26, 27 e 28 de janeiro 2010
FSM Grande Porto Alegre – 10 anos
Acreditamos que a cultura não é simplesmente uma forma de expressão das relações e sentimentos humanos, mas que ela está inserida numa trama social que a transforma num poderoso instrumento político. Justamente por estar inserida nesta trama, com repercussões políticas e sociais, não basta apenas que um produto cultural tenha um conteúdo livre, é preciso que o processo de criação e difusão também seja livre, garantindo a todos condições para criar e acessar esse patrimônio cultural comum. A cultura livre é, portanto, um passo na construção de uma sociedade livre.
Nesta perspectiva, convocamos organizações, coletivos e indivíduos para discutir o projeto da cultura livre que queremos no Diálogo Interplanetário de Cultura Livre, que acontecerá durante o Fórum Social Grande Porto Alegre 10 anos, na cidade de Canoas, entre os dias 25 e 29 de janeiro de 2010.
Queremos dar início à construção internacional de um espaço autônomo para a discussão de uma cultura contestatória, que abarque aqueles em busca da emancipação e da liberdade na produção cultural com vistas a um Fórum Internacional de Cultura Livre, no segundo semestre de 2010.
O Diálogo Interplanetário de Cultura Livre já conta com articulações em países como Argentina , Uruguai, Paraguai, e Brasil e está aberto a tod@s que quiserem contribuir. Será um espaço autogestionado de debates e produção cultural, com feiras de livros, shows de música independente, debates sobre a propriedade intelectual, produção cultural, transmissões de rádios e TVs comunitárias, oficinas de software livre e muito mais – ou o que aparecer.
Contamos com sua participação e divulgação!
Acesse a convocatória completa – http://musicaparabaixar.org.br/?p=561
Programação
26/01 – MANHÃ – terça-feira – 10h às 11h30min – Abertura – A cultura como bem comum
Participação:
Christophe Aguiton (França)
Anibal Quijano (Peru)
Fernando Anitelli (Brasil)
Entendemos a cultura não apenas como a forma de expressão das relações e sentimentos humanos, mas também como um poderoso instrumento político. O controle de sua produção e do acesso a ela é elemento essencial para manter a dominação dos povos e a concentração de poder. Reivindicamos uma cultura que não seja apenas gratuita, mas sim genuinamente livre. Livre das amarras do mercado, das imposições do Estado, das limitações econômicas e dos interesses corporativos. Dessa forma, o direito à cultura leva ao direito à produção, circulação, acesso e sua sustentabilidade. Por outro lado, a cultura deveria ser um projeto amplo e como bem comum, aberta a todas(os) e como direito universal.
Horário: das 10h às 11h30min
Local: Parque Eduardo Gomes – Galpão 17
Estação referência do Trensurb: Estação Fátima
26/01 – TARDE – terça-feira – 13h às 16h – Conceito de cultura livre
Colaboração:
Marilina Winik (Editorial El asunto e Universidade de Buenos Aires – Argentina)
Sebastian (Coletivo La Tribu – Argentina)
Gog (Rapper/Música para Baixar – Brasil)
Coletivo Epidemia (Brasil)
A cultura livre é um conceito muito utilizado nos últimos anos para definir as novas formas de democratização da cultura, principalmente por meio das novas tecnologias. Ela pode se referir apenas ao uso das tecnologias para distribuir bens culturais com licenças “livres” de direito autoral ou pode se referir a novas práticas de produção, distribuição e consumo onde se reduz o papel dos intermediários e se tenta escapar das pressões que o mercado exerce sobre a produção cultural. Que cultura livre queremos?
Horário: das 13h às 16h
Local: Parque Eduardo Gomes – Galpão 17
Estação referência do Trensurb: Estação Fátima
26/01 – TARDE – terça-feira – 16h às 18h – Limitações aos direitos autorais: direitos do público em acessar livremente os bens culturais
Participação:
Pablo Ortellado (Gpopai – Brasil)
Beatriz Busaniche (Fundação Via Livre – Argentina)
Guilherme Carboni (Brasil)
José Vaz (Ministério da Cultura – Brasil)
As leis de direito autoral têm evoluido nos últimos trezentos anos no sentido de criar cada vez mais barreiras ao acesso público aos bens culturais. No entanto, a própria legislação prevê exceções e limitações à lei de maneira a permitir usos públicos livres para fins de crítica, ensino, preservação do patrimônio, etc. A atual lei brasileira é uma das piores do mundo no que diz respeito a essas limitações – num estudo comparado de 16 legislações quanto a formas de acesso, é a 3a mais restritiva. Como podemos incluir mais desses direitos públicos de acesso na reforma da lei de direito autoral do Brasil?
