Prédio em ruínas ameaça desmoronar no centro

Foto: Divulgação Zero Hora

Está para desabar em plena Riachuelo, esquina com Marechal Floriano, um prédio que nós há anos estamos dizendo que vai cair. Mas a Prefeitura não tem coragem de desapropriar. Depois da tragédia, o que vai acontecer??? 


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Um prédio em ruínas na esquina da Rua Riachuelo com a Rua Marechal Floriano que ameaça desabar levou a Brigada Militar a solicitar o bloqueio do trânsito na área nesta segunda-feira. Segundo a Defesa Civil, durante a madrugada moradores de rua teriam violado a interdição do prédio abandonado, e esta atividade pode ter abalado ainda mais a estrutura já frágil, deixando a construção instável.


Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), está interrompida a passagem de veículos na Rua Riachuelo, no trecho de duas quadras entre a Doutor Flores e a Marechal Floriano; na Rua Marechal Floriano, entre a Avenida Salgado Filho e a Rua Riachuelo, e na Rua Vigário José Inácio, também entre a Avenida Salgado Filho e a Rua Riachuelo.


No trecho da Rua Doutor Flores, entre Riachuelo e Avenida Salgado Filho, onde normalmente o fluxo de veículos é permitido em apenas um sentido, o trânsito agora está em duas mãos. Em função dos bloqueios, houve lentidão no tráfego pela manhã.


O prédio histórico de dois andares é inventariado e apresenta problemas há anos. Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), desde 1999 os proprietários já foram diversas vezes notificados e multados até a interdição do prédio, em 2010. De lá pra cá, porém, nada além da instalação emergencial de escoras, realizada pela prefeitura, foi feito para reduzir o risco de desmoronamento, e o passeio público destinado a pedestres ficou impedido pelos tapumes. Pessoas que passam por ali rotineiramente relatam que a situação vêm se agravando.


— Parece que tá desmanchando por dentro. O cabo de aço que colocaram só segura embaixo, por cima está desabando — diz o chaveiro Evaldo Cavalheiro, 52 anos, que trabalhava no prédio e hoje trabalha em uma loja a cerca de meia quadra.


Ele e outros comerciantes que mantinham seus negócios ali há anos tiveram que se realocar por causa das condições precárias da edificação.


A Smov aguarda o resultado da vistoria desta segunda-feira. Diante da falta de providências tomadas pelo proprietário, a secretaria estuda contratar a execução de reforço no escoramento e também a possibilidade de buscar judicialmente indenização pelos custos das intervenções realizadas.


Fonte: Zero Hora