Na década de 1940, para se ouvir rádio era necessário fazer a inscrição de aparelho receptor de radiodifusão no Departamento de Correios e Telégrafos. Mais: além de registrar o aparelho no Correio, era preciso pagar uma taxa de 5 mil réis e renovar essa licença todos os anos, até o mês de fevereiro, ou antes disso se levasse o rádio para outro local. O aparelho só poderia ser usado para fins não comerciais e de modo a não perturbar a recepção de outras pessoas. Por que havia tanto controle? O mundo vivia o pesadelo da II Guerra Mundial e poderia ser por medo de que esse meio de comunicação fosse usado para fazer espionagem. Mas há uma explicação mais óbvia: o rádio era um serviço novo que, como tal, passou a atrair o olhar cobiçoso do fisco. Possuir um aparelho de rádio, uma novidade cara nos anos 40, era uma demonstração de alto poder aquisitivo para os padrões da época. A foto acima reproduz um recibo de pagamento do imposto que era cobrado dos proprietários de aparelhos receptores de rádio. Nele se vê que Heliodoro Moraes Branco (era o Oficial do Registro de Imóveis de Lagoa Vermelha) pagou 5$000 (cinco mil réis) para poder ouvir seu rádio.
Colaboração de Pércio de Moraes Branco, de Porto Alegre
ESTÁ NA ZH DE HOJE, 16.01.10 E A FOTO NÃO APARECE PORQUE NÃO COSEGUI COLAR DEVIDAMENTE
UM DIA APRENDO
ADELI
Um comentário:
Eu tenho um radio antigo com 2 selos de 5 mil réis!...há! e funciona.
Postar um comentário