Consultor e Escritor
O preconceito ao consumo da cachaça já foi muito grande entre nós. Considerada de segunda linha por tempos, tornou-se uma bebida autenticamente brasileira, feita da transformação da cana de açúcar.
Hoje, cachaça só a do Brasil. As outras são "as outras", como aquelas que são feitas de batata doce ou beterraba na Europa. Ou seja, "schnaps" definitivamente não é cachaça.
Da terra do vinho, Bento Gonçalves, os Gabardo (Orestes e Lurdino) tocam um dos pontos mais procurados do Mercado Público de Porto Alegre, a Cachaçaria do Mercado. O pai deles chegou ali em 1950, com sua lojinha de "secos e molhados". Em 62, os Gabardo já estavam com a Banca 38, em franca expansão para se tornar uma referência de bons produtos.
Naquela época já vendiam algumas cachaças especiais e estas sempre apreciadas e adquiridas por um público que sempre busca um diferencial e autenticidade. Em 2008 venderam esta loja a outro empreendedor ousado do Mercado, pessoal da Banca do Holandês. No mesmo ano migraram para a 1ª Cachaçaria do Mercado, em lugar ainda exíguo, no segundo piso. Agora, robusta e vigorosa, reina no 1° andar, entre o Café do Mercado e o conhecido bar Naval.
São mais de 500 rótulos de cachaça oriundos de vários lugares do Brasil |
É sempre bom lembrar que não raras vezes são atropelados pelo grande número de compradores nas sextas, sábados e vésperas de feriados, tanto por turistas como localistas. Com mais de 500 rótulos, a maior parte do RS e de MG, a cachaça pode ser comprada por alguns reais ou por algumas boas dezenas ou centenas deles... E tem em todos os tamanhos. Algumas mini-garrafas, ideais para presentear, levar para o exterior ou mandar para alguém.
A cachaça, outrora temida por seus efeitos nefastos, pode ser consumida como o vinho com moderação, pois não é mais preciso temer para beber. E virou charmoso degustar uma cachacinha!
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