segunda-feira, 24 de junho de 2013

Manifestações são legítimas, as reivindicações e os métodos para expressá-las é que precisam ser revistos, opina Adeli

Na foto: Adeli Sell, Lauro Quadros, Edson Brum (PMDB), Celso Bernardi (PP) e Vicente Bogo (PSDB)
Participei hoje pela manhã do programa Polêmica, da rádio Gaúcha, que teve como tema central a pergunta: Você concorda com o movimento "não reeleja ninguém", ou, quem é bom, pode continuar? Para minha grata surpresa, 60% do entrevistados responderam que que quem é bom pode continuar. 

Sabemos que as manifestações são legítimas. As reivindicações e os métodos para expressá-las é que precisam ser analisados. Os milhares de manifestantes que tomaram as ruas nos últimos dias deram um recado claro aos governantes de todas as instâncias. Os gritos mostram que há algo no ar. Porém é salutar escutar seus tons. Temos aqueles que exigem respeito e qualidade no transporte público, com uma passagem que não lhe arranque o olho da cara. Temos o grito da mãe em busca de atendimento do filho num posto de saúde. Temos também aqueles que lutam contra as mais variadas formas de corrupção e ilicitudes. Há os que sentem insegurança todos os dias. Mas temos também o grito do jovem que rodou no Enem ou do que fez vestibular numa universidade pública e ficou para trás. Tem as vaias de novos torcedores em novos estádios que nunca tinham ido antes. Tem o protesto daquele que ficou de fora dos estádios de luxo e entradas com valores proibitivos. Tem de tudo, tanto no Brasil, como no mundo afora.

Não queremos corrupção. Queremos imprensa livre. Queremos que os movimentos continuem e estamos com eles. A bandeira por um país mais justo e melhor, levantada por milhares de jovens, coincide com o que o PT defende e tem motivado nossas lutas na condução do Brasil. O uso das redes sociais nos debates políticos e na mobilização nos mostra a essencialidade de um tema: a democratização dos meios de comunicação.

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