Oposição nervosa com Dilma
Publicado em 22-Fev-2010
A oposição ficou nervosa com o discurso da ministra Dilma Rousseff no 4º Congresso Nacional do PT. Não sem razão. Ela tocou num dos pontos fracos dos tucanos e democratas: o papel do Estado e as privatizações. Sem argumentos para contestá-la, agora, respondem com agressividade, acusando a ministra de mentir. Mas, o fato histórico é que os tucanos embarcaram na onda do Consenso de Washington, na prática neoliberal, e só não levaram o Brasil à ruína pela resistência da oposição sindical, popular e política (o PT à frente) e pela vitória do presidente Lula em 2002. A prova desse embarque está na crise do sistema elétrico brasileiro e nas tentativas de privatizar a Petrobras. Ninguém esqueceu a Petrobrax.
A oposição ficou nervosa com o discurso da ministra Dilma Rousseff no 4º Congresso Nacional do PT. Não sem razão. Ela tocou num dos pontos fracos dos tucanos e democratas: o papel do Estado e as privatizações. Sem argumentos para contestá-la, agora, respondem com agressividade, acusando a ministra de mentir. Mas, o fato histórico é que os tucanos embarcaram na onda do Consenso de Washington, na prática neoliberal, e só não levaram o Brasil à ruína pela resistência da oposição sindical, popular e política (o PT à frente) e pela vitória do presidente Lula em 2002.
A prova desse embarque está na crise do sistema elétrico brasileiro e nas tentativas de privatizar a Petrobras. Ninguém esqueceu a Petrobrax. A impressão digital que deixaram de sua opção pelo Estado mínimo é ainda muito mais extensa: está no abandono dos investimentos públicos na infraestrutura, inclusos aí os setores estratégicos de petróleo, gás, energia, portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e principalmente, o desenvolvimento tecnológico e a área de inovação.
Está no desmonte do Estado, na redução dos salários, no inchaço - via terceirização - dos setores estratégicos da burocracia civil, e no esvaziamento dos órgãos de planejamento e gestão. Ficou patente nas privatizações a preço de banana, sem participação do capital e do Estado nacionais (mas com recursos públicos!), na transformação dos bancos públicos de fomento em comerciais financiadores das privatizações. No esvaziamento do papel da CEF (em suas funções de banco de habitação e saneamento), nas tentativas de privatizar o BB e a Petrobras e na quase liquidação do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
Submeteram o BNDES aos seus projetos de privatização
Tucanos e democratas - estes (ex-PFL) envergonhados do que faziam até mudaram de nome - não estão satisfeitos com esse passado e querem continuar o desmonte. Hoje criticam o papel do BNDES que agora financia nossa infraestrutura e a formação de grandes empresas brasileiras para competir no mercado mundial; nossa indústria, sua inovação e desenvolvimento tecnológico; e as exportações não só de matérias primas, alimentos semi e manufaturados mas também de capital, tecnologia e serviços.
Tucanos e demos nem assim estão realizados. Ao se oporem violentamente à reorganização do Estado e da burocracia civil, às contratações de novos servidores públicos via concurso para os cargos de direção, planejamento, gestão e assessoramento e para prestar serviços à população - médicos, professores, policiais, juízes, delegados, promotores, entre outros - estão contra a retomada do planejamento, contra os projetos de melhoria da gestão pública e o controle e execução das obras
Não escondem o DNA neoliberal e privatista do Estado mínimo, um fracasso em todo o mundo. E atacam essa reorganização com a ferocidade ideológica típica da direita inglesa e americana. Continuam os mesmos.
Um comentário:
Uma análise equilibrada e lúcida da atual situação, com a campanha eleitoral ainda nem iniciada oficialmente!
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