Em Amsterdã, 91% da população tem pelo menos uma bicicleta. (Foto: Amsterdamize) |
Um estudo realizado nos Estados Unidos revelou que cidades preparadas para receber os ciclistas com conforto e segurança têm níveis de qualidade de vida e renda maiores do que aquelas sem infraestrutura para as bikes. A pesquisa foi coordenada pelo especialista em planejamento urbano, Richard Florida, que comparou o percentual de ciclistas em cidades norte-americanas com seus índices de renda e bem-estar.
O resultado mostrou que centros urbanos com boas proporções de pessoas que pedalam para ir ao trabalho têm índices de qualidade de vida superior, assim como uma média salarial maior. Nestas cidades, grande parte da economia se baseia na produção de conhecimento e o grau de instrução dos residentes também tende a ser mais elevado se comparado a cidades que não valorizam o uso da bicicleta.
Analisando as conclusões fica a dúvida: a bicicleta faz bem ou o bem faz a bicicleta? Os dois. É um ciclo, onde um alimenta o outro. Segundo o coordenador Florida, cidades que incentivam e apóiam a cultura da bicicleta tendem a atrair o que ele chama de classe criativa: cientistas, engenheiros, educadores, escritores e artistas.
Além de receberem altos salários, são pessoas produtivas, inovadoras e formadoras de opinião. Conhecendo os benefícios que a bicicleta pode trazer, tanto pessoal quanto ambientalmente, sentem-se atraídas por cidades que incentivam o seu uso. “Bicicletas nas ruas contribuem para a imagem de uma cidade verde e saudável, onde se quer viver”, diz Florida.
Um exemplo é a cidade de Santa Bárbara, na Califórnia. Lá o percentual de ciclistas é 6 vezes maior que os Estados Unidos, a renda per capita é 18% superior e 45% dos trabalhadores são da classe criativa.
By Maria Fernanda Cavalcanti
The CityFixBrasil e Revista Galileu
Fonte: Blog Porto Imagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário