terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Aos patrulheiros das lágrimas de Lula
Sei que sou quase um ignorante para falar de esportes. Mas não sou idiota.
O povo brasileiro exultou por nosso país ter ganhado a primeira peleia das Olimpíadas. Viva o Brasil! Viva o Rio 2016!
Continuamos felizes e aplaudindo a Copa 2014 e a vinda dos jogos para Porto Alegre.
Mas nem tudo é unanimidade. Um jornalista daqui chegou a inventar que seriam gastos 200 bilhões com as
Olimpíadas; na verdade, serão 25 bilhões. Há sempre os que jogam contra, preferem perder por WO e arranjar alguém para pôr a culpa pelo fracasso daquilo que deixou de acontecer. Mas, felizmente, esses são exceção.
As lágrimas de Lula foram também nossas, junto com a explosão de emoção represada em meses de construção de estratégias de um jogo de decisão de campeonato. Oponentes poderosos e competentes se curvaram ao choro emocionado de comemoração de nossa primeira vitória nas Olimpíadas 2016. Se o Brasil tivesse perdido para os Estados Unidos, Espanha e Japão haveria uma patrulha para “bater” no Lula, dizendo que nosso governo é incompetente, que já seríamos perdedores antes mesmo do jogo começar. Não foi assim.
Se o Brasil e o Rio fazem um mau uso das instalações deixadas pelos Jogos Pan-Americanos, vamos cobrar sua devida e plena utilização. Não se pode usar como argumento o uso inadequado de um equipamento para justificar que ele não deva existir. As instalações deixadas pelo Pan estão aí, e devem proporcionar o máximo de proveito aos cidadãos, beneficiando crianças, adultos e idosos com a prática esportiva. Resultado disso é uma população mais saudável, em todos os sentidos. Inclusive do ponto de vista das alternativas de vida. Esporte gera companheirismo, gera energia e vontade de crescer; está na contramão da ociosidade, mãe de tantos vícios e violências.
Vamos repensar nossas políticas públicas. Discutir com o povo, as instituições, as empresas, os governos e os parlamentares que uma nação também se constrói com esportes, lazer e entretenimento. Habitação, saúde e educação serão sempre nossas bandeiras. Bandeiras que não existem isoladamente, pois interligadas se apóiam e complementam.
Já faz muito tempo que deixei de acreditar que o esporte é o ópio do povo!
Adeli Sell
Vereador PT/Porto Alegre
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário