quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Para Adeli Sell, previdência desafia os seus gestores e o parlamento é um dos culpados


Representando a Câmara Municipal de Porto Alegre, o vereador Adeli Sell foi um dos debatedores do seminário “Previdência Social e Previdência Complementar no Brasil, rumos e desafios” organizado pela revista Voto nesta quinta-feira. A atividade também contou com as presenças do presidente do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPE), Valter Morigi, do presidente da CUT/RS, Celso Woyciechowski, do procurador federal do INSS Rafael Maziero e da integrante do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, Jane Berwanger.

O primeiro painel do seminário sobre Previdência, "Regime Geral da Previdência Social e Regime Próprio de Previdência Social - Um Olhar para o Futuro", focou nos desafios que os seus gestores enfrentam em busca do equilíbrio. O Presidente do IPE explicou ainda que no Estado existem distorções severas no regime. Um dos exemplos é o fato de que 17% dos servidores estaduais recebem acima do teto geral, que é de R$ 3,868, enquanto 83% recebem valor inferior. Porém, os 83% recebem no total um valor menor que a metade dos outros 17%.

Diante dessa situação, ele ressaltou que é fundamental mudanças, como as que foram encaminhadas pelo governo e aprovadas pelos deputados neste ano. As medidas têm basicamente três finalidades: sustentabilidade do regime previdenciário; manutenção da previdência pública (garantindo os direitos dos atuais servidores); e a solidariedade quando todos os trabalhadores contribuem para o sistema.

À tarde, Adeli acompanhou a palestra do senador Paulo Paim
Adeli avaliou o tema como bastante oportuno, uma vez que uma nova crise financeira atinge países emergentes como os da Europa. Citou a crise vivenciada pela Grécia como um filme de terror que a previdência brasileira não precisa passar. "Não quero olhar para o futuro e ver um filme de terror. Quero ter a segurança de que quem contribuir hoje será beneficiado amanhã”, afirmou ele, apontando ainda a necessidade de os sindicatos trabalhar de maneira mais atuante em relação ao tema da previdência.

O vereador também fez uma mea culpa sobre o comportamento parlamentar quando se trata de previdência. “Um parlamentar que tem compromisso com o futuro e não com a próxima eleição precisa resolver alguns problemas previdenciários. Somos os verdadeiros responsáveis pelo colapso do sistema previdenciário”, afirmou.

Por Tatiana Feldens (reg. Prof. 13654)
Gab. Ver. Adeli Sell

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