Resultado de uma tese de doutorado defendida em 2011 junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política na UFRGS, a publicação constrói-se sobre a hipótese de que os governos democráticos, através de seus portais na Internet, tornam suas ações mais transparentes e permitem aos cidadãos um maior conhecimento e controle das atividades governamentais.
“Se a Internet enseja governos mais transparentes, podemos tentar forjar a hipótese de que a demanda social por fiscalização e controle sobre governantes poderá aumentar nos próximos anos. A rigor o controle sobre os governantes, mais precisamente sobre os resultados e o desempenho dos agentes públicos, é um tema caro à teoria democrática”, analisa Freitas.
Utilizando-se de uma extensa bibliografia, o autor enfrenta neste livro uma das questões mais urgentes da democracia contemporânea em todo o mundo: a criação de instrumentos que viabilizem maior transparência dos atos governamentais e maior controle dos cidadãos sobre as ações dos governos. Nesse sentido as tecnologias da informação podem contribuir para uma maior interação entre os governos e os cidadãos, gerando novos padrões e mais qualidade para as nossas democracias.
O texto vai além e afirma que as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, ao ampliarem as interações comunicativas na sociedade contemporânea, permitindo uma maior circulação das informações governamentais, podem contribuir para a afirmação de um padrão de democracia menos delegativa e, por conseguinte, mais consoante com as demandas sociais por transparência e controle dos cidadãos sobre os governos.
Sobre o autor
Ilton Freitas é Doutor em Ciência Política pela UFRGS e pesquisador associado do Centro de Estudos Internacionais de Governos (CEGOV/UFRGS). Coordenou o programa de inclusão digital da Prefeitura de Porto Alegre (2001-2004) e atuou como assessor parlamentar na Câmara Municipal. Atualmente trabalha na assessoria de Inclusão Digital do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
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