quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

BYE-BYE CASAS BAHIA (II)

Vocês lembram da perda da Ford no Rio Grande do Sul, durante do governo do PT? Claro, todos se lembram. Menos a grande mídia local. Tudo era culpa do PT. Agora, as Casas Bahia se vão, acusam a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul da Governadora Yeda, mas a culpa para a maior parte da mesma mídia local foi a falta de sotaque gaúcho.

Sim, é óbvio que falou sotaque gaúcho, na marca, naquela publicidade chata, grosseira, de enlouquecer pessoas com um mínimo de sanidade.Faltou ao empreendedor um conhecimento maior do mercado, especialmente do consumidor gaúcho. Nosso consumidor prefere consumir produto de qualidade mínima do que consumir juros sem fim embutidos num produto de quinta categoria.

Mas vamos ser claros,mesmo fazendo dura oposição ao atual governo, tenho a convicção que a Secretaria da Fazenda agiu certo. Pois, chega de sonegação. Chega de enrolação. Vamos pagar os tributos como todos pagam. Há pouco o Wall Mart teve que recuar de uma posição de privilégio obtida na Justiça, por causa da pressão e das denúncias iniciadas pelo meu colega Mauro Pinheiro.

Finalmente, a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul tomou uma atitude corajosa e acabou com a farra do Wall Mart.

Não se trata de preconceito contra os empreendimentos estrangeiros, desde que respeitem nossas leis, não persigam funcionários sindicalizados, respeitem nossos cidadãos e de modo especial o Código de Defesa do Consumidor.

Vimos agora o profundo desrespeito com que as Casas Bahia tratam nosso povo. Fecharam as lojas, não avisaram os seus clientes, como não avisaram os que já pagaram por produtos ainda não recebidos.

Seria de bom alvitre que o Procon-Poa tivesse uma ação ousada, buscasse auxílio na Procuradoria especializada do Consumidor de nosso Ministério Público. Deveriam o sindicato dos empregados e o patronal chegar a um acordo de uma imediata busca de colocação destes demitidos em outras lojas locais. Realizar um trabalho para não apenas garantir empregos, mas buscar novos empregos.

De resto não ficaremos com saudades das Casas Bahia, pois aqui temos lojas de alta qualidade, de empreendedores locais, de famílias tradicionais, só para citar os Colombo e os Manzoli nesta área. Como poderia citar o Zaffari na área mercadista e as redes Aampa, Unisuper, Unimax entre outras.

Neste caso, mesmo como catarinense, mas gaúcho por adoção, prefiro o sotaque local do que o embuste externo, seja nacional ou internacional.

ADELI SELL – Vereador do PT, POA.


Um comentário:

Jean Scharlau disse...

"Tchau, Casas Bahia! Ou: Muito barulho por nada.

Há 5 anos a Casas Bahia, que é paulista, veio com toda a vontade de faturar R$ no RS. Inaugurou 4 lojas em outubro de 2004, e chegou a ter 27 lojas por aqui (segundo o Jornal do Comércio), ou 28 (segundo o Correio do Povo e Zero Hora). E desde 2006 as vem fechando. Até o final de 2008 já havia fechado 13 lojas restando então com apenas 14 funcionando, a metade das que há pouco tempo inaugurara. "

Caro Adeli, este é o começo do que escrevi sobre o que acho desse assunto, lá no www.jeanscharlau.blogspot.com

Um feliz ano sem medo para todos nós, é o que desejo.