Carlos Aparício da Silva de Aguiar é funcionário da SMAM e trabalha como jardineiro no Parque Marinha do Brasil. É em seu cotidiano que Teixeirinha, como é conhecido por todos, encontra a matéria-prima para construir brinquedos. Embalagens plásticas, celulares, tampas de canetas, pilhas e restos de computador se transformam em bichos e bonecos divertidos.
Esta foi a forma que Teixeirinha encontrou para dar destino à sucata que encontra na orla do Guaíba. Criativo, alia ao seu trabalho a consciência da poluição que estes objetos provocam na natureza. Ao reciclar, dá exemplo de quanto uma iniciativa individual pode contribuir para preservar a natureza, ao mesmo tempo em que chama a atenção para o que acontece: “Nossos rios e lagos não são valas nem lixeiras, por isso recicle", diz ele.
Quando se fala em funcionário público, penso sempre em Teixeirinha. Alguém que vai além da sua obrigação, que faz de sua jornada de trabalho uma porta para a transformação da sociedade. Funcionário que não se limita a juntar o que os outros jogam fora, mas que é preciso refletir sobre esse lixo. Um artista que acredita que sua arte pode ajudar a construir uma nova consciência. É isso que ele faz, com criatividade, inteligência e humor.
Na Semana do Meio Ambiente esta exposição é uma verdadeira provocação àqueles que, ao descartar seus equipamentos por considerá-los inúteis, esquecem que eles não terminam na lixeira, que na natureza sua sobrevida será de dezenas de anos. Teixeirinha ensina isto, ao fazer da reciclagem uma prática diária.
Quem quiser conhecer o trabalho de Teixeirinha tem até o dia 12 de junho visitar a exposição Consciência Ambiental, no térreo da Câmara Municipal de Porto Alegre (Av. Loureiro da Silva, 255).
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