27/01 – quarta-feira – MANHÃ – 10h às 11h30min – Processos sociais pela democratização da comunicação: casos da Argentina e do Brasil
Participação:
Natalia Vinelli (Barricada TV e Red Nacional de Medios Alternativos – Argentina)
Amarc/La Tribu/Pulsar (Argentina)
Bia Barbosa (Intervozes – Brasil)
Renato Rovai (Fórum de Mídia Livre – Brasil)
Os meios de comunicação constituem um ator político privilegiado no mundo de hoje. Eles constituem sentido e referência e neste processo contribuem para a formação do imaginário dos povos. A recente promulgação da Lei de Serviços Audiovisuais na Argentina e o recém acabado processo de construção da Conferência Nacional de Comunicação no Brasil contribuiram para visibilizara importância da comunicação e serviram como incentivo para aprofundar o debate sobre que comunicação queremos, os limites das leis, a força dos monopólios e principalmente, a possibilidade de lutrarmos efetivamente por uma comunicação alternativa, democrática e autonoma. Uma comunicação livre.
Horário: das 10h às 11h30min
Local: Parque Eduardo Gomes – Galpão 17
Estação referência do Trensurb: Estação Fátima
27/01 – quarta-feira – TARDE – 12h às 14h – Sustentabilidade e novos modelos de negócios: é possível ser um profissional da cultura livre?
Participação:
Gustavo Anitelli (Música para Baixar – Brasil)
Dan Baron (Arte Educador IDEA – Brasil)
Allan da Rosa (Edições Toró – Brasil)
Dardo Ceballos (Plataforma de música colaborativa Red Panal – Argentina)
Matias Reck (Editorial Milena Caserola – Argentina)
Os maiores entraves ao desenvolvimento da cultura livre são provavelmente as dificuldades econômicas que os produtores culturais encontram para permitir o livre acesso a suas obras e, ao mesmo tempo, garantir a sustentabilidade da sua atividade profissional. Se os produtores abrem mão das receitas do direito autoral, como fazem para sustentar sua atividade? Afinal, o direito autoral já foi em algum momento relevante? E como será no futuro? De que maneira podemos criar formas de sustentabilidade que sejam emancipatórias e que se diferenciem daquelas que já estão sendo experimentadas pela indústria cultural?
Horário: das 12h às 14h
Local: Parque Eduardo Gomes – Galpão 17
Estação referência do Trensurb: Estação Fátima
27/01 – TARDE – 16h às 18h – Troca de experiências – oficinas com a apresentação de experiências de cultura livre de todo o mundo (5 salas)
Salas temáticas – Livros, musica, vídeo, software e comunicação
Apropriação das novas tecnologias para produção de conhecimento e informação e consequente ampliação da comunicação, ciberativismo, midialivrismo, copyright X cultura livre, superacação da propriedade intelectual são questões fundamentais para o processo de um outro mundo possível. Diante disso, faz-se necessário conhcermos as já existentes experiências de cultura livre no mundo. Nesse sentido, é preciso socializarmos algumas de nossas exitosas experiências e que podem servir de base para novas iniciativas.
Para inscrever uma experiência de cultura livre nesta atividade, enviar o nome do grupo/ coletivo/indivíduo com uma breve descrição do tipo de trabalho para marianalie@yahoo.com
Horário: das 16h às 18h
Local: Parque Eduardo Gomes – Galpão 17
Estação referência do Trensurb: Estação Fátima
28/01 – TARDE – 17h às 21h – quinta-feira – Reunião organizativa do Forum Interplanetario de Cultura Livre 2010(reunião de grupo de trabalho)
Nesta reunião, se encontrarão os grupos de cultura livre interessados na organização do Fórum Interplanetário de Cultura Livre que deve acontecer em São Paulo no segundo semestre de 2010.
Horário: das 17h às 21h
Local: Parque Eduardo Gomes – Galpão 17
Estação referência do Trensurb: Estação Fátima
Contato e informações
Para participar da articulação desta iniciativa e receber informações do processo, junte-se à nossa lista de discussão:
culturalivre mailing list
culturalivre@lists.gpopai.org
http://lists.gpopai.org/listinfo.cgi/culturalivre-gpopai.org
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