meios de comunicação.

“Trata-se de uma justa homenagem ao grande militante, professor, sindicalista, escritor, estrategista político, pesquisador e empresário que Daniel Herz foi. Soma-se a isso o fato de ter sido um excelente jornalista, pesquisador e militante incansável pela democratização da comunicação, tendo contribuído decididamente para a maneira de se pensar a comunicação brasileira”, observou Adeli Sell.

A praça que ganhará o nome de Daniel Herz está localizada na rua Paulo Renato Ketzer de Souza com rua José Miguel da Conceição, Zona Norte da cidade. O local é referência importante para a comunidade, sendo utilizada para esportes e lazer.

Trajetória
Daniel Koslowsky Herz nasceu em Porto Alegre, em 29 de dezembro de 1954, filho mais velho de Ada Koslowsky Herz e Walter G. Herz. Foi um dos fundadores do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e é referência para os movimentos por uma comunicação mais democrática. Daniel formulou um novo modo de se pensar a comunicação no Brasil, pois via a comunicação como um instrumento para criar novas relações sociais.

Tornou-se diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Rio Grande do Sul em 1992, aos 37 anos. Sua contribuição foi fundamental em diversos aspectos, principalmente depois que passou a atuar, no mesmo ano, também como diretor da Federação Nacional dos Jornalistas.

Durante a Assembléia Nacional Constituinte, a ação da Fenaj e de outras entidades reunidas na Frente Nacional por Políticas Democráticas de Comunicação conseguiu arregimentar em torno de um bloco de propostas avançadas uma pauta democrática para a discussão da comunicação social do ponto-de-vista constitucional. Não por acaso, o amadurecimento das ideias ali negociadas foram parar em um documento histórico, aprovado em Congresso dos Jornalistas em maio de 1991: Propostas dos Jornalistas à Sociedade Civil. Boa parte da perspectiva contida neste documento serviu de alavanca para a estruturação do FNDC, que surgiu no mesmo ano.

Foi um dos idealizadores do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, do qual fez parte.

A participação de Daniel na formulação do Programa de Qualidade do Ensino do Jornalismo e nas teses de congressos, que determinaram o posicionamento vanguardista da Fenaj sobre democratização da comunicação e conjuntura internacional, são contribuições que também ajudaram a fundar um perfil ético e moral para a categoria dos jornalistas brasileiros. Para Daniel, mais do que um profissional o jornalista era antes de tudo um cidadão.

Desbravador das discussões sobre a democratização da comunicação, nos anos 1970, quando das discussões preliminares sobre a entrada da TV a cabo no Brasil, Daniel ampliou e qualificou o debate mostrando que a comunicação ia além da técnica ou do domínio de uma ferramenta, e era também política. A Lei do Cabo foi uma das suas principais realizações, pois disciplinou os serviços de TV por assinatura a cabo, criando os canais comunitários, universitários, públicos e legislativos e adotou os conceitos de universalização dos serviços, compartilhamento de infraestrutura e controle público.

Daniel faleceu em Porto Alegre, em 30 de maio de 2006, por complicações do mieloma múltiplo.

Por Tatiana Feldens (reg. Prof. 13654)
Gab. Ver. Adeli Sell

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