QUE ESCÂNDALO!!!!
Quem tem boca vai a Roma: a incrível "viagem de trabalho" dos funcionários da Emater
No momento em que os deputados da base do governo Yeda Crusius (PSDB) comemoravam na Assembléia a aprovação do projeto criando a Secretaria da Transparência, uma nova denúncia de irregularidades envolvendo integrantes do Executivo era veiculada em uma matéria do jornalista Giovani Grizotti, na RBS TV (vídeo abaixo).
O chefe de gabinete da presidência da Emater, Luiz Antonio Machado Vial, passou quase um mês em Roma e adjacências, de 25 de outubro a 22 de novembro, com despesas pagas pelo Estado, em uma viagem que tinha como objetivo "conseguir convênios, divulgar e buscar patrocínio" para dois eventos da Emater: o Congresso Internacional de Pecuária de Corte e o Fórum O Campo Abre Caminhos. Primeiro detalhe: o congresso foi realizado dia 21 de novembro, antes mesmo da viagem terminar. ?Para esses dois eventos eu não trouxe patrocínio. Isso é verdade?, admitiu Vial ao jornalista.
Sem saber que estava sendo gravado, Vial confirmou que sua esposa, Sandra Martini Vial, também esteve na Europa a serviço do governo. Sandra Martini é diretora da Escola de Saúde e irmã do ex-secretário-geral do governo Yeda, Delson Martini. Num primeiro momento, ele negou que tivessem se encontrado na Itália. Depois, admitiu que passaram um final de semana juntos.
Vial comeu muito bem em Roma. Dinheiro não faltou. A "contabilidade criativa" do governo Yeda trata bem, ao menos, alguns funcionários. Só em diárias para alimentação, o chefe de gabinete recebeu US$ 6.700,00 dólares (cerca de R$ 16 mil). Foram 578 reais por dia para saborear a cozinha romana. Também teve a hospedagem paga pelo Estado e recebeu outros US$ 1.577,00 para gastos com aluguel de carros e combustíveis. O diretor administrativo da Emater, Cilon Fialho da Silva, também viajou a Roma, mas ficou lá oito dias. As explicações dos envolvidos e do presidente da Emater, Mário Ribas Nascimento, são bastante esburacadas e envergonhadas. Ao todo, a expedição a Roma custou mais de R$ 40 mil aos cofres públicos.
A Emater, cabe lembrar, foi uma das primeiras vítimas da política de déficit zero do governo Yeda. Quatrocentos funcionários foram demitidos sob a alegação de falta de recursos. Nada como um governo transparente e com coragem para cuidar das finanças públicas.
Rs Urgente
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