segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Roubando de nós, nós roubando dos outros


Alguém escreveu que existe apenas um pecado no mundo: ROUBAR! Roubar não é apenas extrair dinheiro ou um bem de alguém. Podemos estar roubando um precioso tempo de outra pessoa ao chegar atrasado a um compromisso devidamente marcado, por exemplo. E como já fui roubado neste quesito. E eu que costumo não me atrasar, tenho o direito e o dever de cobrar, mas como posso reaver o tempo perdido? Roubar, sim, é um grande pecado.

Quando sucumbimos à propaganda de uma comida-lixo – isto não é um “produto alimentício”, diriam àqueles que trabalham pela alimentação saudável – estamos sendo roubados em nossa saúde.

Quando o taxista age de má fé desviando caminhos para prolongar a distância está enfiando a mão no nosso bolso e nos roubando impiedosamente. Vocês viram isto agora com turistas e competidores que chegaram à cidade para participar do Master de Atletismo. Porto Alegre uma cidade que rouba seus turistas.

Pecado é ver o desperdício de alimentos nos bares e restaurantes de nossa cidade, comida que acaba indo para o lixo, mas que poderia estar alimentando quem tem fome. Isto é roubar o próximo de uma forma cruel. O livro que não vamos ler, que está pegando poeira na estante, está sendo roubado daquele que o gostaria de lê-lo.

O ar poluído de todos os dias rouba nossa saúde, tomando uma parte de nossas vidas. As horas-extras não pagas ou mal pagas em nosso trabalho também nos roubam do convívio com nossas famílias. Ou roubam o tempo que eu gostaria de estar em casa, lendo aquele livro que você me emprestou.

Sim, existe um único pecado, assim como li, que estou refletindo agora: ROUBAR.

Roubar a alegria de uma família que espera a volta de um parente de uma viagem, mas que um maluco na contramão roubou do seu convívio, com a morte trágica na estrada. Que pecado capital. Roubar a infância de uma criança é o que faz o pedófilo, o explorador sexual.

Roubar sim é o único pecado do mundo, tinha razão o sujeito que escreveu ou disse isto.

Ou não?

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