Equipes da Prefeitura de Porto Alegre e da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) do Rio Grande do Sul isolaram na manhã desta sexta-feira uma parada de ônibus, onde inúmeras pessoas relataram ter levado choques na avenida João Pessoa, uma das mais movimentadas da capital gaúcha. Segundo a polícia, queixas foram registradas desde a madrugada, mas sem registro de feridos com gravidade. Somente por volta das 9h30, técnicos da Divisão de Iluminação Pública (DIP) do município conseguiram liberar o local.
O problema ocorreu a menos de 100 metros de um abrigo, no qual o estudante Valtair Jardim Oliveira, 21 anos, morreu ao ser eletrocutado quando esperava um ônibus, em abril de 2010. Na ocasião, ele se encostou nas grades de proteção da parada, que estavam energizadas devido a um vazamento. Oito pessoas foram indiciadas por homicídio culposo e negligência, entre eles três engenheiros e um eletricista do consórcio contratado pela Prefeitura para prestar serviços de manutenção. Dois engenheiros e dois técnicos da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) também são acusados.
A nova falha, ocorrida no trecho da avenida João Pessoa entre as ruas Luis Afonso e Otávio Correia provocou a interrupção do trânsito no corredor da via e gerou intenso congestionamento. O DIP ainda não confirmou o motivo oficial para o vazamento de energia, mas, a origem do problema seria um cabo solto da rede de alta tensão.
Na investigação policial sobre a morte, foram apontadas falhas no equipamento e na manutenção da rede de iluminação do abrigo. Também foi constatada uma fuga de tensão elétrica de 108 volts, com origem na luminária do poste. De acordo com o inquérito, problemas na instalação do equipamento causaram a energização do poste e o choque que matou a vítima.
Portal Terra
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