Tenho acompanhado seu trabalho, que tem se caracterizado pela ação. A maioria dos vereadores fica só no discurso.
Lia a matéria sobre o lixo eletrônico. É uma excelente iniciativa.
Falando em lixo, nos finais de tarde, depois que os catadores reviram as lixeiras, Porto Alegre se transforma em um grande lixão e pela manhã é triste caminhar pelas ruas. Agora parece que será adotada a solução de Caxias do Sul. Estive lá recentemente e não vi lixo nas calçadas.
A construção da vila dos papeleiros, onde está, foi uma decisão política e ideológica. Todo mundo sabe. Hoje tem mais prostitutas e traficantes morando lá do que papeleiros, que venderam as casas e passaram a dormir sob as marquizes da Cristóvão Colombo. O bairro todo se desvalorizou. Penso que a reciclagem do lixo deve ser feita em grandes áreas de depósito, onde haverá moradia decente para os catadores e, principalmente, escolas, para que os filhos dessas famílias não sigam na mesma atividade. A solução é simples: basta trocar, com qualquer construtora, a área da atual vila dos papeleiros pela construção de 15 vilas urbanizadas em local adequado para essa atividade e colocar em prática a idéia de se revitalizar a Voluntários da Pátria com a restauração de seus prédios históricos, lojas, shoppings, moradias e áreas de laser. A entrada da cidade será outra sem que a prefeitura invista um centavo.
Outro problema que está crescendo sem solução é o dos cachorros vadios. Hoje existe uma lei que impede qualquer ação do município contra isso.
É uma questão de saúde pública. O que caracteriza uma cidade de 3º mundo é lixo, poluição e cães pela rua. Minha mãe mora no bairro Belém Velho. Era um paraiso. Hoje não se consegue dormir, tamanha a quantidade de cães latindo dia e noite. Quando os cachorros soltos passam pela rua os que estão presos enlouquecem. Onde está a lei do sossego? O som de um latido ultrapassa 100 decibéis. É preciso ter um limite também para os que tem dono. Com a paranóia da segurança as pessoas enchem o pátio com cachorros e não dão atenção de alimentação e água que eles precisam e a vida dos vizinhos vira um inferno. Existem muitas ongs protegendo os cães, mas nenhuma se preocupando com os latidos, subproduto da falta de educação de seus donos.
Atenciosamente
Flavio Lopes
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