quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Associação dos Proprietários e Inquilinos do Esqueleto da Praça XV procuram Adeli para tratar de revitalização

Lorenzoni, Santos e Adeli conversaram na última
segunda-feira, no café da Praça Otávio Rocha
Sempre atento aos problemas da cidade, Adeli Sell, vereador de Porto Alegre por 16 anos, foi procurado nesta semana por permissionários da Galeria 15 de Novembro para tratar da sua revitalização. Conhecido como ‘esqueleto’ o conjunto abriga comerciantes e moradores, na rua Marechal Floriano quase esquina com a avenida Otávio Rocha, no centro da capital. São mais de 300 unidades inacabadas há 54 anos.

O prédio, conforme o Ministério Público, não tem vedação externa e tratamento para umidade, e as infiltrações estão comprometendo as vigas e deixando a mostra tijolos apodrecidos. “O MP requer a demolição da estrutura, remoção dos escombros e limpeza da área, se constatada a existência de risco iminente de desabamento do prédio”, informa o mandado de intimação entregue ao diretor-presidente da Associação dos Proprietários e Inquilinos das Lojas do Térreo da Galeria XV de Novembro Luís Carlos dos Santos.

Preocupados com a decisão do MP, que conseguiu na Justiça um prazo de 60 dias para que a Galeria apresentasse um laudo de estabilidade estrutural, os permissionários buscam uma solução para o edifício. Santos informa que a entidade está buscando a desocupação dos andares superiores para iniciar a recuperação do prédio, com vistas a realizar a impermeabilização da estrutura, bem como a execução de toda a fachada, incluindo rebocos e colocação de janelas, e o posterior envelopamento do prédio para que seja possível realizar a conclusão interna do edifício.

“As ocupações são de alto risco”, admitiu o inquilino João Lorenzoni, da Cedro Imóveis. “Há luz nos andares superiores graças a um serviço realizado pelos lojistas no andar térreo”, completou.  Desconfiado do perigo que representa aquele prédio de 19 andares inacabado há meio século, Adeli conversou na última sexta-feira com Glênio Bohrer, coordenador do projeto Viva o Centro. Ele garantiu que o prédio não apresenta nenhum problema de segurança estrutural.

O prédio
Atualmente, o térreo é ocupado por pequenos comércios. É a única parte do prédio que tem Habite-se. Os três andares superiores são os únicos habitados, por cerca de 20 famílias, incluindo parte da família Figueiredo, que em 1989 adquiriu grande parte da construção inacabada. Foi quando um Habite-se parcial permitiu a instalação de serviços como água, luz e telefone. Do quarto ao oitavo andares, faltam portas, janelas e piso. A partir do nono, há apenas paredes.

Nenhum comentário: