JOSE EDUARDO DUTRA
O presidente do Partido dos Trabalhadores, José Eduardo Dutra, classificou ontem (12) como “medievais” os ataques que a campanha de José Serra vem dirigindo à candidata Dilma Rousseff, numa alusão à época em que, oito séculos atrás, eclodiu no sul da França o processo de perseguição religiosa que passou à história sob o nome de Inquisição.
“É inadmissível que em um país moderno como o Brasil, no século XXI, nós tenhamos uma eleição presidencial que é pautada por temas que podiam fazer sucesso na Idade Média”, afirmou Dutra ao comentar, em entrevista, a decisão da campanha de Dilma de reagir aos ataques dos adversários.
“Nós decidimos que não vamos aceitar calados os ataques da campanha que têm se utilizado de argumentos medievais para atacar. Eles têm uma campanha na televisão, com argumentos políticos, e, ao mesmo tempo, no submundo, no subterrâneo, têm uma campanha com argumentos medievais. Todo mundo sabe disso. Todo mundo que tem computador em casa está vendo isso. Agora nós vamos reagir. Vamos combinar a reação a calúnias e ataques com propostas, porque, afinal de contas, é isso o que o povo brasileiro espera”.
Dilma, também em entrevista, afirmou que está fazendo uma campanha “mais assertiva”, mas não mais agressiva do que a que fez no primeiro turno.
“Eu não usaria a palavra agressiva, eu acho que mais assertiva. Agressiva esteve no primeiro turno, quando houve a campanha de boatos e quando as pessoas que acusavam não apareciam”, afirmou Dilma.
“Eu fui atacada de forma clara. Quem botou claro que eu estava sendo atacada foi a própria imprensa, que registrou em todos os jornais, um mês atrás, a fala da senhora Mônica Serra contra mim. Não era uma fala suave, era que a Dilma era a favor de matar criancinhas. De fato, um absurdo notório. Eu não acusei ninguém de nada. Eu constatei que o que vocês noticiaram está gravado”.
* PRESIDENTE NACIONAL DO PT
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