“Nosso Estado está nas manchetes quase que semanalmente, sempre de forma muito negativa”, destacou Adeli, referindo-se às recentes fraudes envolvendo o leite e a questão ambiental. “Hoje o Estado está muito contaminado”, completou.
O encontro serviu para debater formas de combater a fraude e evitar que a falsificação de combustíveis e óleos lubrificantes venha trazer prejuízos ao município de Porto Alegre e ao Estado do Rio Grande do Sul. “O desafio de vencer a indústria da ilegalidade é bastante robusto e é preciso um conjunto de ações que passem pelo âmbito legislativo, policial, sanitário e de vigilância constante”, sustentou Adeli.
Álvaro Balbinot, presidente do Comitê, atualizou os demais sobre a dimensão do mercado de ilegalidades no País e as estratégias de enfrentamento e controle, além de reafirmar algumas medidas já existentes no combate aos ilícitos nos combustíveis. “Nosso papel é auxiliar o órgão público no combate a estes ilícitos. Avaliamos desde a qualidade do produto, até o prejuízo ambiental que ele pode estar ocasionando”, afirmou.
Mas a preocupação do Comitê não está apenas na defesa do consumidor, segundo informou Andréa Boamar, coordenadora da entidade no Estado. “A sonegação ainda é o nosso grande problema”, disse ela. “Precedido pelas vasão nas bombas”, completou.
Mercado ilegal
A pirataria, de acordo com dados da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), movimenta, em nível mundial, recursos da ordem de um trilhão de dólares, e as projeções futuras são bastante alarmantes. Estima-se que até 2015 o mercado das ilicitudes movimentará cerca de 1,7 trilhões de dólares impedindo a geração de aproximadamente 20 milhões de empregos formais nos 20 países mais ricos do mundo.
O Rio Grande do Sul perde em torno de R$ 44 milhões anualmente só de ICMS, e sofre com o mercado ilegal, especialmente com o contrabando, evasão fiscal e falsificação. Para discutir este tema, Adeli Sell está articulando um grande evento para os próximos meses. “Nossa ideia é reunir empresas e entidades que lutem pela construção de um consumidor legal. Queremos discutir atitudes e ações. Ações claras, contundentes e sem tergiversações. Só assim acabaremos com a bandidagem e o comércio ilegal no Estado e em Porto Alegre", ressaltou Adeli.
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