segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Boris Casoy, o energúmeno

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Boris Casoy, o energúmeno

Boris Casoy é um energúmeno. Nunca duvidei disso. Aquele seu ar de elefante doméstico a serviço do dono do circo nunca me enganou. Ganha uma montanha de dinheiro para ler letrinhas em movimento e vomitar clichês. Ficou famoso por seu bordão, “isto é uma vergonha”, em que chamava de vergonha o que todo mundo sabia que era uma vergonha, mas passava por cima de outras vergonhas mais delicadas. Minha avó conseguia ser mais contundente. Na virada do ano, Boris virou o fio e mostrou sua carona. No “Jornal da Band”, pensando que não estava no ar, comentou uma reportagem em que garis desejavam um feliz 2010 aos brasileiros. Casoy saiu-se com esta: “Que merda, dois lixeiros desejando felicidades. .. Do alto das suas vassouras... Dois lixeiros... O mais baixo da escala do trabalho”. Uau! É o efeito Ricúpero. Falou, escapou.



Lixeiros realizam uma tarefa indispensável. Dá para viver muito bem sem Boris Casoy. Nada como um bom vazamento de áudio para dar nome aos bois. Esse é o papel da internet: espalhar o que se desejaria manter encoberto. Casoy teve de pedir desculpas para não perder o emprego. Perdeu a face. Quando Lula falou que queria tirar o povo da “merda”, foi detonado por jornalistas em nome da moral e dos bons costumes. Na ocasião, o presidente disse que jornalistas falavam mais palavrões do que ele. Casoy apresentou a prova. A população costuma confundir admiração e visibilidade com confiabilidade. Numa pesquisa feita recentemente, a “culta” opinião pública gaúcha disse que confia mais em Chico Buarque, Caetano Veloso e Roberto Carlos do que em Lula. É uma idiotice completa. Mais ou menos como comparar cebolas com relógios. Como avaliar a confiabilidade de cantores?

Eu admiro Chico Buarque, Caetano Veloso e Roberto Carlos. Mas não confio nem desconfio deles. Eles não são objeto de confiança ou desconfiança. Já apresentadores de telejornal têm uma situação diferente: como confiar ou desconfiar de alguém como William Bonner que apenas lê as informações? Não opina sobre elas no ar. Boris Casoy é outro caso. Opina sempre. Com um episódio dos garis, uma coisa fica provada: Boris não é confiável. Mostrou seu lado mais nojento. Garis, pelo jeito, deveriam existir para limpar a rua por onde Boris passa e nada mais. Não devem ter direito a desejar felicidade aos outros nem, evidentemente, à própria felicidade. Boris deve pensar que só os ricos e os apresentadores de telejornal (ricos) chegam à felicidade. Lixeiros apenas sobreviveriam.



O Brasil adora incensar piadistas repugnantes. Um dos tipos mais asquerosos do país é Juca Chaves, felizmente jogado às traças, cujo reacionarismo pseudo- humorístico só perdia para o de outro tipo nojento e pavão, o insuportável e bizarro Clodovil. Agora, depois da morte do deputado, Chaves encontra, enfim, um parceiro, o elitista Boris Casoy. Eles se merecem. Já temos a primeira gafe “midiótica” do ano. Pelo jeito 2010 terá fartura de “midiocridade” . As retrospectivas serão ótimas. O melhor (pior) mídia está sempre no youtube. Postado por Juremir Machado da Silva - 03/01/2010 10:09 - Atualizado em 03/01/2010 17:16








2 comentários:

BLOG do GUSTAVÃO disse...

REPÚDIO - REPÚDIO
>>>NÃO ADIANTA PEDIR DESCULPAS...Você como jornalista diz: "Vocês já imaginaram se os políticos corruptos somente PEDISSEM DESCULPAS e tudo bem?!?!" Se eu fosse vc, pediria demissão, para não precisar a Band demití-lo...porque a emissora certamente irá perder audiência...porque assistir um telejornal com um apresentador (âncora) preconceituoso....
INFELIZZZ...vc Boris...PISOU NA CLASSE TRABALHADORA...OFENSIVO...vc DEVERIA DE SER PROCESSADO PELOS GARIS... "Isso que é uma vergonha". VC NÃO MERECE A CREDIBILIDADE E RESPEITO QUE CONQUISTOU NÃO...ACHO QUE A POPULAÇÃO DEVERIA DESLIGAR OU MUDAR DE CANAL QUANDO VC FOR APRESENTAR O TELEJORNAL DA BAND...assim a Band o faria tratar as pessoas com mais RESPEITO e DIGNIDADE...
LAMENTÁVEL......"Que vergonha".

Alexandre Luz disse...

Boris Casoy, simplesmente sem comentários.
Pedir desculpa é pouco!