segunda-feira, 25 de março de 2013
Porto Alegre brava e valorosa pode mais
Muito já se brigou pela data do aniversário da nossa capital. Tempo perdido. Como perdidas são as energias da eterna grenalização política que ainda vivemos por aqui. Porto Alegre é uma cidade muito jovem e encantadora, que completa 241 anos neste dia 26 de março.
Mesmo jovem, não temos o direito de desperdiçar um dia sequer do seu futuro com querelas. Hora de olhar para o amanhã, o horizonte luminoso de seu fim de tarde, para no dia seguinte saudar com mais alegria seu alvorecer. Hora de cobrar atitudes de seus governantes, e de seus legisladores também, porque muitas vezes perdem tempo e desperdiçam dinheiro com questiúnculas que em nada vão contribuir com a cidade do amanhã.
Na sua história, apesar das divisões políticas e dos ataques a quem já a governou, há uma linha de continuidade administrativa entre todos os governos. Falseia a história quem tenta mostrar grandes rupturas, mesmo que no campo das ideias tenhamos tido prefeitos tão diferentes.
Isto nos remete a uma reflexão. Nenhum partido, nenhum governante conseguiu realizar tudo o que pregava e pensava. Houve momentos que devemos citar como pontos de possível questionamento à minha tese: as intervenções de Brizola nas telecomunicações e as de Olívio Dutra nos transportes.
Mas estas não tiveram rupturas que pudessem reprovar meu pensamento que, na teoria um oceano poderia separar os contendores que passaram pela Prefeitura, mas, na prática, se resume a algo semelhante ao Arroio Dilúvio.
Esta teoria em si só já traz uma profunda autocrítica a mim, ao meu partido e aos meus governos, pois fomos incapazes de revolucionar o urbanismo em Porto Alegre. Continuamos pobres em nossa organização urbana, desta decorrem as mazelas ambientais, de mobilidade e de ocupação de espaços para a cidadania.
Canto também os Parabéns a Porto Alegre. Mas lanço nos seus 241 vividos uma provação para que os próximos sejam sempre melhores.
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