segunda-feira, 8 de abril de 2013
Já se foram 100 dias ...
Em meados de janeiro disse que todos deveriam dar 100 dias para que o governo Fortunati-Melo mostrasse a sua cara, mesmo sendo um governo de certa continuidade. É sempre assim, no início sobram expectativas e esperanças, queiram os partidos que fazem oposição ou não. Passado este prazo, cabe a nós cobrar ações reais do governo. A gestão Fortunati-Melo perdeu preciosos momentos para se aprumar e se firmar diante do povo que os elegeu com mais de 65% dos votos.
Primeiro foi o episódio envolvendo o corte de dezenas de árvores na avenida presidente João Goulart, em frente à Usina do Gasômetro. A medida provocou indignação e atos de mobilização entre moradores. Segundo a prefeitura, a retirada seria necessária para viabilizar uma das obras da Copa de 2014, da duplicação da avenida Edvaldo Pereira Paiva. Se havia premência, necessidade imperiosa, não teria sido o caso de antes comunicar, de chamar a população e explicar? Talvez o plantio de outras em maior número, em locais adequados, pudesse convencer nossos moradores sempre ciosos com nosso verde. A expectativa começou a ser tisnada.
Quando nosso Tribunal de Contas disse que a passagem não deveria passar dos R$ 2,60, a prefeitura afoitamente fez aprovar o aumento pedido pelo setor, passando dos caros R$ 2,85 para o caríssimo R$ 3,05. Diante da pressão, o governo deveria ter sido sensível e chamado todos ao diálogo. Chamou apenas os seus, dando margem para mais desconfiança, para mais ira.
Veio a Justiça e mandou voltar aos R$ 2,85 e o governo disse que não iria recorrer. Então, por que motivos tiveram a pressa de aumentar? Onde ficou a tal certeza de dias anteriores? Outra vacilação. Nova frustração. Expectativas diminuídas.
Promessa de um novo Código de Posturas e de obras em ritmo acelerado e dentro dos prazos são outras obrigações. Como estão? Hora de verificar tudo, par e passo.
Também não tem mais desculpa a demora em propor um novo Mobiliário Urbano, pois a gestão anterior disse que em abril de 2012 teria a solução.
Já as tão propaladas promessas de soluções na saúde básica indicam que ficaram apenas na teoria, pois - mesmo não sendo mais vereador - todos os dias pedem socorro para mim.
Em se tratando de lixo, os contêineres se mostraram sinônimo de atraso e confusão por não disponibilizarem dois tipos de contêineres para separar o lixo orgânico do reciclável. Isto num período em que todos os municípios precisam dar solução aos resíduos, por exigência de Lei.
Déficit? Sim, as finanças vão mal. O software milionário não está funcionando.
Agora, depois de 100 dias, cabe-nos, como dissemos, fazer as cobranças todos os dias.
É o que faremos.
Adeli Sell
Presidente do PT-POA
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